“Falam que meu cabelo é ruim
É bombril, toin-oin-oin, é pixaim
O olhar tipo porta de serviço
É um míssil invisível contra mim…”
Inspirados na canção “Pra Matar Preconceito”, composta por Manu da Cuíca e Raul DiCaprio, interpretada pelo Grupo Arruda, Guaianases vai unida e de punho cerrado com as mulheres pretas rumo ao carnaval 2025.
Nossa história mergulha em um universo onde a ancestralidade é a força motriz. Onde os tambores pulsantes e os batuques africanos, evocam essa ancestralidade feminina e a força de suas raízes africanas. Que irão de encontro aos obstáculos e desafios enfrentados pela mulher preta ao longo da história.
“Sou criola
Neguinha, mulata e muito mais, camará!
Minha história é suada igual dança no Ilê
Ninguém vai me dizer o meu lugar...”
No Ilê de Guaianases, toda preta é rainha! E enquanto nossa rainha dança com graça e determinação, ela é cercada por uma corte de guerreiras e líderes, representando as mulheres que lutaram e resistiram ao longo da história. Juntas, elas enfrentam os desafios do preconceito, da discriminação e da opressão, demonstrando coragem e resiliência. Imersas em uma jornada de autodescoberta e empoderamento enquanto se conectam com as raízes de sua linhagem.
Nesse caminho tem samba, ah o samba… com seu som inebriante, imponente, majestoso é símbolo da resistência. Seus acordes personificam a mulher preta em toda a sua grandiosidade. E é o samba que nos traz Ciata, mãe baiana vestida com trajes deslumbrantes que refletem a riqueza da cultura africana. Ao som dessa música vibrante, Tia Ciata e tantas mais, começam suas jornadas de empoderamento e celebração. É o momento das sombras do preconceito darem lugar as cores e vida, refletindo a esperança e a determinação de um futuro mais justo e inclusivo. Com representações de diferentes aspectos da cultura afro-brasileira, celebramos a resistência que se torna um símbolo de emancipação e orgulho. Nossa rainha levanta a voz em um clamor por igualdade e justiça, inspirando outros a se unirem à luta pela liberdade e dignidade.
Guiadas por visões de suas ancestrais, que lideraram um movimento de empoderamento feminino, unindo mulheres de todas as idades e origens em um esforço para reconhecer e celebrar o poder da mulher preta. Juntas, elas lançam iniciativas para promover a igualdade de gênero, defender os direitos das mulheres e criar um futuro mais inclusivo para as gerações vindouras.
E cada componente desfilará reconhecendo o poder e a beleza da mulher preta e renovando o compromisso de combater o preconceito em todas as suas formas. Pois somos confrontados periodicamente com desafios que refletem os obstáculos enfrentados por mulheres pretas na sociedade contemporânea, desde o preconceito até a falta de representação. No entanto, seremos inspirados a descobrir histórias de mulheres negras icônicas que desafiaram as adversidades e deixaram um impacto duradouro em suas comunidades.
“Na rua me chamam de gostosa
E o gringo acha que eu nasci pra dar
No postal mais vendido em qualquer loja
Tô lá eu de costas contra o mar...”
Vamos juntos com Clementina de Jesus e seu batuque de Quéle, com Leci Brandão e Zezé Motta em uma celebração vibrante, emocionante e musical colocando a mulher preta no centro das atenções. No seio da elite nacional a arte preta encantou o a alta sociedade, nos passos de Mercedes Baptista com sua magia na dança e com Aracy de Almeida e sua mistura envolvente se tornando o canto da noite ambas fizeram o seu talento matar o preconceito, era arte preta se tornando referência e alma para um povo que sempre precisou de mais para mostrar o seu valor.
Na fé e na luta elas também são diferencias Mãe Beata de Iemanjá, a dama das águas e da resistência e suas companheiras de jornada desfilam com verdadeiras rainhas, honrando o legado das mulheres pretas como Dandara de Palmares e todas as grandes pretas, mulheres e forte que se tornaram expoentes da cor, que seguem inspirando outras a seguirem seus passos.
Se o preconceito e a intolerância persistirem, continuamos resistentes como verdadeiros filhos de uma mãe África preta e reluzente, que ilumina a todos com seu poder, e como diria a nossa eterna Penha “Cada um com seus problemas”, e que o carnaval amor dessa guerreira e tantas marias carnavalescas, artistas e foliãs, fica a mensagem final de nosso desfile que será de esperança e determinação, lembrando ao público que, embora a jornada rumo à igualdade seja longa e desafiadora, o poder da mulher preta é inegável e eterno como uma canção que na voz de uma mulher e de herdeiros de mães pretas escancarou para a sociedade a necessidade de que...
PRA MATAR O PRECONCEITO É PRECISO RESISTIR...
ARRUDA PRA VENCER MULHER PRETA NO PODER!
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