Dentre as maiores e
principais manifestações culturais e populares
existentes no mundo, sendo urbana ou rural, pode-se
notar a presença de um ritmo com compasso binário
(dois tempos) e sincopado (união de um tempo forte e
de um tempo fraco), este acompanhamento musical
feito por instrumentos de percussão é o batuque.
África, terra de reis
e faraós, um velho continente, rico em ouro,
minérios, mistérios, cultura e arte. Suas divindades
e cultos eram ligadas ao tempo, à natureza, à fauna
e à flora. Seu povo era alegre e livre, viviam da
agricultura, conheciam os metais, tinham suas
próprias crenças e fé.
Por essa África negra
sempre ecoaram os tambores, símbolo da nobreza de
seus reis e potentados. Mas um dia, a liberdade
acabou, e como escravos esses tambores começaram a
ecoar em terras de um continente novo, a América.
Após tantas lutas e
lamentos, o Negro pode cantar e danças "livre
novamente..." O som de atabaques e agogôs, se
misturaram com outros ritmos oriundos da
colonizadora Europa e dos nativos, dando origem à
novas músicas e danças, variando conforme a região.
Nesta miscigenação rítmica, destacam-se Cuba,
Jamaica e Brasil. Mambo, Reggae, Calipso, Salsa ou
Merengue são ritmos quentes e vibrantes. É no
Brasil, que a nossa batucada se transformou.
Maracatus, Boi-Bumbás e Umbigadas, são sempre
acompanhadas pelo som dos tambores.
Mas é o samba, a nossa
maior forma de expressão, sempre aberto para
mudanças e transformações, sem perder a sua
tradição. Samba de roda, samba rasgado, partido
alto, samba de breque, pagode, samba canção, bossa
nova, swing, balanço, samba rock e samba reggae,
apesar das reclamações dos mais conservadores, já
fazem parte da nossa história e cultura popular. E
hoje é a T.U.P. quem faz a festa, com surdos,
pandeiros, repiques, chocalhos, cuícas e tamborins.
Mostrando nesta Avenida, que muita coisa mudou, mas
nossas tradições e origens, jamais serão esquecidas.