::.. CARNAVAL 1999 - G. GAVIÕES DA FIEL TORCIDA................................
FICHA TÉCNICA
Data:  13/02/1999
Ordem de entrada:  12
Enredo:  O Príncipe Encoberto ou a Busca de S. Sebastião na Ilha de São Luiz do Maranhão
Carnavalesco:  Roberto Szaniecki
Grupo:  Especial
Classificação:  1º
Pontuação Total:  299,5
Nº de Componentes:  4000
Nº de Alegorias :  6,
Nº de Alas :  24
Presidente:  Douglas Deungaro - "Metaleiro"
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestre Roberto Daga
Intérprete:  Ernesto Teixeira
Coreógrafo da Comissão de Frente:  Oyama Queiroz
Rainha de Bateria:  Juliana Oliveira
Mestre-Sala:  Michel
Porta-bandeira:  Ildely
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

GAVIÕES DA FIEL

COMPOSITORES: JOSÉ RIFAI/ ALEMÃO DO CAVACO/ ERNESTO TEIXEIRA

 

Salve o guerreiro da fé

Cavaleiro guardião

A sua espada se levanta contra o mal

 

Sou gavião

Tenho garra, vou a luta

Conquistar meu ideal

 

Quando o nobre valente partiu

Outra nação do seu trono se apossou

Surge uma crença no povo

Clamando sua volta

Numa manhã encoberta

Nas ondas do mar

Na esperança que o rei irá voltar

 

E viva o rei Dom João

É festa, é aclamação

Acreditavam ser o Dom Sebastião

E viva o rei Dom João

Que restaurou seu país

No seu império fez o povo mais feliz

 

A busca pelo mito continua

E se espalhou pelo nordeste do Brasil

Canudos, Serra do Rodeador

Pedra bonita, quanto sofrimento e dor

Praia dos lençóis no Maranhão

Vem reviver a lenda da ressurreição

e Desde o limiar da nossa história

O sacrifício do touro se fez tradição

E hoje sob o céu iluminado

Brilha a estrela do touro negro encantado

 

Tem bumba-meu-boi

Reisado e marujada

Tem gaviões

Sacudindo a arquibancada.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor: Roberto Szaniecki

O Enredo "O Principe Encoberto ou a Busca de D. Sebastião na ilha de São Luís do Maranhão "que o Grêmio Gaviões da Fiel Torcida apresentará para o Carnaval de 1999, contará a eterna luta entre o bem e o mal. O Bem é D. Sebastião, Rei Cristão que se lança numa batalha contra os Mouros e nela desaparece. Portugal cai no domínio espanhol e começa uma busca incessante pelo Rei que diziam estar "Encoberto" em alguma ilha de localização ignorada. A busca se dá pelas colônias espalhadas pelo mundo e culmina no Brasil. Após 60 anos de domínio espanhol, D. João VI restaura a independência de Portugal e é aclamado "D. Sebastião Revivido "pelo Padre Antônio Vieira em seus sermões no Maranhão. O mito do "Principe Encoberto" se espalha pelo Nordeste do Brasil e mesmo após anos, com o advento da República, ele não se apaga. Surgem vários "Reinos Mitos" de São Sebastião. No Maranhão, na praia dos Lençóis, surge a lenda do "Touro Encantado" e da "Cidade Submersa" de D. Sebastião. Esse mito do sacrifício de um touro para a ressurreição da vida é observado em diversas civilizações, das mais remotas até as mais atuais. Na Atlântida lendária temos o Touro de Atlantis; na Grécia Antiga, o Minotauro; na Portugal medieval, o Toruo de Canatra e na França, o Boeuf Gras. No Folclore Brasileiro nordestino, vemos a estória de D. Sebastião contada através de folguedos populares que começaram com a Festa de Reis, depois a Marujada ou a Chegança, passa pela Cavalhada. Coroação do Divino Imperador ou Festa do Divino e, culmina com o Bumba- Meu-Boi do Maranhão, que reúne todas essas manifestações numa festa de renovação da vida, da esperança e da fé.

PRIMEIRO SETOR - O Desaparecimento de D. Sebastião na Batalha de Alcácer Quibir.

