::.. CARNAVAL 2003 - S.R.B.E.E.S. LAVAPÉS PIRATA NEGRO................................
FICHA TÉCNICA
Data:  03/03/2003
Ordem de entrada:  4
Enredo:  Da Medieval à Atual, Eu Vendo, Você Compra, Na Feira Tudo se Encontra
Carnavalesco:  Marcelo Luís da Silva e Paulo Fornias
Grupo:  2
Classificação:  5º
Pontuação Total:  192,5
Nº de Componentes:  500
Nº de Alegorias :  2
Nº de Alas :  10
Presidente:  Rosemeire Marcondes de Moraes
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestre Marcelo e Mestre Caique
Intérprete:  Nancy
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  João Paulo
Porta-bandeira:  Mercedes
SAMBA-DE-ENREDO

Lavapés

COMPOSITORES: DANILO/ MYDRAS/ RODRIGO

 

Vem de longo tempo... da era medieval

expor, vender, comprar, que grande

festa, começou em Portugal... no Foral

A paz existia e a proteção

feira franca, isenção!

nos reinados o prestigio se mantém

De tecidos a animais de tudo um pouco

se vendia bem

 

No Glicério tem uma feira também

feira livre paulistana... o que procura nela

tem é atual... tradicional pra minha

felicidade... é tema do meu carnaval

 

Fontes de empregos orgulho de uma

profissão de artesanato antiguidades,

novidades pra população

Pro meu amor da nossa nação

 

Sacode galera... vem ver como é

EU QUERO VER TODO MUNDO COM A LAVAPÉS

EU VENDO, VOCÊ COMPRA

Na feira tudo se encontra.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autores: Paulo Fornias e Marcelo Luis Silva 

 

"O hábito do homem expor suas mercadorias e suas obras de arte é tão antigo quanto os povoados e as cidades. Hábito que, quando repetido periodicamente sempre em um mesmo lugar leva o nome de feira".

Por termos sido uma colônia portuguesa, estamos intrinsecamente ligados aos moldes das feiras medievais portuguesas.

A FEIRA MEDIEVAL

As feiras são uma das instituições mais curiosas do período medieval; a sua função econômica consistia fundamentalmente na localização, com prazos e termos determinados pelos produtores, consumidores e distribuidores, corrigindo assim a falta de comunicações fáceis e rápidas. Quase todas as feiras se realizavam em épocas relacionadas com festas da Igreja: no local onde se faziam, existia uma paz especial, a "paz da feira", que proibia toda a disputa ou vingança, ou todo o ato de hostilidade, sob penas severas em caso de transgressão.

A primeira menção de uma feira portuguesa vem registrada no Foral de Castelo Mendo de 1.229 e que se realizava três vezes no ano e durante oito dias de cada vez. Todos que dela participavam, tanto nacionais como estrangeiros, teriam segurança desde oito dias antes até oito dias depois da feira, na ida e na volta contra qualquer responsabilidade civil e criminal que pesassem sobre eles.

A segurança era um item, com o qual os feirantes se preocupavam, fazendo surgir a figura dos Proteiros da Feira, (protegedores) que impediam a entrada indesejadas e protegiam os bens.

Entre os privilégios que mais favoreciam o desenvolvimento das feiras, foi sem dúvida o que isentava os feirantes do pagamento de direitos fiscais (portagens e costumagens) e as que usufruíam desta regalia deu-se o nome de feiras francas, sendo D. João I que generalizou a outorga das feiras francas.

Nos reinados seguintes ainda o prestígio das feiras se mantém. Em 1.720 crou-se na cidade do Porto, uma feira franca de fazendas (tecidos) e animais, que contavam também com figuras típicas das feiras, como as bordadeiras de Almalaguês, os Saltimbancos (acrobatas) que vendiam objetos de barro, as tendas das Freiras, que vendiam tijeladas (doce conventual - compotas).

As feiras perduraram pelos tempos, absorvendo os costumes e adaptando-se aos novos tempos, porém nunca perdendo sua essência. A exemplo disto, podemos citar uma instituição tipicamente paulistana, nossa feira de barro. No Glicério (local de nossa comunidade) existe uma feira livre, onde nela tudo se encontra, sendo a junção de várias outras feiras que existem na capital, ou seja, vendem alimentos, roupas, pequenos objetos, flores, etc.

A FEIRA MODERNA (ATUAL)

As feiras de bairro funcionam no Município de São Paulo desde os meados do século XVII, haja vista a ocorrência de uma certa oficialização para venda em 1.687, de "gêneros da terra, hortaliça  e peixe, no Terreiro da Misericórdia".

Em fins do século XVIII, e começo do séuclo XIX estruturam-se as feiras nos locais de pouso de tropas, dando início ao mercado caipira, no Campo da Luz. Feira esta, estabelecida pelo então Governador melo Castro de Mendonça. Essa primeira existência é que mais se assemelha às feiras de nossos dias.

As feiras livres sçao fortes fontes de empregos e escoamento da produção de hortifrutigranjeiros, sendo implementado também com o comércio de produtos não alimentícios (tecidos, armarinhos, vestuário, calçados, utensílios domésticos e etc.)

Mas as feiras não permaneceram apenas com um tipo de produto de venda, abrindo-se o mercado para outros tipos de feira, como as feiras de artesanatos, automóveis, cosméticos, flores, antiguidades e várias outras.

Uma das feiras que mais impressiona por sua beleza, qualidade e raridade, é a Feira de Flores, hoje localizada no Largo do Arouche. Tradicional feira paulistana, que vende flores há mais de 50 anos, incorporando-se na paisagem da cidade.

Já a Feira de Antiguidades, que surgiu através do Mercado de Troca, onde no início as pessoas traziam objetos que não queriam mais e trocavam por outras peças, marca sua presença no cenário da cidade e é uma das mais visitadas principalmente nos finais de semana, tanto por paulistanos como por turistas.

A feira também representa o anseio de grupos sociais, a exemplo temos os admiradores de automóveis, que uniram-se e hoje acontece grandes feiras de automóveis em diversos pontos da cidade. Empresários unindo-se também observaram que através da concentração de esforços, podem ofertar e vender muito mais, que qualquer ponto de venda que venham a ter, expondo seus bens e produtos, assim ressaltamos a Feira da Cosmética, que ocorre anualmente em São Paulo, atraindo pessoas interessadas em novidades do mercado e mesmo em adquirir produtos com preços mais vantajosos.

E se subsistem entre nós, o comércio errante, os feirantes e as feiras, é porque elas representam o seu papel na economia da Nação e vários pequenos produtores encontraram nelas a melhor forma de colocação e distribuição dos seus produtos e artefatos.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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