::.. CARNAVAL 1995 - G.R.C.B. PARAÍSO DO SAMBA................................
FICHA TÉCNICA
Data:  26/02/1995
Ordem de entrada:  6
Enredo:  O Inicio do Cinema Nacional
Carnavalesco:  não consta
Grupo:  4
Classificação:  10º
Pontuação Total:  80,0
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  não consta
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  não consta
Intérprete:  não consta
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  não consta
Porta-bandeira:  não consta
SAMBA-DE-ENREDO

UNIDOS DE VILA MARIA
COMPOSITORES: FONSECA/ NETINHO

 

HOJE PARAÍSO ESTÁ EM FESTA

ABREM AS CORTINAS DO CINEMA NACIONAL (QUE LEGAL)

JÁ NA RUA DO OUVIDOR O CINEMA DIVULGOU

NO CORAÇÃO DO VELHO RIO INAUGUROU

O TEATRO ERA FESTA CAFÉ, CONSERTO QUE EXISTIAM NO LUGAR

ALÔ... ALÔ CINEMA O SILÊNCIO ACABOU

ARTE MODERNA NESTE DIA AQUI

 

ATLÂNTIDA E O LUAR

O LUAR MEUS OLHOS REVELOU

CACILDA BEKER

SE REUNIU COM OSCARITO E GRANDE OTELO

 

ÔÔÔ... O CINEMA VIROU LUXO MEU SENHOR

FICOU TUDO DIFERENTE

CANGACEIRO MAIS VALENTE

TOME CUIDADO COM VENENO DA SERPENTE

SINHÁ MOÇA FALA ALTO

QUE É DESSE PALCO

DE TEATRO MUSICAL

 

ALÔ... ALÔ ME FALA QUEM FAZ A UNTA

SAMBA PÉ NO CHÃO

ALÔ... ALÔ ME ABRAÇA

VILA MAZZEI BALANÇANDO A MULTIDÃO.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autores: Fonseca e Netinho

 

O cinema chegou ao Brasil em 1896, inaugurou sua sala de exibição na Rua do Ouvidor, no coração do Velho Rio, o cinema contava com aliados que ajudavam a divulgar com fitas curtas no teatro e nos cafés-concertos. As três primeiras décadas foram muito difíceis para a sobrevivência do cinema brasileiro. No final da década de vinte chegou: Alô, Alô Cinédia: Está Tudo Aqui. Em 1929 ano da realização do primeiro longa metragem sonoro, quebrando assim o silêncio das fitas, que eram animadas por músicos. Essa evolução se deu, com a realização da Semana de Arte Moderna em 1922.

Contribuíram também para o cinema desta época, Oduvaldo Viana e Raul Roulier que adaptaram o padrão de hollywood a realidade brasileira. Com isso elevaram o padrão do cinema, mesmo com as dificuldades financeiras conseguiram feitos históricos, os aplausos e a permanência em cartaz com os seguintes filmes: O Babão, Coisas Nossas, Alô Alô Brasil, Alô Alô Carnaval, Bonequinha de Seda, Favela dos Meus Amores, Samba da Vida, O Grito da Mocidade, Banana da Terra e Ave Sem Ninho.

Também são fatos históricos a popularidade de astros e estrelas como: Genésio Arruda, Carmem Santos, Carmem Miranda, Francisco Alves, Mario Reis, Mesquitinha, Barbosa Jr., César Ladeira, Dircinha Batista, Alvarenga e Ranchinho, Rodolfo Maia, Jaime Costa, Heloísa Helena, Gilda de Abreu, Nilza Nagrasse, etc...

Ano a no a produção garantiu a diversão para milhões de telespectadores e trabalho para autores, cinegrafistas, cenógrafos, figurinistas, montadores, músicos, sonoplastas, atrizes e figurantes.

Fazendo um total de 75 filmes. Citando alguns músicos que trabalharam em filmes da Cinédia: Alfredo Viana (Pixinguinha) e João de Barro, no filme Acabaram-se os Otários.

Batismo de ouro do filmusicarnavalesco ocorreu com, A Voz do Carnaval, em 1933 com a estréia de Carmem Miranda cantando marchinha de Assis Valente e de Lamartine Babo. Outros filmes que faziam parte deste repertório: Moreninha da Praia de João de Barro, Boa Bola de Lamartine Babo e Paulo Valencia, Ai Heim? de Lamartine Babo, Fita Amarela de Noel Rosa, Mas Como? de Francisco Alves e Noel Rosa.

Se a Cinédia dominou a primeira época dos anos de glória, mesmo com a fundação de vários produtores e a falência de outros tantos coube a Atlântida, nascida em 1941 impor-se absoluta. Cresceu sobre tudo o chanchadão mais diversificou-se, o seu produto editando: E a Atlântida Se Diverte, É Com Este Que Eu Vou, Atlântida Companhia Moderna.

