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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.B.C. AFRO DE NAGÔ NA ARTE DO SAMBA - CARNAVAL 2002
Enredo: Zumbi é Rei, Negritude é Carnaval

O Grêmio Recreativo
Autor: Hugo Bispo

 

O Bloco Carnavalesco Afro de Nagô traz para este carnaval um tema cultural focalizando fatos ocorridos durante a escravidão negra no Brasil.

Cansados de sofrer as tormentas impostas pelos brancos, senhores e feitores dos quais recebiam tratamento totalmente desumano nos troncos, as vezes até a morte.

Começou a fervilhar nas mentes dos negros um forte desejo de liberdade, um desejo que crescia dia e noite, a cada castigo que sofria, a cada dor que sentia e aos poucos os negros entendiam que só havia um jeito de alcançarem a liberdade tão sonhada.

Seria através da conquista, e para isso teriam que se unir em torno desse ideal, eis que um certo dia, com força, coragem e valentia, um grupo de negros tomou uma grande decisão e com força da união se rebelaram contra seus opressores; derrubavam troncos, partiram correntes e embrenharam-se nas matas sem deixar qualquer vestígio para quem tentasse persegui-los.

Este aconteceu em um engenho de Porto Calvo no estado de Alagoas, este fato assombrou a Capitania de Pernambuco.

O grupo de negros fujões, revoltados e ousados, não sabiam que se instalariam na Serra da Barriga e que ali naquele instante estavam iniciando a fundação, a criação da mais impressionante comunidade de escravos fugitivos que existiu em nosso país, nasce ali o Quilombo dos Palmares, onde se falavam os dialetos africanos como o Bantu, o Gegê e o Nagô.

Tamanha foi a organização que o Quilombo dos Palmares sob vários líderes resistiu por várias décadas aos ataques dos que eram contrários á liberdade dos negros.

O maior expoente, o mais marcante líder que comandou o Quilombo dos Palmares foi um grande rei (Zumbi dos Palmares).

Aclamado pelo povo de Palmares como deus da guerra, a odisséia de Palmares terminou com a derrota de Zumbi, que foi morto e teve sua cabeça decapitada e exposta em praça pública no povoado do Recife. Como os negros acreditavam que ele era um verdadeiro deus, nas suas preces não paravam de orar "oia Zumbi... Zumbi oia... volta pra nos libertar"

Zumbi dos Palmares, símbolo da luta, da resistência, da negritude contra a escravidão e pela liberdade e lembrado hoje pelo Bloco Afro de Nagô, com orgulho e respeito.

Zumbi dos Palmares, o Deus da Guerra! Mataram um rei, mas um Deus é imortal, ele sempre estará presente em nossas memórias, enquanto houver lutas por preconceitos raciais ou em busca da real liberdade social dos negros do Brasil.

 


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