Os oceanos, que cobrem
mais de dois terços da superfície da Terra,
constituem hoje a última verdadeira fronteira.
Durante milênios, o homem desejou descer às
profundezas do mar para descobrir as suas maravilhas
e recuperar tesouros submersos.
No entanto, abaixo dos
trinta metros, a pressão da água e a falta de
oxigênio tornavam-se fatais. Porém, que havia nas
grandes profundidades oceânicas, habitat de monstros
marinhos e local de mistérios.
No entanto na
superfície do oceano, local onde habita vários tipos
de faunas e peixes marinhos destacando-se por sua
beleza e a fácil convivência com os habitantes do
planeta Terra, os golfinhos e também cavalos
marinhos.
A água, o elemento
líquido da natureza representa a origem da vida, a
energia feminina, a fertilidade, as emoções, as
forças do inconsciente. Tais características são
comum a maior parte da grande Mitologia criada pelo
homem.
EIS UMA ANTIGA
LENDA ÁRABE DO SÉCULO X
O anjo do mar,
mergulhando a mão na água, dava origem a alta maré,
ao passo que a baixa mar, se verifica quando o anjo
retirava a mão, é esta uma das mais poéticas
interpretações dadas ao fenômeno dos mares.
A GRUTA QUE CHORA
Anchieta em 1560
referia-se ao Igputiara, morador das águas, comedor
de seres humanos. E esta lenda, é uma estória que se
liga à história.
A Gruta Que Chora fica
na Praia da Sununga, ali pouco adiante de Iperoigue,
nas terras dos Tamoios, onde Anchieta foi refém.
Contam que todos os
anos emergia do mar uma enorme serpente e só
aplacava a sua ira após ter engolido uma virgem.
Repasto Opiparo, que a fazia voltar para as águas. O
povo de beira-mar assustava-se sempre com a
horripilante aparição.
Um dia, quando a
serpente apareceu e a população espavorida temia dar
sua contribuição, um catequista que ali estava, de
crucifixo em punho enfrenta o monstro marinho, que
saindo d'água, refugiou-se para sempre naquela
furna.
Hoje, quando alguém
visita a furna da Praia da Sununga, faltando com o
respeito ao ambiente lendário, falando pouco mais
alto, gotas d'água caem do teto - é a gruta que
chora.
O fenômeno da
permeabilidade da pedra, onde há estalactites é
interpretado pelo caiçara como a gruta que chora,
sim chora; são as lágrimas da serpente que o padre
catequista aprisionou ali para sempre...
SUMÉ
Ora, um dia em que a
multidão estava, a beira mar, viram todos que, sobre
o largo oceano, vinha do lado em que o sol aponta,
uma grande figura, que mais parecia de Deu que de
homem. Era um grande velho, branco como a luz do
dia, trazendo espalhado no peito como uma toalha de
mesa, até os pés, uma longa barba venerável cuja
ponta roçava a água do mar. E houve um grande
espanto entre o povo, vendo assim um homem como
eles, caminhar sem receio sobre as ondas como sobre
a terra firme. Era Sumé, enviado de Tupã, senhor do
céu e da Terra.
E Sumé operava
prodígios nunca vistos. Diante dele, os matos mais
cerrados se abriam por si mesmos para lhe dar
passagem; a um aceno seu, calmavam-se os ventos mais
desencadeados; Quando o mar furioso rugia um simples
gesto de sua mão lhe impunha obediência. A sua
presença fazia abaterem as tempestades, cessarem as
chuvas, abrandarem as secas e até as feras quando o
viam, vinham submissamente lamber-lhe os pés,
arrastando-se, de rojo, na areia.
Dê um sorriso, vista a
fantasia, deixe todas a tristeza de lado. É o mar
abrindo-se em leque trazendo em ondas multicoloridas
para mostrar enigmas, belezas e contos de areia.