Fiz
de tudo nessa vida, ôôô
Dentro
e fora da avenida, lá laiá
Sonhos
eu realizei...
Cantei
pra essa gente sofrida
Que
não desiste nunca de lutar!
Passo
de Ouro outra vez para alegrar
Em
verso e prosa a Pauliceia encantei!
A
boemia traduzida na canção
É
pois é nos acordes do meu violão
“Roda
as mariposa pra lá e pra cá
Em
vorta da lâmpida pra esquentá”
Joga
chave meu bem Uma prova de carinho
Com
a corda mi do meu cavaquinho
Minha
Nega, não esqueça o querosene
Passa
na casa da Irene
chame
Iracema, meu bem
A
triste margarida está sorrindo
E
o Arnesto se sentindo...
Feliz
nessa festa também! (Vem pra cá meu bem)
O
despejo na favela é só lembrança
De
preto e branco lá na Vila Esperança
E
se perder o trem o samba vai até de manhã
Porque
eu sou... Adoniran
Iaiá
mandou chamar, vem pra cá!
Malandro
de terno de linho e chapéu panamá!
Se
o senhor não tá lembrado, dá licença d’eu “contá”
Hoje
a maloca desce o morro pra sambar.
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