::.. CARNAVAL 1998 - G.R.E.S. IMPERATRIZ DA PAULICÉIA................................
FICHA TÉCNICA
Data:  22/02/1998
Ordem de entrada:  6
Enredo:  História de São Luiz do Maranhão
Carnavalesco:  não consta
Grupo:  3 - Norte
Classificação:  2º
Pontuação Total:  96,0
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  não consta
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  não consta
Intérprete:  não consta
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  não consta
Porta-bandeira:  não consta
SAMBA-DE-ENREDO

UNIDOS DE VILA MARIA
COMPOSITOR: MARCELO PAPA

 

O MEU MARANHÃO QUE EMBALOU NA POESIA

COM A IMPERATRIZ VOU COLORIR ESTA FOLIA

NUM FESTIVAL DE CORES

RELUZENTE OS ETERNOS CASARÕES

O MEU VELHO SÃO LUIZ

CIDADE DAS ASSOMBRAÇÕES

 

NHA JANÇA É UM LENDA

QUE O POVO NÃO ESQUECEU

POIS NINGUÉM FICA POR PERTO

QUANDO OUVE O NOME SEU

 

RESPLANDECE O LUAR

CLAREANDO MEU SERTÃO

OS POETAS VERSOS PROSAS

SÃO LUIS DO MARANHÃO

 

BUMBA MEU BOI, FESTA DE REI

BAMBUÊ E CAIXA

DANÇANDO QUANTO COMO EU NÃO SEI

 

NA MAGIA DESSE SOM DEIXEI ME LEVAR

NUM RITMO ALUCINANTE

CHEGOU O REGGAE PRA CONTAGIAR

 

ANARRIÊ, ANARRIÁ

É FOLCLORE, É MAGIA

É CRENDICE POPULAR.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor:

 

São Luis do Maranhão ainda é a cidade onde melhor se pode sentir o passado. Meio isolada, tem a maior quantidade de relíquias históricas e artísticas do Brasil em um só conjunto. Nas noites de lua cheia que clareia a vegetação tropical, o mar e os sobradões, entra-se num tempo antigo, de casarões coloridos com azulejos em todas as tonalidades, azuis, verdes, amarelos, roxos, brancos, com arabescos delicados e desenhos gregos. São Luis é exagerada nas cores, a cidade é formada de infinitas ruazinhas e becos de pedra que, invariavelmente, desembocam no mar. De todas as capitais provinciais do Brasil é a única que não nasceu lusitana, mas francesa.

Nosso enredo vai contar a história de São Luis, de sua fundação até os dias de hoje, passando por sua arte, folclore e cultura. Está dividido em 6 partes, cada uma leva um nome, com o qual a cidade também é, ou foi, conhecida.

1. CIDADE DO REI DE FRANÇA

De todas as capitais do Brasil, São Luis foi a única fundada por franceses, Daniel de La Touche (Senhor de La Ravardiere) e François de Rasilly (Senhor de Rasilly e Aunelles), em 8 de setembro de 1.612. Chefes da expedição francesa incumbida de instalar uma colônia alé da linha equinocial. O forte e o ancoradouro receberam o nome de São Luis e o porto de Santa Maria, em homenagem a Luis XIII e a Rainha-Mãe Maria de Médicis.

A 1º de novembro de 1.612, os índios que habitavam a região juraram fidelidade ao Rei de França. Dois anos mais tarde, Jerônimo de Albuquerque, chefe da expedição portuguesa para a reconquista do Maranhão, vencia franceses e índios na batalha de Guaxenduba. Além disso, o casamento entre o Rei Luis XIII e a princesa Ana da Áustria levaria a França a se desinteressar da colônia, diante da falta de recursos Daniel de La Touche não teve outra saída senão capitular formalmente a 3 de novembro de 1.615, entregando o Forte de São Luis ao General Alexandre Moura, dessa forma, São Luis entrou para a comunidade colonial portuguesa e, em 1.621, tornou-se sede da capitânia do Maranhão.

O período de paz porque passou a região viu-se interrompido em 1.641, quando 18 navios holandeses, transportando 2.000 homens, comandados pelo almirante Jan Cornelizoon Lichtard, aportaram no Maranhão. Não obstante às desesperadas tentativas dos capitães Francisco de Carvalho e Paulo Avelar e do artilheiro Matias João, o Governador Bento Maciel Parente, impossibilitado de resistir, rendeu-se entregando São Luis aos holandeses.

Em setembro de 1.642 os maranhenses sublevaram-se, sob o comando do Capitão Antonio Muniz Barreiros Filho, que morreu na luta. A glória da expulsão dos invasores coube ao Capitão Antonio Teixeira de Melo que retomou a cidade de São Luis em 28 de fevereiro de 1.644.

