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S.R.C.S.E.B.F.S. BARROCA ZONA SUL - CARNAVAL 2001
Enredo: Maravilhas e Mistérios do Fundo do Mar

Carnavalescos
Carnavalescos: Mauro de Oliveira, Horácio Rabaçã e Jorge L. Marques

 

Primeiro Setor: Os mistérios sobre Atlântida

Cerca de 10.000 anos, separam o maior mistério dos mares, dos dias de hoje: "O desaparecimento de Atlântida".

 

Registros deixados pelo filósofo grego, Platão, revelam que um grande continente submergiu, sob o forte impacto das ondas do mar, em apenas um dia e uma noite. Esse fenômeno foi chamado de Cataclismo.

 

A Lenda de ontem, é o enigma de hoje...

Mais de 25.000 obras sobre Atlântida, revelam versões diferentes a respeito do local onde ocorreu o cataclismo, porém, a versão que mais se aproxima de uma possível realidade, é a de que ATLANTIS", como era chamada, situava-se nos açores, entre a América e a Europa. Ainda segundo Platão, a rápida submersão, fez com que as montanhas e os picos de Atlântida, tenham-se transformado em cubos cristalinos de formatos e cores diferentes, e que o local, munido de uma intensa energia, emanava raios laser, o que faz crer que a população que habitava "ATLANTIS" ara tão desenvolvida ou mais do que a dos nossos dias. Lendas ainda dão conta, de que existia um deus dos mares, deus esse, que comandava o povo de Atlântida. Seu nome era NETUNO.

 

Acredita-se que o cataclismo, tenha gerado consequências drásticas em todo o planeta TERRA. A principal, foi a ruptura entre os continentes, criando os oceanos e os grandes canais marítimos. Outro mistério dos mares e que pode também ser consequência do desaparecimento de Atlântida, é o triângulo das Bermudas.

 

Desde o inicio do século, grandes embarcações e aeronaves tem desaparecido do norte do Atlântico, sem deixar vestígios. Não se sabe, se esse desaparecimento, é propiciado pelo céu ou pelo mar Existe sim, uma grande incógnita em torno dessa possível realidade, porém o mais provável mesmo, é que esses eventos ocorram devido a grandes turbulências marítimas, dando origem aos desaparecimentos.

 

Segundo setor: O Brasil e os mares

As conseqüências geradas por Atlântida, embora sem nenhuma comprovação, podem ter atingido também a costa brasileira. O nosso território que mais se aproxima do local onde houve o cataclismo, é Fernando de Noronha; um maravilhoso arquipélago recheado de mistérios e riquezas.

 

Essas riquezas, nos renderam há cerca de três séculos, a invasão de piratas franceses e holandeses. O que mais atraiu a pirataria, foram os abundantes cardumes de polvos e lagostas, bem como enormes tartarugas e cavalos marinhos. Os golfinhos, considerados até hoje com símbolos da ilha, também fazem parte dessa grande riqueza. Essas "riquezas", ainda atraem estudiosos e pescadores, embora a pesca predatória seja proibida no local".

 

As lendas, também fazem parte da história de Fernando de Noronha.

Dizem os nativos que: Há muitos anos, uma família de botos cor-de-rosa surgiu na ilha, e que, um deles transformava-se em homem. As lendas também dão conta, de que em determinadas épocas do ano, surgiam monstros e serpentes marinhas gigantescas e que até lindas sereias deitavam-se sobre os rochedos, desaparecendo somente com a alta das marés.

 

Esse paraíso tropical de águas cristalinas e enormes rochedos submersos, parece até Ter sido esculpido pelas mãos do homem, de tão esculturais que são. Acredita-se que o seu surgimento pode Ter ocorrido à partir de formações vulcânicas, o que o aproxima mais ainda de Atlântico. Embora não se tenha provas, exceto pelo teor extremamente alcalino de suas rochas, até hoje pesquisas são feitas em torno disso.

 

Os mistérios dos mares, vão além do que os nossos olhos podem enxergar. O misticismo também faz parte da vida marinha, principalmente no Brasil, um país em que as crenças populares ganham força a cada dia. Um exemplo disso, é "iemanjá", saudada como a rainha do mar Todo dia 2 de fevereiro, dezenas de milhares de pessoas, juntam-se nas praias em comemoração ao aniversário dela. Nesse dia, miniaturas e até grandes barcos são lançados ao mar,, carregando oferendas a IEMANJÁ; são jóias, cartas com pedidos, perfumes, coisas de alto valor sentimental, etc.

