Sou eu, sou eu
O dono dessa terra mãe
De belezas e encantos mil
Minha pátria, meu orgulho, Brasil
Neste solo eu vi chegar o europeu
Querendo explorar o que "era meu"
Em nome da cobiça e ambição
Levando toda a riqueza
A cultura e a essência, minha fé, religião
Ecoou um silêncio pelas matas
Quando o mal a aldeia dizimou
Chora, o curumim implora
Por paz e amor
Viajei à bordo do tumbeiro
Preso no cativeiro, escravizado e sem pudor
Tentei resistir, lutar, não me entregar
E o quilombo se formou
Em terra Essa gente tão sofrida
Nunca mais ser oprimida
Devolvam nossa liberdade
Somos A voz da resistência
Não tente apagar nossa existência
Pois toda dor irá acabar
É de arrepiar, Saudosa
Vem abençoar, meu pai Xangô
Gira com seu oxé para a justiça vencer
E um novo tempo florescer.
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