Descobriu uma mina de ouro na reunião de Oscarito e Grande Otelo com o Luar dos Meus Olhos, lançou uma nova atriz chamada Cacilda Becker.

Mais do que isto melhorou o padrão técnico dos filmes e quebrou os exibidores, pelo exemplo de rentabilidade de cada estréia. Um dos filmes da Atlântida que foi recordista absoluto de bilheteria, foi o melodrama, O Ébrio cujo símbolo era um chafariz. A crítica da época a partir de 1944, primeiro no Rio e depois em São Paulo como a primeira geração de comentaristas conscientes de uma arte cinematográfica autonomia exaltou obras como: Dia é Nosso, Moleque Tião, Gente Honesta, Vidas Solitárias, Asas Brasil, Inconfidência Mineira, Obrigado Doutor, Caminho do Sul e O Cortiço.

Mas o público continuou lotando as salasde exibição das chanchadas. Delas emergiram cineastas que escaparam do simples apelo comercial para realizar filmes provocantes, humanos e comoventes. A elite debochava solenemente, mas os seus filhos se esgueiravam e, acumpliciados das empregadas domésticas, iam aplaudir. Oscarito, Grande Otelo, Anselmo Duarte, Eliane, Cyll Farney, Laura Soares, Tônia Carreiro, Virgínia Lane, Dercy Gonçalves, Lídia Matos, Catalano, Mário Brasini, Vanda Lacreda, Maria Della Costa, Orlando Nonelli, Paulo Porto, Maria Fernanda, Mara Rúbia e Álvaro Aguiar. Gente, do teatro  revista do rádio, dos cassinos ou simplesmente do cinema da época.

O ano de 1950 assinala a volta de São Paulo ao cinematógrafo brasileiro.

O grandioso empreendimento que foi a companhia Vera Cruz. Tudo levava a crer que a indústria de São Paulo, era o setor avançado da produtividade nacional. Os paulistas entretanto, rejeitaram qualquer paralelo entre o que pretendiam fazer, aquilo que se fazia no Rio renegando a Chanchada. Esse período do cinema paulista foi rico em filmes e acontecimentos: os meios intelectuais, artistas de negócios tomaram afinal conhecimentos do nosso cinema que ficou sendo assunto constante nas rodas. Não há dúvida de que as promessas de melhoria do padrão técnico e artístico foram razoavelmente cumpridas a partir de "Caiçara", confirmando-se em muitos outros: "O Comprador de Fazenda", "Terra é Sempre Terra", "Veneno", "Sinhá Moça", contudo diferentemente de Lima Barreto que imaginou com "O Cangaceiro", um gênero que ainda permanece fecundo e vivo.

"O Saci", inspirado numa história de Monteiro Lobato e Rodoldo Nanni, um cinema brasileiro muito promissor no gênero juvenil.

Durante a década de cinqüenta, não esmorecia a vitalidade da fita musical e da comédia popularesca, ao contrário das previsões, houve certa diversificação na chanchada, sobretudo com o aparecimento de Amâncio Mazzaropi, que trouxe de volta a figura do caipira representado por Genésio Arruda.

Durante dez anos foi Mazzaropi a principal contribuição paulista à chamada brasileira. No mesmo período, delineia-se no Rio e silhueta mais atual Zé Trindade personagem bizarra e rica do cafajeste maduro e sem menor encanto, mas cuja confiança em si próprio fascina as mulheres.

Outros atores da cinematografia que também destacaram-se na Vera Cruz foram Ilka Soares, José Lewgov, Sônia Mamed, Ankito, Aurora Duarte, Íris Bruzzi, Odette Lara, Luigi Picchi, Norma Bengell, Anilza Leoni, Marisa Prado, Patrícia Lacerda, Hélio Souto, Glauce Rocha, John Herbert, Ioná Magalhães, Doris Monteiro, Jorge Dória, Jece Valadão, Tereza Rochel, Eva Vilma, Adriana Reys, Paulo Autran, Carlos Cotrim. Não podemos deixar de mencionar filmes como Bahia de Todos os Santos, O Pagador de Promessas e o premiado internacional O Cangaceiro.

Assim tentamos destacar o de melhor que aconteceu no cinema desde seu início até no final dos anos cinqüenta.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



MAIS INFORMAÇÕES SOBRE G.R.C.B. PARAÍSO DO SAMBA
HISTÓRIA | CARNAVAIS | HINO | CURIOSIDADES

 


:: SASP - SOCIEDADE DOS AMANTES DO SAMBA PAULISTA ::
WWW.CARNAVALPAULISTANO.COM.BR
SASP - UMA ENTIDADE COM DIFERENCIAL !!

Copyright ©2000-2024 | Todos os Direitos Reservados