Brasil (ano 1.500). Chegam os portugueses
invadindo uma terra que já era habitada pelos verdadeiros donos: os
índios, que não gostaram nada daquela invasão de privacidade e assim se
deu o 1º confronto entre índios e portugueses.
O Brasil, terra abençoada, mais a história
nos conta que este povo não se rendeu jamais à opressão dos poderosos,
por isso não aceitava nunca o domínio e muito menos que invadissem suas
terras (invasão Holandesa e Francesa), tantos foram os confrontos em
cada tópico do país para se erguer uma nação. O nosso povo se arma para
defender sua bandeira cada qual com seu ideal.
A Combinados de Sapopemba relembra no
Anhembi, nesse carnaval de 2002, a busca incessante do povo por
melhorias e às vezes cobiçando o poder.
Guerra dos Mascates - a luta pelo domínio
açucareiro - o açúcar, melhor fonte de renda dos comerciantes no
nordeste brasileiro.
Cabanagem - o povo invade o palacete, sede
do governo no Pará e toma o poder por apenas alguns dias e, nesse
pequeno período desfrutam das mordomias e saciam sua fome.
Farroupilha - Guerra dos Farrapos,
movimento de guerrilha no sul do país.
Inconfidência Mineira - movimento em prol
da tomada do poder e derrubada do domínio português, em Minas Gerais
"Liberdade Ainda Que Tardia".
Independência ou Morte - Brasil, livre de
Portugal, acobertado por interesses ingleses - "Será que o Brasil se
Libertou?"
Quilombos - símbolo das resistências
escravagistas, Revolta dos Malês, Bahia - movimento natural dos negros
escravizados aqui no Brasil.
Canudos - viver realmente em comunidade -
Belo Monte, Bahia - onde o povo nordestino sonhou com uma vida descente
longe da opressão. Mas nossos governantes, mais uma vez, grotescamente
"errou" em mandar tropas para desarmarem Canudos, uma chacina ignorante
e sem pudor, onde o verdadeiro povo foi massacrado. "Canudos não Morreu.
Desperta Canudos!"
SÍNTESE
A história do nosso povo é uma história de
lutas e também de derrotas, fruto de brutal repressão. Mas nunca de
passividade. O povo sabe que é sujeito e não objeto da história. Por
isso organiza-se e luta.
O poder, defendendo seus privilégios de
classe, reage e esmaga os anseios populares de liberdade, tomando depois
o cuidado de retirar da historiografia oficial a presença do povo.
Assim, a gente anônima, os pobres -
índios, negros, trabalhadores - são esquecidos. Afinal suas lutas são
uma ameaça aos poderosos. E as glórias de heróis e pacificadores ficam
mesmo para os grandes repressores.
Estas são as teses básicas deste enredo,
onde em fantasias, música e alegorias, mostraremos as lutas do povo
brasileiro desde a resistência indígena até o massacre de Canudos. Este
é um enredo forte que procura reconstruir a verdade e desmascarar a
hipocrisia da história escrita pelos vencedores.
É a Combinados de Sapopemba dando uma aula
de História do Brasil no Pólo Cultural!
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