::.. CARNAVAL 2000 - G.R.C.E.S. RAIZ DA ZONA SUL................................
FICHA TÉCNICA
Data:  06/03/2000
Ordem de entrada:  7
Enredo:  Mabe do Japão ao Jabaquara - Um Cidadão do Mundo
Carnavalesco:  Comissão de Carnaval
Grupo:  1A
Classificação:  10º
Pontuação Total:  192,0
Nº de Componentes:  1000
Nº de Alegorias :  4,
Nº de Alas :  18
Presidente:  Edson Tadeu de Oliveira
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestre Rogério
Intérprete:  Edson Sorriso
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  Jaime
Porta-bandeira:  não consta
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

RAIZ DA ZONA SUL

COMPOSITORES: TARCÍSIO/ TUQUINHA/ EDSON SALIM

 

MABE!

SUA ARTE ESTÁ NO AR

PINTA ESTA AQUARELA

É A RAIZ A DESFILAR

ORGULHOSAMENTE

PARA TE HOMENAGEAR

DE LÁ PRA CÁ, AQUI CHEGOU

A BORDO DO LA PLATA MARU

PELA NOSSA NATUREZA, ELE SE APAIXONOU

NESSA TERRA TRABALHOU, SE INSPIROU

VERDES MATAS, CAFEZAIS

CLUBE DOS 15 FREQÜENTOU

SUA OBRA BRILHA NA EXPOSIÇÃO

E A LINDA JOVEM CONQUISTOU SEU CORAÇÃO

 

MERGULHOU NO SEU SONHO

FOI BEM FUNDO

DO JAPÃO AO JABAQUARA

UM CIDADÃO DO MUNDO

 

NA TERRA DA GAROA

CRIOU UM ESPAÇO CULTURAL

REVELAR NOVOS TALENTOS

ESTE ERA O SEU IDEAL

HOJE A NOSSA ESCOLA

É A HISTÓRIA DE UM ARTISTA GENIAL

SE LIGA MEU BEM, VEM NESSA TAMBÉM

VEM TIRAR ONDA NESSE CARNAVAL

 

TÔ QUE TÔ, TÁ QUE TÁ

O SWING DA BATERA FAZ A GENTE DELIRAR.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor: Tinho

 

Em 24 de setembro do ano de 1924 em Shiranui, Distrito de Uto, Kamamoto, Japão. Nasce o primeiro filho do casal Soichi e Haru Mabe, o pequeno e determinado Manabu Mabe.

Em 1932 o pequeno Mabe ingressa na escola primária de Shiranui, onde começa a tomar gosto pelos desenhos.

Em 1934 imigra com a família para o Brasil, abordo do navio "La Plata Maru" parte de Kobe, em 18 de agosto de 1934, no bolso traz consigo alguns crayons que usava para desenhar na escola, chega ao porto de Santos em 02 de outubro de 1934, corta São Paulo de trem pela ferrovia Noroeste até chegar às lavouras de Birigui.

Planícies e mais planícies a perder de vista. Plantações de café, fazendas de criação de gado, florestas, caminhos de terra vermelha cortando a mata virgem, canto dos pássaros, o ruído dos insetos, o barulho da queda das mangas, peixes nadando nas águas rasas das lagoas e papagaios disputando um fruto de goiaba madura.

É a natureza brasileira sob o olhar do menino de Mabe aos 10 anos de idade. Amor, paixão, identificação.

Mabe trabalha com a família no serviço da cafeicultura, desenha nas horas de folga, como nos dias de chuva e aos domingos.

Por volta do ano de 1945, Mabe, já morando na cidade de Lins andando pela rua, viu uma caixa de tinta a óleo, numa livraria, não resistiu à vontade de experimentar em pouco tempo, pintava, paisagens, natureza morta em papelões e tábuas de madeira.

Trabalhando no campo, pinta nas horas de folga, compra um sitio de café, conhece e passa a freqüentar um grupo de artistas que se denominavam o clube dos 15, Mabe adquire grandes influências.

Em 1950 sua obra foi escolhida para participar da exposição dos artistas de São Paulo e em 1951 da exposição nacional. Neste mesmo ano Mabe conhece uma linda jovem que vestida num vestido longo com pequenas flores estampadas deixa Mabe apaixonado. Esta jovem era Yoshino. Amor, paixão, casamento.

Trabalho no campo, pintura seu ideal. Em 1957 vende o seu cafezal e parte com a mulher Yoshino e os três filhos, os gêmeos: Joh e Ken e o caçula Yugo. Determinado a viver como pintor em São Paulo, aluga uma casa no distante bairro do Jabaquara, na Rua Canjeranas. Mabe pinta gravatas e placas para pagar o aluguel.

Sua casa no Jabaquara passou a ser seu mundo, sua capital da arte. Neste período Mabe se considerava abstracionista.

Dois anos mais tarde seria seu ano de consagração, ano de ouro de Mabe como viria ser impresso em artigo de página inteira na revista Time. Tantos e tamanhos prêmios que Mabe conquistou naquele ano.

Em abril de 59 prêmio Leiner na exposição das folhas, em 18 de setembro de 59 o prêmio melhor Pintor Nacional da V Bienal de São Paulo. Recebendo o prêmio e palavras elogiosas do então Presidente da República Juscelino Kubitscheck "Parabéns, esforce-se cada vez mais em benefício do mundo das artes brasileiras". Duas semanas depois, recebe um telefonema informando que tinha ganho o prêmio de melhor pintor da I Bienal Jovem de Paris.

A vida mudou - contratos com os marchans de artes, incursões pelos Estados Unidos, Europa, América Latina e Japão.

Mabe expôs em 19 países, reconhecimento de público e crítica, naturaliza-se brasileiro em 1960.

Suas obras correm o mundo, expostas em grande galerias em conceituosos museus, em palácios como o da Alvorada, colecionadores ilustres pelo mundo afora.

Quando da visita ao Brasil do Príncipe do Japão (hoje imperador) Akihito e da Princesa (hoje imperatriz) Michiko. Mabe está lá representando o Brasil com um grande brasileiro e recebendo o reconhecimento da realeza, principalmente da princesa sua admirador confessa.

Mabe na intimidade, era um sujeito expansivo e de ótimo astral, não perdeu o bom humor, nem com a queda de um cargueiro da Varig em 1979 que transportava 53 telas suas em exposições pelo mundo. Entre elas as mais premiadas. As causas do acidente aéreo até hoje não foram esclarecidas. "Ainda bem que o pintor está vivo" brincava Mabe. Passou 14 anos refazendo grande parte dos quadros que pertenciam a acervos particulares.

Boêmio confesso, gosta de cantar em karaokes, amante do golfe. Certa vez em 1980 acertou um holly one encaçapando a bola com apenas uma tacada, a 215 metros do buraco.

Mabe adorava o bairro do Jabaquara, comprou a casa onde morava e foi expandindo, tornando-se hoje uma confortável mansão onde mistura-se a espiritualidade Zen dos orientais com as cores dos trópicos. Trouxe todos os outros membros da família para morar no bairro. Cultivava seu próprio jardim junto com a família.

Mabe cidadão do mundo, brasileiro por paixão ensinava "É preciso crer sempre no sonho e lutar para que ele se torne real" um grande sonho seu construir um espaço cultural para exposições, para novos talentos e uma oficina de arte para as crianças, no coração de São Paulo, no bairro do Jabaquara.

Sua família hoje trabalha unida para concretizar este seu sonho "Instituto Manabu Mabe".

Mabe do Japão ao Jabaquara: Um Cidadão do Mundo.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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