No mistérios das águas
A Ermelinense vai navegar
Na história da linda índia
De pele clara da cor do luar
Foi batizada Jaçanã
E consagrada pelo pajé
Formosa luz do amanhã
Divino sonho de mulher
Mas a bela indiazinha
Gostou de um guerreiro forte
De uma tribo vizinha
E foi selada a sua sorte
Foi atirada nas águas
Em sua sentença de morte
Vitória régia, do ódio se fez o amor
A nossa bateria bate forte
Nessa noite esplendor
A lua na imensidão do céu
Num gesto de sublime amor
Fez surgir a lenda
Na forma de uma linda flor
Muiraquitã pedra da sorte
Lindas mulheres guerreiras
Das matas do Saci, no alto da colina
Sob o olhar de Jaci
Oh Cunhatã, sua beleza pura e cristalina
Rainha do amanhã
Ermelinense vem contar a sua sina.
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