Índia Iracema
A virgem dos lábios de mel - A Sociedade
Cachoeira Império do Samba vem na passarela num mundo de cor desfrutando
em uma das mais lindas história da Cultura Brasileira como Tema Enredo
para o Carnaval 2001.
Observação
Em nenhum momento pensamos em pesquisar
este tema porque seus participantes teriam que mostrar parte de sua
nudez, pelo contrário a história ficaria falha na sua cultura expressa
pelo seu autor, mais com nossos respeito aos adultos e crianças em fins
a todo povo brasileiro, nossa intenção é simplesmente mostrar um pouco
de nossas lendas e de nossa cultura.
Expor e apresentar nossa cultura índigena,
que até hoje é renegada a um plano inferior. Não precisamos detalhar aos
simpatizantes de nossa Entidade e aos EXMOS. SRS. Jurados, porque
certamente tens conhecimentos de que ouvimos nossos mestres contar.
Início
O tema começa a desenvolver quando Iracema
convida Martim seu amigo para um passeio no bosque sagrado. E deu-lhe o
licor de Jurema. Martim sente o sono da morte, porém logo depois sente
vir a mente os melhores momentos de sua vida e feriu a realidade de suas
mais belas esperanças. Volta a terra natal abraça a Mãe, revê o mais
lindo anjo puro dos amores infantis, atravessa a floresta e chega ao
campo do Ipú. Busca na selva a filha do pajé e de seus lábios saí o nome
de Iracema. Iracema não percebe a presença de um guerreiro Caubi voltou
e traz para Araquem o melhor de sua caça. Na hora da partida, Iracema
entrega para Martim, sua rede e diz: Guerreiro, que levas o sono de meus
olhos, leva a minha rede também quando nela dormires, falem em tua alma
os sonhos de Iracema.
A Índia Iracema
A virgem dos lábio de mel tinha os cabelos
mais negros que a da Graúna e os cabelos mais compridos que o talhe da
palmeira. O favo da Abelha Jati não era doce como seu sorriso. A índia
era mais rápida que a ema selvagem e corria o sertão e as matas do Ipú -
Onde morava a tribo da grande nação tabajara. Um dia ao por do sol ela
repousava em um claro da floresta banhava-lhe o corpo a sombra da
Oiticica. Iracema saiu do banho e a graciosa Ara sua companheira e amiga
brinca junto dela sobre a árvore e grita a Índia pelo nome e diante dela
estava o guerreiro Martim. Ela com a mão certeira e rápida acerta uma
flecha no rosto. Depois ela quebra a flecha homicida 9 (Que significa na
linguagem dos irmãos seja bem-vindo) e assim leva o Guerreiro aos Campos
dos Tabajaras, senhores das aldeias e a cabana de Araquem, que recebe
bem e diz que Tupã, Deus dos Índios foi o que trouxe o pajé e oferece o
cachimbo e entra na cabana, diz os Tabajaras tem mil guerreiros para
defender e mulheres para servi-los.
Caubi dá um grito de guerra no meio da
mata, Iracema escuta e sai à procura do irmão amado, viu Martim sentado
contra cem guerreiros Tabajaras com Irapuã à frente. Caubi defendeu o
hóspede de Araquem, dizendo que só o matando primeiro.
A luta de Caubi e Irapuã inicia-se só
terminando quando ouvem um grito de guerra.
Iracema diz que o melhor momento para ele
sair seria na hora que estivessem sob o efeito do licor de Jurema, e
assim se faz e eles seguem ao encontro de Poti, no meio do caminho ela
dá a Martim o licor de Jurema no lugar onde ela obtém frutas para o
licor. Alí Iracema entrega-se aos braços tornando-se sua mulher, para
Martim tudo parece apenas um sonho. Ao amanhecer encontram-se com Poti e
na hora da despedida ela diz que não poderá deixá-lo pois ela agora é
sua esposa. Fogem e Martim junto com Poti constrói uma casa, e Iracema
dá a notícia a ele que está grávida. Um certo dia um guerreiro da tribo
de Poti sem avisá-lo que estavam atacando a Aldeia dos Potiguaras.
Martim parte junto com Poti para defender a aldeia que os Tabajaras
estavam atacando.
Iracema ao acordar pela manhã não vê
Martim, que lhe deixou uma mensagem através de um caranguejo numa
flecha, que queria dizer que voltasse. Iracema fica a espera do amado
durante nove luas, quando ela começa sentir que estava chegando a hora
de ter o filho. Ela vai à beira do rio, onde crescia o coqueiro e ali
teve seu filho a quem chamou de Moacir que quer dizer filho do
sofrimento. Martim volta preocupado com a tristeza de Iracema ou terá a
saudade matado em suas entranhas o fruto do amor.
Ele chama por ela e vê com tristeza a
esposa e mãe, com esforço ela ergue o filho nos braços e apresenta-lhe o
pai e diz - Recebe o filho de teu sangue e a desventurada mãe
desfaleceu. Ele a esposa ao pé do coqueiro, para quando o vento do mar
soprar nas folhas, Iracema pensará que é tua voz que fala entre seus
cabelos. Poti amparou o irmão na grande dor.
Desde então os guerreiros Potiguaras, que
passavam perto da cabana abandonada e ouviam ressoar a voz plangente da
ave amiga - jandaia - que repetia tristemente o nome de Iracema,
afastavam-se com a alma cheia de tristeza, do coqueiro cantavam a
jandaia.
E foi assim que veio a chamar-se Ceará o
rio onde crescia o coqueiro e os campos onde serpeja o rio. Martim
partiu das praias do Ceará levando no frágil barco o filho. A jandaia
não quis deixar a terra onde repousava sua amiga e senhora.
Martim volta algum tempo depois e Poti seu
irmão volta com ele muitas vezes ia sentar-se naquelas doces areias para
acalentar no peito a dor da saudade.
A jandaia cantava, mas já não repetia o
mavioso nome de Iracema. |