PROPOSTA
O macarrão invade o
Carnaval de São Paulo e a nossa Mocidade Unida da
Mooca faz uma viagem das origens até o tradicional
almoço de domingo. Chinês ou Italiano, vamos
incrementar o desfile com a participação da massa ao
molho dos nossos componentes. Assim: cante, dance e
sinta o tempero do samba, ao som do surdo e dos
tamborins.
DESENVOLVIMENTO
Por volta do ano de
1284, o explorador veneziano Marco Pólo, chegava à
China. Na cidade de Fanfur experimentou uma estranha
comida, não evitando a exclamação:
- "Magiari di pasta
assai e buoni" (excelentes pratos de massa)
O macarrão é de origem
chinesa e não italiana como muitos imaginam. Mais
tarde, árabes se empenharam na produção desta massa,
pois diziam ser sagrada, já que era feita de
triticum - o trigo - alimento da vida. Marco Pólo
extasiado pela delícia, tratou de divulgar a massa
pelo seu país, a bela Itália, que aceitou-a
plenamente incluindo no seu cardápio. Com a chegada
do tomate (legume até então desconhecido pelos
europeus, proveniente do Peru, um cozinheiro
napolitano colocou na panela, pela primeira vez, as
partes rubras deste legume e inventou o molho mais
famoso do universo; inaugurou-se então uma parceria
indestrutível, tão majestosa que, por causa dela,
ainda há quem acredite ser Nápoles a inventora do
macarrão.
Curiosamente, no
século passado, inventaram o garfo de quatro pontas
(anteriormente com três), justamente pela
dificuldade de enrolar os fios do macarrão num
apetrecho de apenas três pontas.
Como diz o enredo -
Quem sabe faz a massa - e a massa italiana acabou em
pizza, que nasceu das sobras das misturas não
utilizadas para a fabricação dos fios, as quais eram
achatadas em forma de discos, cobertas e temperadas.
Além da pizza, hoje a macarronada é conhecida no
mundo todo, quando famílias italianas do planeta
comemoram seus lautos banquetes ao som da alegre
tarantella, um dança tão alegre, que dizem aguçar
mais o paladar deste povo, aliás, as festas
italianas são constantes em terras paulistanas:
Festa de São Vito, São Genaro, Nossa Senhora da
Achiropita, entre outras, com muitas bandeirinhas
coloridas, danças, e é claro... muita massa! Também
é tradição em nossa capital a presença de cantinas
nos bairros da Bela Vista, Brás e Mooca, não
faltando o bom vinho italiano.
A Itália não inventou,
mas com certeza criou uma infinidade de massas como
o canelone, spagueth, rigatone, talharine, nhoque,
calzone, raviole e muitas outras de deixar com água
na boca. É assim que qualquer brasileiro faz do
almoço de domingo, um dia especial: basta colocar a
mão na massa e tudo se transforma em alegria. E a
nossa Mocidade deixa o recado:
Mangia che ti fá bene
(coma que te fará
bem!)