Integrada ao comércio português, São Luis destacou-se, inicialmente, como centro exportador de açúcar e, a partir do século XIX, do algodão. Alguns anos depois a economia maranhense voltou-se para a exportação vegetal, especialmente do coco de babaçu e da cera de carnaúba. Nem mesmo a construção da estrada de ferro São Luis-Teresina e a expansão da cultura de arroz puderam evitar a queda no ritmo de crescimento da cidade, a exportação de arroz passou a ser feita por estradas de rodagem, diminuindo a atividade do porto de São Luis e a falta de rodovias convenientes isolou, até há pouco tempo, a cidade do resto do país.

2. CIDADE DOS AZULEJOS

São Luis é um festival permanente de azulejos que cobrem as fachadas dos velhos casarões, desde o chão até o teto, para nos oferecer hoje um dos maiores conjuntos de arquitetura civil barroca. As sacadas são de ferro, românticas, misteriosas, não raro artisticamente rendilhadas. Às vezes, percorre-se ruas inteiras com casarões de azulejos coloridos, numa policromia de amarelo, vermelho, verde e azul.

O azulejo é imposição do próprio clima. Os portugueses perceberam que na costa marítima qualquer tinta não tem a duração que dela se pode esperar em outros locais. É como se tivéssemos jogando dinheiro fora, pintando casas de 6 em 6 meses.

3. CIDADE DAS LENDAS E ASSOMBRAÇÕES

São Luis tem muitas histórias e a mais interessante delas é a de Ana Jansen, figura lendária que no século passado teve poderosa influência na vida pública e política da cidade. Tinha o monopólio da exploração dos poços de água de São Luis e quando ficava sabendo que alguém abrira seu próprio poço, mandava matar um escravo seu e atirá-lo nesse poço para contaminar a água. Dizem que certa vez colocou vários escravos agachados para que, pisando neles, pudesse atravessar, sem molhar os pés, um pequeno rio. O Comendador Antonio Meireles após uma briga com Ana Jansen, para se vingar, mandou fazer na Inglaterra um milheiro de penicos com o retrato da inimiga no fundo. O povo de São Luis diz que, até hoje, à noite, Ana Jansen sai do seu túmulo e percorre as ruas da cidade em uma carruagem dirigida por um esqueleto e puxada por cavalos sem cabeça.

Outra história corrente em São Luis diz que embaixo da cidade, escondida em seus diversos subterrâneos, está uma serpente gigante e que no dia em que a cabeça da serpente encontrar-se com seu rabo a cidade será destruída. Essas e muitas outras histórias fazer de São Luis a cidade das lendas.

4. CIDADE DOS POETAS

São Luis ficou conhecida como a "Atenas Brasileira", pela quantidade de poetas e intelectuais que lá nasceram ou habitaram. Catulo da Paixão Cearense, Artur de Azevedo, Graça Aranha, Manuel Odorico Mendes e Francisco Sotero são alguns exemplos. O mais famoso deles foi Gonçalves Dias, sempre angustiado por sua condição de mestiço numa sociedade preconceituosa como a maranhense, que chegou a impedir seu casamento com Ana Amélia. Outro nome de destaque na literatura brasileira, também nascido em São Luis foi Aluízio de Azevedo autor de "O Cortiço".

Segundo os maranhenses Catulo da Paixão Cearense jamais teria feito "Luar do Sertão" se não tivesse nascido em São Luis, dado a beleza do luar da cidade. Também são filhos de São Luis os nossos contemporâneos Joãosinho Trinta e Alcione.

5. CIDADE DO FOLCLORE

São Luis teve a sorte de conservar bem nítidas as influências negras, indígenas e européias, cujas culturas se juntaram para apresentar um dos folclores mais ricos do país. Lá estão: Bumba Meu Boi, Festa de Reis, Dança do Coco, Quadrilha e Casamento da Roça, Tambor de Mina, Tambor de Caroço, Dança de São Gonçalo, Bambuê de Caixa, Festa do Divino e Tambor de Crioula.

6. CIDADE DO REGGAE

"Jamaica Brasileira", como é conhecida atualmente São Luis, graças a popularidade que o reggae, ritmo jamaicano, tem junto ao povo da cidade. A cidade sintoniza com tanta facilidade as rádios da Jamaica que adotou o reggae como sua música popular. O reggae é presença obrigatória na programação das rádios FMs locais.

Em quase todas as praias e bares da cidade existem as "rediolas", a versão maranhense, fixa no chão, dos ensurdecedores trios elétricos baianos, que tocam sem parar reggaes de autores jamaicanos e também de compositores de São Luis.

Para saber se o reggae é bom, há um teste: ao se passar perto da radiola, o colarinho da camisa tem que tremer.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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