Negra Mãe, ó Negra Mãe!
Em meus versos deixa eu te cantar
Kolofé, Mukwiu e motumbá!
Peço a benção de Mãe África
Kolofé, Mukwiu e motumbá!
Peço a benção de Mãe África
Ó Cabeções
Vem do quilombo da Favela
Cantar toda a grandeza dela
Fazer poema pra Mãe Ancestral
Mulher que em seu ventre gerou
No início, toda a criação
A vida que Olorum quis germinar
Gerou homem e orixá
Em seu seio acalentou
Meu paó mojubá
Chamando a força de meus ancestrais
Vila Prudente hoje uma vez mais
Vem pra avenida só pra te saudar
Civilizações de grandezas mil
E saberes que ao tempo resistiu
Tua força, teu sangue, tua luta
Vencendo essa disputa
Pra história dizer quem és
Jamais te rendestes à escravidão
E paristes, nesta nação
Resistência e meu candomblé.
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