::.. CARNAVAL 2002 - S.A.S. FALCÃO DO MORRO ITAQUERENSE................................
FICHA TÉCNICA
Data:  10/02/2002
Ordem de entrada:  2
Enredo:  Raízes Portuguesas na Poesia Brasileira - Trovadorismo
Carnavalesco:  Serginho
Grupo:  3 - Leste
Classificação:  5º
Pontuação Total:  93,5
Nº de Componentes:  800
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  11
Presidente:  José Virgínio Paulino
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestre Wellington e Mestre Tom
Intérprete:  Mauro Pirata e Wagnão
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  Anderson
Porta-bandeira:  Yone
SAMBA-DE-ENREDO

FALCÃO DO MORRO
COMPOSITOR: MAURO PIRATA

 

BATE NA PALMA DA MÃO

FALCÃO DO MORRO CHEGOU

VAI COMEÇAR O SHOW

A BATERIA INCENDEIA

E A MINHA ESCOLA LEVANTA POEIRA

 

NASCEU NA FRANÇA E ENTÃO

PELA EUROPA SE ESPALHOU

DE REALEJO E VIOLA, NESSA VIAJEM EU VOU

TEM LIRISMO E POESIA

NOS VERSOS DE UM TROVADOR

A FIDALGUIA FOI SÓ ALEGRIA

A CORTE SE ENCANTOU

COM AS CANTIGAS DO MENESTREL DO AMOR

 

SATIRIZANDO EU SOU FELIZ

ASSIM ESQUEÇO O DESAMOR

EM PORTUGAL O DOM DINIZ

O REI POETA QUE MARCOU

 

O MOVIMENTO SURGIU, NO MEU BRASIL

GONÇALVES DIAS, MANUEL BANDEIRA

MIL ESTRELAS A BRILHAR

NA MÚSICA BRASILEIRA

É O REPENTISTA NO NORDESTE É TRADIÇÃO

O ALMOFADINHA NA AVENIDA SÃO JOÃO

A PRAÇA ONZE, RIO DE JANEIRO

VELHOS LAMPIÕES DE GÁS

SAUDADE DEMAIS DE UM PAÍS BOÊMIO.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autores: Sérgio Berringer (Zoca) e Vagner Paulino (Vagnão)

 

Na Europa, durante a Idade Média, surgiram os Trovadores, nome dado aos autores de cantigas, poemas líricos feitos para serem cantados ao som de instrumentos musicais como: o saltério, a viola, o alaúde, a rebeca, o realejo, a charamela e outros. Nessa época, a poesia ainda não estava separada da música, como ocorreria mais tarde.

A produção das cantigas ocorreu durante os séculos XI ao XIV e esse período ficou conhecido na historia da literatura como Trovadorismo.

Os trovadores compunham cantigas e os Jograis e Menestréis as cantavam acompanhados pelas Jogralesas em praças públicas ou em festas realizadas nos palácios, pelos nobres e fidalgos.

O movimento trovadoresco é de inspiração provençal, na região de Provença, sul da França atual, floresceu no século XI um rico movimento poético, que depois se espalhou pelo resto da Europa.

Fruto do ambiente requintado das Cortes Francesas do Sul, as cantigas líricas provençais expressam o sentimento do amor do trovador pela dama, que aparece sempre em posição superior aristocraticamente e distante. O trovador que implora seus favores e sua atenção, não escondendo por trás das sutilezas da linguagem todo o erotismo do desejo amoroso.

Nessa época, a língua portuguesa ainda não estava totalmente caracterizada, o idioma usado nas cantigas trovadorescas era o galego-português. As cantigas que chegaram até nossos dias podem ser divididas em Líricas e Satíricas, assim distribuídas - Líricas, cantigas de amor e cantigas de amigo, Satíricas, cantigas de escárnio e maldizer. As cantigas de amor e de amigo são poemas que falam do amor, nas cantigas de escárnio e maldizer, manifestam-se claramente a rudeza do espírito sarcástico da Idade Média, escritas em linguagem popular, onde são freqüentes as palavras e expressões obscena; elas tem o objetivo de satirizar alguém ou então comentar jocosamente alguma situação.

O trovadorismo, ou primeira Época Medieval, é o período que estende de 1189 data provável da Canção Ribeirinha, cantiga de amor de paio Soares de Taveirós, considerada o mais antigo texto em galego-português.

O trovadorismo teve grande influência em Portugal. D. Diniz foi o sexto rei de Portugal, assumindo o trono com 18 anos de idade, governou entre 1279 e 1325. Apesar de enfrentar várias rebeliões e a Guerra de Castela, o rei ainda encontrava tempo e recursos para o desenvolvimento cultural do país, foi excelente poeta e sua produção registra 138 cantigas, muitos outros trovadores como, Martim Codax, D. Afosno Mendes de Besteiros, Fernando do Esguio, João Garcia de Guilhade e outros.

Percebemos então que a cultura trovadoresca sofreu contínuas modificações, adaptando-se aos diferentes condicionamentos sociais, com o correr dos séculos, e dependendo das características particulares de cada país.

A cultura trovadoresca vinda de Portugal até nos dias de hoje está presente e muito difundida em nossos meios, vejam alguns exemplos: Gonçalves Dias escreveu uma cantiga de amigo indianista (Leito de folhas verdes), Manuel Bandeira em pleno século XX, escreveu um Cantar de Amor em galego-português.

Na música popular brasileira, vários autores escreveram e escrevem cantigas de amigo, Paulo Vanzolini (Ronda), Caetano Veloso (Esse Cara), Chico Buarque (Com açúcar com afeto, atrás da porta, tatuagem, olhos nos olhos) e muito mais, além de Gonzaguinha, Gilberto Gil, Ari Barroso, Juca Chaves com suas típicas canções satíricas.

O trovadorismo brasileiro teve várias transformações com o passar do tempo, pelo Nordeste, representado pelos nossos repentistas. Em São Paulo, pela Av. São João e Paulista, onde os almofadinhas desfilavam sendo observados do alto das janelas e varandas dos casarões pelos olhares das senhorinhas que desfrutavam de toda beleza das noites paulistana ao som de seresteiros trovadores, muito difundido no Rio de Janeiro, onde o trovador cantava em prosa e versos suas cantigas, poetas declamavam seus versos de amor, seresteiros cantavam ao luar.  A Praça Onze, era o ponto de encontro onde toda a vida noturna se reunião, pelas ruas e praças iluminadas pela sombria luz dos lampiões de gás, por ali desfilavam, menestréis, boêmios, damas da noite, sempre em busca de diversões e prazeres aproveitando de todo o romantismo contido nas noites cariocas dos velhos tempos que não voltam mais.

Obs:

Trovadores: compunham e cantavam suas cantigas por prazer e demonstrar suas obras.

Jograis e Menestréis: Cantavam as cantigas feitas pelos trovadores, e eram remunerados.

Jogralesas: Moças que cantavam e dançavam nas festas dos palácios, usando castanholas ou pandeiros.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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