 

Terceiro Setor: As riquezas dos mares gerando a evolução

As riquezas naturais, permitem que dos mares seja retirado também o sustento de muitas famílias. Pequenas embarcações caiçaras, e até grandes navios pesqueiros patrocinados pelos governos e empresas privadas de todo o mundo, saem para alto mar em busca de peixes e crustáceas das mais diversas espécies para serem vendidas. Surgiu a partir disso, um grande mercado: O da pesca comercial. Os mares também são responsáveis por grande parte do desenvolvimento do mundo. Um dos seus principais dividendos é o petróleo. Extraído de grandes bacias, profundas ou não, impulsionou o desenvolvimento da indústria, dente elas, uma das mais importantes, a indústria automobilística.

 

Podemos citar também, o grande intercâmbio entre países e continentes. As navegações comercial, cargueira e turística, geraram divisas importantíssimas para todo o mundo, ampliando as frentes de desenvolvimento, principalmente para países não industriais.

 

Esse progresso e os mitos fizeram com que, pesquisadores saíssem em expedições pelos mares de todo o mundo, empenhados em estudos científicos, visando desmistificar os lendas, ou no mínimo afastar os curiosos, que ao invés de preservar, destruíam. O principal e, talvez o mais conhecido pesquisador sobre os mares, foi o francês Jacques-Yves Cousteau, conhecido também como capitão Cousteau. Dedicou sua vida aos estudos e a preservação marinhas. Ficou tão famoso por isso, que suas expedições, tornaram-se até programas de televisão e deram origem a mais de 100 filmes, sendo prezadíssimo em todas as partes do mundo. A maior conquista de Cousteau, foi a de convencer o governo francês a interromper os testes nucleares que seriam realizados na costa do pacífico, em 1995. Tudo isso em nome da preservação ambiental.

 

Quarto Setor: O homem e a destruição da natureza marinha

Enfim chegamos à globalização. Mas nem tudo é tão lindo quanto parece.

 

Com o desenvolvimento, vieram também os problemas. O que atualmente mais aflige a todos e está diretamente ligado aos mares, é o constante derramamento de óleo causado pelas grandes empresas petroleiras de todo o mundo, através de seus navios. Há décadas, vêm ocorrendo desastres ecológicos irreparáveis, causando uma grande mortandade de animais e da vegetação marinhos. Um outro ponto de grave devastação e destruição ecológica, causado em função do desenvolvimento, está nos pólos. Devido ao desmatamento que ocorre frequentemente em todo mundo e ã poluição excessiva nos grandes centros, causado por industrias e pelo grande volume de automóveis, houve uma perfuração na camada de ozônio, (camada essa existente na atmosfera e que deveria proteger a terra dos raios ultravioletas emanados pelo sol) o que vem interferindo na temperatura de toda a terra, aquecendo-a cada vez mais. Aliado a isso, a cada ano o homem chega aos óleos em busca de pesquisas. O tráfego marítimo na região polar e a construção de imensos laboratórios, tem feito juntamente com os outros fatores de aquecimento, que haja uma aceleração no desgelo dos grandes icebergs que permitem o resfriamento da terra.

 

Isso tudo, traz um grande risco ã vida dos animais dessas regiões e à toda população terrestre, portanto... Preservar é preciso!

 

Seria muito melhor, se pudéssemos ter nos mares, além de tão necessário desenvolvimento, das descobertas cientificas importantes e dos lucros por eles gerados, a preservação. Preservando, talvez possamos Ter no futuro, a vegetação e a fauna intactas, e até, porque não, diversões e esportes náuticos que ainda são tão poucos explorados. Imaginem a prática do surfe, da vela e da caça submarino não predatória e de outros mais, em mares de águas límpidas. Seria muito melhor e mais saudável. Os próprios alimentos extraídos dos mares, seriam sem dúvida alguma, menos nocivos e melhor aproveitados por nós.

 

Depois de refletirmos sobre tudo isso, perguntamos:

- Será que Atlântida foi mesmo uma lenda, ou o homem de outrora alcançou o desenvolvimento em troca de sua própria destruição? Estaremos nós fazendo o mesmo?

"Já é tempo de pensarmos em preservar o mundo, para que não sejamos em 10.000 anos, parte de uma lenda, de novas pesquisas, ou de um novo cataclismo."

 


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