Primeiro governador geral do Brasil,
nasceu em Portugal em data que não se sabe, faleceu aí, perto de 1.579.
Tomé de Souza era homem da corte de D.
João III, tomou parte em várias expedições militares na África, onde
combateu, os mouros; em 1.545, na Índia, comandou uma nau armada do
capitão-mor Fernão de Andrade. De volta à Portugal, foi escolhido
(1.548) primeiro governador geral do Brasil por D. João III rei de
Portugal.
Como o sistema de capitanias não deram
resultados no Brasil, D. João III resolveu criar os governos gerais com
sede na Bahia e nomeou para primeiro governador geral a Tomé de Souza,
homem prudente e energético.
Chegou à Baia de Todos os Santos em 29 de
março de 1.549, no sítio da antiga Vila Pereira, perto da barra,
desembarcou e deu logo início a edificação e fortificação da cidade de
Salvador.
Trouxe na sua expedição composta de três
naus, duas caravelas a um herçatim, cerca de 1.320 pessoas: 400
soldados, 600 degredados e 320 oficiais mecânicos e administrativos e 6
jesuítas encarregados da catequese chefiados por Manuel da Nóbrega.
Vieram também com ele um ouvidor-mor, Pero
Borges, encarregado da justiça; um procurador Antonio Cardoso de Barros
que fora o donatário da capitania do Ceará.
Tomé de Souza fez uma ótima administração,
organizou a defesa das colônias, tornou obrigatório o serviço militar.
Com auxílio de Caramurus e dos índios,
lançou os fundamentos da cidade de Salvador, na chapada da montanha,
lugar que hoje se chama Cidade Alta (23/03/1.949).
Em companhia de Nóbrega, o governador
geral visitou as capitanias do sul e aí tomou várias providências.
Reforçou a fortaleza de Bertioga em São
Vicente, construída por Martim Afonso de Souza e criou o primeiro
bispado com sede na Bahia, sendo Bispo D. Pero Fernandes Sardinha que
aqui chegou em 1.552, providenciou a vinda de gado da ilha de Cabo
Verde.
O governo da colônia estava, portanto,
completo em seus órgãos essenciais.
Após quatro anos de excelente governo em
que organizou a justiça, desenvolveu a agricultura e a pecuária e etc.
Em 1.553 Tomé de Souza estava cansado,
pedia ao rei de Portugal, um substituto. O rei atendeu o pedido em 13 de
julho de 1.553. Foi substituído por Duarte da Costa.
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