D. Sebastião, Rei de Portugal, foi criado monasticamente pelos jesuítas tornando-se um Cavaleiro da Ordem de Cristo e, consciente de sua responsabilidade com o Cristianismo, sonha vencer a batalha contra os Inimigos da Fé. Quando o Imperador do Marrocos Muleid Amed foi destronado por seu tio Abd El Melique, pediu auxílio à D. Sebastião para recuperar o trono.

SEGUNDO SETOR - A Busca de D. Sebastião pelas Colônias

Inconformados com o desaparecimento de D. Sebastião, os portugueses não aceitaram sua morte, já que seu corpo jamais apareceu. Felipe II, rei da Espanha, herda o trono português e o povo sonha com a volta de D. Sebastião que acreditavam estar "Encoberto" em alguma ilha de localização ignorada de onde, em manhã de nevoeiro, voltaria numa galé para reclamar seu trono ao usurpador.

TERCEIRO SETOR - Brasil e Maranhão - A Restauração do Império Português

Os portugueses decidem refazer o Império de D. Sebastião para que este, em seu retorno o encontre intacto. Atentos ao avanço de Franceses e Holandeses em terras brasileiras, aliam-se aos espanhóis e aos índios Tabajaras, já catequizados, expulsam os franceses que haviam se estabelecido no Maranhão e fundam a cidade de São Luís em homenagem ao Rei Francês Luís XIII.

QUARTO SETOR - Os Reinos Míticos de D. Sebastião

A morte de D. João IV, mostra ao povo português que ele não é o "Principe Encoberto. O mito, porém, sobrevive pelo interior do Brasil e se consolida tomando ares de religião. No Nordeste são fundados povoados, como sendo do Reino Prometido de El Rei D. Sebastião. Em 1819, foi formado um arraial na Serra do Rodeador onde aguardava-se a ressurreição de D. Sebastião. Em 1836, surgiu a informação de que o rei estaria 'encantado" em Pernambuco e seria ressuscitado com riquezas incomparáveis se uma certa pedra fosse banhada com sangue humano. Foi chamado Reino da Pedra Bonita, que possuía cavaleiros aos moldes das Doze Pares de França do legendário Carlos Magno, heráldica própria e autoproclamas reencarnações de El Rei. Em fins de 1838, uma tropa policial desfez o arraial. No sertão da Bahia, foi fundado por Antônio Conselheiro, o arraial de Canudos. Mas todas as versões do reaparecimento de D. Sebastião a mais bela é a chamada Lenda do Touro Encantado, na praia de Lençóis no Maranhão.
 
QUINTO SETOR - A Consagração do Touro nos Folguedos Populares

O Mito da Ressurreição através do sacrifício de um touro vem dos primórdios da civilização. Um exemplo é o Touro Atlantis, figura mítica de um touro oceânico que era sacrificado, tendo o sangue derramado nas crateras da Atlântida, num ritual de renovação da vida. Como símbolo de força criadora, o touro é na Grécia consagrado Poseidon, Deus dos Oceanos e das Tempestades.

SEXTO SETOR - O Mito de D. Sebastião Contado Pelo Folclore Popular

Nos Folguedos Maranhenses ressurgem paralelos da estória de D. Sebastião contados através de festas de cunho religioso como Reinado ou Festa de Reis, representação folclórica de visita dos Três Reis Magos ao Cristo recém-nascido celebração do Cristianismo; a Chegança ou Marejada, que mostra o desembarque do exército português em terras mouras; a Cavalhada, combate entre os Mouros e Cristãos que culmina com a rendição e conversão dos Mouros; a Coroação do Divino Imperador do Espírito Santo ou a Festa do Divino, que mostra a coroação do Imperador do Quinto Império, e finalmente, o rito Bumba-Meu-Boi, que tem origem na mítica representação do sacrifico do touro para o ressurgimento da vida.

Com o enredo "Príncipe Encoberto ou A Busca de S. Sebastião na Ilha de São Luís do Maranhão", o Grêmio Gaviões da Fiel Torcida, procura homenagear o povo português e a herança que nos foi deixada para o enriquecimento do nosso Folclore e também o povo maranhense, por introduzir de forma tão encantadora a nossa cultura popular.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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