INTRODUÇÃO
No limiar da
nova era, Chorões da Tia Gê foi buscar no passado, embalado
pela saudade dos antigos carnavais, inspiração para relembrar nossa
antiga Vila Esperança.
Hoje
sou Adoniran. Encantado pela sedução e felicidade de seu primeiro
carnaval, foi na Vila Esperança que conheceu Maria Rosa, seu primeiro
amor, que a sensibilidade do Poeta em canção eternizou.
Para
quem o conheceu, trazemos a saudade dos amores de carnaval, do Pierrô,
da Colombina, do confete e serpentina, alucinado pelo lança perfume.
Trazemos para o Anhembi um trecho da epopéia de nossa vila, onde as
agremiações locais traziam para as ruas do bairro, satirizando ou
enaltecendo, através do samba, fatos da época.
As
batalhas de confetes, as fantasias e alegorias que tantas alegrias
traziam àqueles fevereiros, os colossais Bailes de Salão, onde todos
vestiam sua ilusão ou descontentamento divertindo-se até que a luz do
sol lhes devolvessem à realidade.
Eram
quatro dias de Folia que ecoavam por toda cidade, atraindo foliões e
boêmios em busca da alegria do Reinado de Momo que emanava nossa Vila.
Tal qual na
música-poema de Adoniran Barbosa - "Vila Esperança Meu
Primeiro Amor":
O
carnaval passou
Levou
a minha Rosa
Levou
minha Esperança
Levou
amor Criança
Levou
minha Maria
Levou
minha alegria
Levou
a Fantasia
Só
deixou a lembrança.
O Chorões,
como única lembrança destes idos, faz-se Arauto desta epopéia, e
relembrando Tia Gê contar na passarela do samba a história de nosso
Bloco e nossa Vila, eternizada por Adoniran resgatando nossa Esperança.
SINOPSE
O Bloco
Chorões da Tia Gê, pretende homenagear e agradece ao grande compositor
popular Adoniran Barbosa, pelo carinho demonstrado com a nossa Vila
Esperança, que o levou a compor uma obra prima, divulgando nosso bairro
e sobretudo o carnaval que ali realizamos a mais de 70 anos. Para tanto
iremos desenvolver na avenida de desfiles o tema sugerido.
Queremos
imaginar qual carnaval Adoniran encontrou quando de sua primeira visita
à nossa Vila. Como eram os Blocos e Sociedades que desfilavam à época?
Por
pesquisas e sonhos, chegamos a seguinte conclusão:
A nossa
vila, como em todos anos, estava engalanada, repleta de confetes e
serpentinas com foliões espalhados pelos bares e salões.
Era um
domingo de carnaval e o Adoniran vivia a sua primeira experiência
carnavalesca "Vila Esperança foi lá que eu passei o meu primeiro
Carnaval...", e nesta sua visita conheceu o amor, "Foi lá que eu conheci
Maria Rosa meu primeiro amor", dessa sua visita, surgiu um verdadeiro
Hino dos Carnavais de Salão, e sobretudo um Hino de Amor à Nossa Vila.
Queremos
retratar esta época de forma simples e objetiva, traremos para a Avenida
os Pierrôs, as Colombinas, os Arlequins, os piratas, as Odaliscas e os
Sultões, as Bruxinhas, os Grandes Bailes de Máscaras e os Corsos.
Tomando como figuras centrais, a Maria Rosa, o próprio Adoniran, e as
decorações carnavalescas da época.
Não
poderíamos omitir as batalhas de confetes, tradição que satirizavam
momentos políticos e sociais, onde homens vestidos de "mulher",
realizavam verdadeiras performances pelas ruas de nosso bairro.
É esta
alegria e descontração que pretendemos mostrar para vocês, seguindo à
risca nossa proposta de Bloco, dividindo esta proposta em poucas alas, e
em estruturas alegóricas compatíveis com o nosso entendimento de Bloco
Carnavalesco.
É nossa
pretensão transformarmos nosso desfile, em um grande Baile de Carnaval
permitindo que novas Marias Rosas sejam reveladas, e ainda que outros
hinos sejam compostos, com a mesma alegria e paixão demonstradas pelo
Velho Adoniran, ao falar de nossa Vila Esperança. Este é um tema de
agradecimento à aquele que nos imortalizou. Obrigado Adoniran Barbosa...
Muito Obrigado. |