Nós,
da Gaviões da Fiel, escolhemos para homenagear São Paulo, não um
personagem, mas uma atitude que parece estar na raiz do povo paulistano: a
Revolução, no sentido mais amplo de seu significado, o de mudar,
transformar, alterar profundamente as condições vigentes, sejam as econômicas,
os costumes, as idéias, as opiniões de um povo. Veremos os atos
revolucionários como uma alavanca, uma força motriz que fez com que São
Paulo se tornasse um “país” dentro do nosso Brasil, este gigante de
proporções continentais.
A
Revolução Agrícola com o Ciclo do Café, que deslocou para São Paulo o
centro econômico do país, antes situado nas Minas Gerais, e alavancou o
crescimento do Estado e a abertura do país para grandes levas de
emigrantes; a Revolução Industrial, que desde o fim da primeira Guerra
Mundial tomou impulso e, com a formação do Parque Industrial de São
Paulo, a produção industrial passou a ser maior que a agrícola; a
Revolução Política, agitada pelas precárias condições de vida dos
explorados operários, em sua maioria estrangeiros, que deflagrou o
movimento anarquista, a greve geral que paralisou São Paulo, a fundação
do Partido Comunista de São Paulo, e a fundação do Partido Democrático
que, amplamente ligado aos ideais do tenentismo, passa a ser um foco
revolucionário e aglutina ao seu redor as oposições dos outros estados,
passando a unificar as oposições diversas no Partido Democrático
Nacional, culminando na criação da Aliança Liberal; a Revolução
Constitucionalista é deflagrada e a união dos paulistanos assombra o país
com a campanha do “Ouro para o bem de São Paulo”, ouro utilizado para
financiar a guerra de libertação do Estado, que termina a 2 de outubro
com a derrota paulista.
Mas,
a derrota na guerra não arrefeceu o ânimo do povo paulistano que
desenvolveu uma consciência política que se propagou além das
fronteiras do Estado e alcançou todo o território nacional,
estabelecendo uma política mais democrática e solidária; a Revolução
Artística não será esquecida, sendo mostrada principalmente, através
dos manifestos artísticos da Semana de Arte Moderna de 22, que fez ruir
as velhas formas acadêmicas depois de beber a cultura européia em
controvérsia a outro movimento artístico de muita força: o chamado
Verdamarelismo que ataca o movimento antropofágico, acusando-o de ver a
nossa terra e por conseqüência interpreta-la com olhos de turista.
Essa
disputa divide São Paulo em “antropófagos” e “nacionalistas” e,
mais uma vez, essa celeuma vai se espalhar pelo Brasil revolucionando a
Arte; a Revolução Operária será mostrada através das forças
sindicais dos metalúrgicos do ABC cujas decisões alcançaram âmbito
nacional nas mais diversas áreas como a econômica e principalmente
mudando a história política do país, produzindo em sua efervescência o
primeiro presidente operário do Brasil; a Revolução Científica que
levou o país a ser o único a mapear o Genoma causador do câncer, cuja
pesquisa se dá na USP e, sem dúvida, aliada a todas as outras pesquisas
realizadas para o mapeamento total do genoma humano, será a grande revolução
nos tratamentos médicos por vir; e, dentre tantas outras revoluções que
serão mostradas, a nossa Revolução Corinthiana, a que toca o coração
Corinthiano: a revolução que fez com que um pequeno grupo de torcedores
descontente se unisse em prol de um único ideal, ver seu time recolocado
em seu honroso lugar de time batalhador e Campeão, depois de anos de
derrotas e administrações equivocadas.
Este
pequeno grupo resolveu dar um basta e criou a que hoje é a maior torcida
organizada do mundo: a Gaviões da Fiel Torcida, que em 3 décadas de história
tem como lema “Lealdade, Humildade e Procedimento” e em seu critério
maior, luta sempre “em prol do Glorioso Corinthians”. Somos revolucionários
sim, e movidos por ideais e paixões, fundamos o Grêmio Gaviões da Fiel
Torcida.
`Hoje
Revolucionar, eu vou...`
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