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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.E.S. DRAGÕES DA REAL - CARNAVAL 2026
Enredo: Guerreiras Icamiabas: Uma lendária história de força e resistência

O Grêmio Recreativo
Autor: Rafael Villares

O Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Dragões da Real traz seu símbolo para dentro das matas, onde mulheres guerreiras indígenas são consagradas como protetoras da floresta. Com sua coragem, resistência e bravura, elas representam a conexão entre o mundo mitológico e o meio ambiente, ressaltando a importância da preservação da natureza. Isso reflete a força da ancestralidade e da cultura indígena. O enredo propõe uma viagem ao universo de mitos e lendas da Amazônia, onde a narrativa fascinante nos fala de magia e da realidade que se confundem na lendária civilização das Icamiabas. Sociedade matriarcal de mulheres guerreiras que viviam em estreita harmonia com a natureza.
 
Nos fascina a história de um matriarcado marcado pela força da mulher que com empoderamento e luta pelo direito à terra e à preservação do meio ambiente resistiu aos tempos, cujo poder transcende na natureza e em todos aqueles que ainda lutam.
 
SINOPSE
 
ABERTURA – A LENDA
 
É noite de festa na floresta! A ancestralidade da aldeia ressoa ao som de tambores que agitam o ritual sagrado de celebração. Na Amazônia, solo que guarda segredos e mistérios, erguem-se, do leito do rio Nhamundá, numa dança de lodo, no sopro encantado de Iara, as Icamiabas — mulheres donas de seu destino e da natureza. Sua origem, ligada ao sagrado, mistura-se numa simbiose entre lenda e história, entre ficção e realidade. Vamos relembrar e celebrar a importância dessas mulheres guerreiras! Do leito do rio, onde se manifesta a natureza, o barro moldado expressa criatividade e arte. Em cada vaso esculpido há um traço da identidade dessa comunidade de mulheres, que atravessaram o portal espiritual, tornando-se eternas protetoras, guardiãs da natureza. Com arcos e flechas em mãos, defendiam a floresta dos invasores e predadores, tecendo assim sua nação, onde o vento sussurra nas entranhas da mata e as águas dos rios ecoam a força de Iara.
 
1º SETOR – O RITUAL
 
Na chegada da primavera, a ancestralidade impera, trazendo a espiritualidade para as terras onde reinam apenas mulheres. Maracás vibram, tambores ressoam na mata encantada, que se prepara para acolher os guerreiros Tupi, que vêm celebrar e consagrar do ritual sagrado. Curandeiras, xamãs, mulheres anciãs, preparam o ritual - elas são as responsáveis pela comunicação com a espiritualidade. O desabrochar das flores compõe o cenário de magia e marca o tempo da fertilidade: a primavera. É o único momento em que os homens são recebidos na aldeia onde reinam as guerreiras Icamiabas. Com tudo pronto, na escuridão da noite, a lua, que o céu clareia com sua face feminina, apresenta Jaci, que ilumina a mata, refletindo a força do luar. Na festa, corpos se encontram, numa troca de carícias e amor. O ritual sagrado acontece! A lama esverdeada, retirada das profundezas do rio, se encontra com o brilho das esmeraldas — pedras raras e preciosas —, fazendo reluzir as muiraquitãs, em formas de sapos, que emergem verdes na água e refletem segredos e mistérios. São amuletos que revelam as forças espirituais de seres mitológicos, que compõem o imaginário da floresta em seu constante renascimento. É rito de força, de bênção e vida: a alma da mata, jamais esquecida. O ritual termina apenas no raiar do dia!
 
2º SETOR – HISTÓRIA, FORÇA E RESISTÊNCIA
 
Mas um dia, invasores destemidos em busca de ouro, cegos em sua jornada, movidos pela ganância, desbravaram as riquezas naturais da floresta. Para se proteger as guerreiras Icamiabas se fundem com a floresta, num processo de metamorfose, criando um cenário de proteção. Como araras, elas vigiam e acompanham o avanço dos invasores. Como onças, elas seguem à espreita, silenciosas, prontas para o ataque feroz e fulminante. Como jacarés, elas repousam imóveis no leito dos rios. No momento em que os invasores avançam, serpenteando os rios e adentrando o emaranhado da mata, são surpreendidos pelas valentes Icamiabas, que resistem à invasão com bravura e coragem — e vencem a longa e dura batalha.
 
3º SETOR – A HERANÇA
 
A força, a coragem e a bravura da nação Icamiaba foi associada às amazonas gregas, fazendo que o rio Nhamundá, com seus guardiões, localizado próximo ao combate, fosse batizado de Rio Amazonas. Hoje, a mata verde, que contava com a proteção das Icamiabas, segue sendo protegida por aliadas que continuam resistindo aos invasores e lutando para proteger a vida na floresta. São as herdeiras das mulheres lendárias que lutaram para defender a terra. São as responsáveis por manter viva a sua história, enraizada em cada batalha travada pela preservação do meio ambiente, por cada sangue derramado que se torna um grito de socorro clamando pela manutenção das matas. Os invasores foram ganhando outras formas, como o garimpo que continua a matar a floresta em nome do poder e da riqueza, porém, enquanto o espírito das Icamiabas permanece vivo em mulheres destemidas, como a irmã Dorothy Stang, que deram suas vidas em nome da proteção do coração do Brasil, o pulmão do mundo, coragem, resistência, luta e bravura não serão extinguidas. Hoje, a nossa escola cumpre seu papel ao lembrar ao mundo a história dessas mulheres, num verdadeiro tributo às guardiãs dos povos originários e às causas da floresta! Na esperança de um novo florescer, de um amanhã em que a vida pulsa com a consciência da harmonia entre o ser humano e a natureza, num verdadeiro santuário da mata, onde vivem as aliadas Icamiabas, sempre prontas a lutar e resistir.

 


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