::.. CARNAVAL 2002 - G.R.B.C. AFRO DE NAGÔ NA ARTE DO SAMBA................................
FICHA TÉCNICA
Data:  10/02/2002
Ordem de entrada:  1
Enredo:  Zumbi é Rei, Negritude é Carnaval
Carnavalesco:  Luizinho
Grupo:  BLOCOS - Avaliação
Classificação:  1º
Pontuação Total:  46,5
Nº de Componentes:  350
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  2
Presidente:  José Francisco Marçal
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestre Vavá
Intérprete:  não consta
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  -
Porta-bandeira:  Tereza
SAMBA-DE-ENREDO

PASSO DE OURO
COMPOSITORES: HUGO BISPO/ MANINHO

 

PALMARES

FOI BERÇO DA LIBERDADE

ABRIGO DE TODO NEGRO FUJÃO

NEGROS UNIDOS

COMO LUTARAM

SEMPRE EM BUSCA DA LIBERTAÇÃO

E NO QUILOMBO

MOSTRA FÉ NO CORAÇÃO

 

BATE FORTE O ATABAQUE

COM MUITO AXÉ

É BANTO, GEGÊ E NAGÔ

TEM AFOXÉ

TOCA NEGRO, TOCA ALTO

O SOM ECOA NO AR

E FAZ A NEGRITUDE DELIRAR

 

ZUMBI É REI

NOSSO REI É IMORTAL

E HOJE O AFRO DE NAGÔ

TRAZ ESSE TEMA

PARA O NOSSO CARNAVAL

 

OIÁ ZUMBI... ZUMBI OIÁ

VOLTA PRA NOS LIBERTAR

OIÁ ZUMBI... ZUMBI OIÁ

ERA O POVO NEGRO A CLAMAR.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor: Hugo Bispo

 

O Bloco Carnavalesco Afro de Nagô traz para este carnaval um tema cultural focalizando fatos ocorridos durante a escravidão negra no Brasil.

Cansados de sofrer as tormentas impostas pelos brancos, senhores e feitores dos quais recebiam tratamento totalmente desumano nos troncos, as vezes até a morte.

Começou a fervilhar nas mentes dos negros um forte desejo de liberdade, um desejo que crescia dia e noite, a cada castigo que sofria, a cada dor que sentia e aos poucos os negros entendiam que só havia um jeito de alcançarem a liberdade tão sonhada.

Seria através da conquista, e para isso teriam que se unir em torno desse ideal, eis que um certo dia, com força, coragem e valentia, um grupo de negros tomou uma grande decisão e com força da união se rebelaram contra seus opressores; derrubavam troncos, partiram correntes e embrenharam-se nas matas sem deixar qualquer vestígio para quem tentasse persegui-los.

Este aconteceu em um engenho de Porto Calvo no estado de Alagoas, este fato assombrou a Capitania de Pernambuco.

O grupo de negros fujões, revoltados e ousados, não sabiam que se instalariam na Serra da Barriga e que ali naquele instante estavam iniciando a fundação, a criação da mais impressionante comunidade de escravos fugitivos que existiu em nosso país, nasce ali o Quilombo dos Palmares, onde se falavam os dialetos africanos como o Bantu, o Gegê e o Nagô.

Tamanha foi a organização que o Quilombo dos Palmares sob vários líderes resistiu por várias décadas aos ataques dos que eram contrários á liberdade dos negros.

O maior expoente, o mais marcante líder que comandou o Quilombo dos Palmares foi um grande rei (Zumbi dos Palmares).

Aclamado pelo povo de Palmares como deus da guerra, a odisséia de Palmares terminou com a derrota de Zumbi, que foi morto e teve sua cabeça decapitada e exposta em praça pública no povoado do Recife. Como os negros acreditavam que ele era um verdadeiro deus, nas suas preces não paravam de orar "oia Zumbi... Zumbi oia... volta pra nos libertar"

Zumbi dos Palmares, símbolo da luta, da resistência, da negritude contra a escravidão e pela liberdade e lembrado hoje pelo Bloco Afro de Nagô, com orgulho e respeito.

Zumbi dos Palmares, o Deus da Guerra! Mataram um rei, mas um Deus é imortal, ele sempre estará presente em nossas memórias, enquanto houver lutas por preconceitos raciais ou em busca da real liberdade social dos negros do Brasil.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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