Pagode, que do outro
lado do mundo, na Ásia onde japoneses, chineses e
outras raças iam aos templos adorar os seus Deuses,
nos pagodes os templos onde alimentava-se o
espírito, por saírem alegres e aliviados, esta
palavra atravessou mares e ares e das terras
asiáticas transformou-se em uma grande paixão
nacional, a influência mística é uma constante no
Brasil e a África aparece nas coreografias,
religiões, vocal. A mais antiga referência à
participação de negros na criação de ritmos, logo
chamado de batuque, é que os negros tinham apenas os
domingos e os dias santificados para poder dançar e
"folgar".
A harmonia dos
instrumentos tocados pelos negros, eram buzinas,
flautas e atabaques, foi com esse instrumental
rudimentar que os negros, além de cultivarem nos
primeiros anos da escravidão o mesmo tipo de música
que haviam trazido da África, que começaram também
participarem das festas públicas. A princípio, o
culto da religião precisava ser disfarçado sob
aparência de gratuidade dos batuques, que deram
início ao ritmo do samba com seus instrumentos de
percussão vieram a fazer parte direta da estrutura
musical brasileira dando-lhe novas formas e
características representativas de ritmos, exemplos:
afro-samba, baião, bossa nova, carimbó, capoeira,
cateretê, chorinho, coco, escolas de samba,
maracatu, samba canção, samba de roda, samba partido
alto (pagode) e samba rural. Para entendermos o
"Pagode" no Brasil é necessário estabelecer as
características do que se tornou verdadeiramente
nacional, lembrando que a determinação das
características tiveram origem na música africana
(Luso-africana, Afro-asiático e Afro-americana).
As características que
determinam com percussão, foi curta, respectivamente
com um ritmo em geral constante. Toda essa
influência trouxe-nos um legado na atualidade de
muito sucesso com vários Grupos de Pagode, dando um
grande passo para esta fase pagodística foram
Bezerra da Silva, Capri, Almir Guineto, Zeca
Pagodinho, Jovelina Pérola Negra, etc, que através
da música retratavam o seu dia a dia, em forma tão
popular que conseguiam criticar os fatos ocorridos
dentro da própria comunidade, dando assim, um modo
sutil de fazer conhecimento popular, desta forma deu
início aos grupos de pagode que começara no fundo de
quintal, assim começa aparecer os Grupos Fundo de
Quintal, Raça, Balance (grupo em que o grande
intérprete Royce do Cavaco participava), Mel na
Boca, Raça Negra, Boca Nervosa (começou na rua do
samba).
Nos meados de 1985, em
São Paulo, na Rua do Samba, no Clube do Pagode, na
Praça do Pagode, nos Festivais do Pagode, e o
renomado empresário paulista Pelé Problema, que
deram oportunidade ao surgimento de vários Grupos de
Pagode da Periferia de São Paulo, e a grande
oportunidade era dada com um dos programas de muita
audiência na época "O Samba Pede Passagem", com
Moisés da Rocha na FM-USP e Evaristo de Carvalho
Programa Rede Nacional do Samba, daí a mídia deu
mais oportunidade aos novos grupos, como: Gera
Samba, Sorriso Negro, Boca Nervosa, Sensação,
Negritude, Katinguele, etc..., desta forma deixamos
de ser o "Túmulo do Samba", como disse o "poeta",
numa homenagem feita por Lecy Brandão uma das
Baluartes do Samba, reconhecendo São Paulo também
como terra do samba, como bola de neve o Pagode vira
moda ditada em todo o Brasil, sendo assim, o meio de
divulgação dos artistas que não tinham espaço na
mídia.
O samba cresceu de
Norte a Sul, grupos como Companhia do Pagode e o
Famoso Tcham, que na forma expressiva de pagode,
resume-se em um ato artístico de: divertimento,
brincadeira, zombaria, caçoadora e trovadora,
reunir-se para poder pagodear, onde se canta ritmos
populares, principalmente samba com instrumental de
percussão, pois o Samba Não Pode Parar...