INTRODUÇÃO
"Eita Ceará Pai
D'Égua" é uma expressão com sabor folclórico "Tudo
que existe entre o povo, mantido oralmente pela
tradição é folclore", é um velho modismo cearense
vindo de longas datas divulgado com persistência em
todo o Brasil por cearenses que vivem além de suas
fronteiras.
O enredo pois é um
visão do Ceará no tempo e no espaço ressaltando sem
dúvida o espírito alegre deste povo. É também uma
forma de tornar conhecidos fatos pitorescos que tão
bem exemplificam este espírito, ressaltando a figura
dos grandes humoristas tão conhecidos do povo
brasileiro, para que assim tenhamos um desfile
altamente bem humorado, alegre pois é assim que é o
povo do Ceará.
PARTE I - A
HISTÓRIA
Há vestígios, através
de inscrições deixadas em rochas e grutas de alguns
municípios cearenses. Lá existem grandes pedras com
inscrições fenícias da época do Rei Hirão I que
viveu no tempo do Rei Davi.
A história do Ceará é
um poema de dores, porque a vida dos cearenses é um
martírio de três séculos, martírio imenso que se
adensa na desgraça dos tempos calamitosos, e se
condensa na superlativa intensidade dos maiores
sofrimentos.
Mas depois do poema de
dor, vem o poema da glória, depois das angústias do
sofrimento a epopéia da liberdade, depois da palavra
do martírio, a consagração do heroísmo. A glória do
povo cearense é cair como mártir e levantar-se como
herói.
O Ceará fez sua
entrada oficial na história do Brasil em 1603.
Naquele ano Pero Coelho de Souza, nobre açoriano
residente na Paraíba, obteve de Diogo de Botelho, a
patente de capitão-mor, a fim de iniciar a
colonização do Ceará, colonização esta que por
vários motivos fracassou.
Para proceder nova
tentativa de colonização, foi escolhido o jovem e
bravo Capitão Soares Moreno em 1612. Em 1613 Soares
partiu ficando apenas a sua imagem de corajoso
guerreiro da história romântica de Iracema.
PARTE II - CEARÁ
"TERRA DA LUZ"
Francisco José do
Nascimento, o legendário "Dragão do Mar",
despregando todos os riscos e ameaças, lançou o
brado corajoso, "No porto do Ceará não se embarcam
mais escravos", e desde então (30 de agosto de
1881), tornou-se praticamente impossível o trânsito
de escravos nos portos do Ceará.
Entre as glórias que
enfeitam o nome do Ceará, avulta a de ter sido a
primeira província brasileira a libertar os seus
escravos.
O povo cearense
redimiu os seus escravos sem ter antes perguntado a
D. Pedro II, se a coroa aprovaria ou condenaria o
seu gesto redentor. Foi isso a 25 de março de 1884 e
mais de 32.000 negros receberam a dádiva da
liberdade.
PARTE III - TERRA
DOS VERDES MARES
O Ceará, como todas as
terras de legendas, cheias de tradições e
encantamento possui um livro simbólico "Iracema" de
José de Alencar.
E o mar, como para a
obra de Alencar, representa para o cearense,
principalmente o da capital, a vida, a bravura, o
trabalho e muitas vezes o refúgio. Assim escreveu
Alencar.
"Verdes mares que
brilhais como líquida esmeraldas aos raios do sol
nascente; serenai verdes mares, e alisai
docentemente a vaga impetuosa para que o barco
aventureiro, manso resvale a flor das águas;
realmente é verde e bravio o mar do Ceará.
"Não há de certo. Não
há como as praias do Ceará".
PARTE IV - TEM
CEARENSE EM TODO MUNDO
Dizem que existe mais
cearense pelo mundo afora do que no Ceará. Dizem
também, que se conhece cearense logo de longe, pela
fala gritante, pelo jeitão de andar, pelo modo de
rir, pelos gestos expansivos e pela alegria
comunicativa.
Considerados nômades,
chamados de judeus brasileiros os cearenses
tornaram-se força de trabalho e desenvolvimento em
várias partes do mundo, apesar de que sempre
retornam a terra máter.
Um fato pitoresco
conta que até na lua, quando o astronauta americano
chegou já se deparou com um cearense, fincando no
solo lunar a bandeira do Brasil.
Falar do Ceará é falar
de um povo alegre, cômico, algumas vezes até mesmo
moleque, exemplo disso são os inúmeros atores
(humoristas) cearenses que hoje são sucesso em todo
o Brasil.
O mais importante a
ressaltar é que lá no Ceará todo o povo carrega
consigo um pouco deste espírito humorístico, por
isso nosso tributo a alegria deste povo.