::.. CARNAVAL 2023 - A.C.E.S. PAULISTANOS DA GLÓRIA................................
FICHA TÉCNICA
Data:  19/02/2023
Ordem de entrada:  2
Enredo:  Kizomba
Carnavalesco:  Kaique Alves
Grupo:  Vaga Aberta
Classificação:  4º
Pontuação Total:  179,3
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Noêmia da Silva Inês
Diretor de Carnaval:  Rodrigo Brito
Diretoria de Harmonia:  Comissão de Harmonia
Mestre de Bateria:  Mestra Tracy Marcella
Intérprete:  Renato Icaro e Regis Swing
Coreógrafo da Comissão de Frente:  Duda Lima
Rainha de Bateria:  Kaylane Chavier
Mestre-Sala:  Vinicius Malta
Porta-bandeira:  Danielle Carla
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO
VERSÃO DA ESCOLA

Nova pagina 2
COMPOSITOres: HUGO CÉSAR/ LUCIANA FERREIRA/ RENATO ÍCARO/ THIAGO BRITO/ MARCUS LOPES/ ABRAÃO SANTOS


NUMA ODISSEIA AO PASSADO
FUI BUSCAR NOSSO LEGADO, ENRAIZADO
OH!! MÃE ÁFRICA
FOLCLORE DE UM POVO FESTEIRO
BAIANAS COM ÁGUA DE CHEIRO (ô)
LAVANDO A ESCADARIA DO BONFIM
BUMBA MEU BOI… NO MARANHÃO 
FEITIÇARIA, FOLCLORE E TRADIÇÃO

BAOBÁ... BAOBÁ...                                                                   
INCORPORA A RIQUEZA ANCESTRAL
BAOBÁ... BAOBÁ...

RAIZ QUE AFLORA A HERANÇA CULTURAL

SIGO EM CORTEJO... FOLIA DE REIS
E COM FESTANÇA AO SANTO NEGRO VOU LOUVAR (ô)
FIRMANDO O SAGRADO TAMBOR NO SOM MARACATU
A CALUNGA HOJE TEM COROAÇÃO
A REALEZA PRETA VAI SAUDAR IEMANJÁ 
É CARNAVAL A MAIOR FESTA POPULAR


Ê, KIZOMBA Ê... 
KIZOMBA Ê... KIZOMBA!
PAULISTANOS É ESSÊNCIA... ONDE A GLÓRIA ECOOU
RESISTÊNCIA... NO COURO DO TAMBOR!

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor: Rodrigo Brito

INTRODUÇÃO
 
Desde muito tempo, antes das primeiras colonizações em nosso país, o povo busca o conhecimento sobre nossa verdadeira origem cultural, muitos duvidando que tenha vindo da África... Buscando entendimento e compreensão, pesquisadores buscaram através das festas e manifestações culturais estudar o comportamento humano. Através das expressões culturais, rituais, danças e costumes, chegou-se à conclusão de que realmente o continente Africano é o Berço de todas as civilizações!
 
Nos dias atuais, nossa nação de proporções continentais, de exuberante natureza, multicultural e amplamente miscigenada, nos comprova que a união de vários povos, agregada a cultura ancestral das tribos africanas que aqui chegaram e tanto influenciaram em diversas áreas do conhecimento, tornou nosso país único, rico em diversidade de festejos, manifestações, expressões e crenças... mundialmente conhecido por sua alegria, algo que se disseminou como elemento cultural de nosso povo.
 
Refletindo sobre a grande herança cultural que esses povos nos deixaram, apresentaremos nossa grande “Kizomba”!
 
SINOPSE
 
Refletindo sobre a grande herança cultural que esses povos nos deixaram, apresentaremos nossa Sou negro, sambista, nascido em São Paulo, e em busca do preenchimento das lacunas do saber de nossa história, encontrei meus ancestrais em busca das minhas raízes culturais. Com seu ensinamento aprendi, que trazido lá da África o ato de festejar foi enraizado no nosso Brasil. Descobri que em Angola, festa era “KIZOMBA” no dialeto Quimbundo e com a orientação, proteção e guiado pelo espírito da ancestralidade, embarco junto à ASSOCIAÇÃO RECREATIVA ESTAÇÃO DO SAMBA PAULISTANOS DA GLÓRIA e tenho a grande honra de apresentar a nossa “KIZOMBA”.
 
Alvoreci com a garra e bravura ancestral, bordei minha bandeira com a cor preta, exaltando a todas as tribos do continente “Mãe África”, o vermelho do sangue, da luta e guerra ancestral e sob a pureza do branco da paz. Recebi através da luz de meus antepassados a nobre missão de mostrar a “Kizomba” do nosso gigante Brasil.
 
Parti em minha peregrinação, rumo a terra onde a essência e as raízes da cultura afro-brasileira, em toda sua maestria e dignidade estão fincadas.
 
Cheguei à Bahia, o berço de toda minha ancestralidade que guarda os segredos de uma “Kizomba” carregada de axé. Purificando todo o caminho as “tias baianas” em procissão promovem a “Lavagem do Bonfim”, munidas de suas quartinhas com água de cheiro, iniciam ao som de sonoros cânticos o belíssimo fundamento do ritual das “Águas de Oxalá”, preparando o local para comemorar o Dia de Nosso Senhor do Bonfim, sincretizado nas religiões de Matriz Africana como Oxalá.
 
Ao som dos tambores me apresentam outra “Kizomba”, lá pelas bandas do Maranhão. Parto rumo a São Luiz em busca do tal Boi ressuscitado, na famosa festa do “Bumba Meu Boi”. A Festa encena a lenda do negro Pai Francisco que mata o Boi para o cumprir o desejo de sua esposa gravida “Catirina” de comer a língua do animal. Triste com a perda o fazendeiro chama os curandeiros para ressuscitá-lo. Assim o boi volta à vida e em comemoração ao “milagre” um grande festejo folclórico é proporcionado à toda comunidade.
 
Segui a minha jornada em busca de “incorporar” toda essa riqueza ancestral, agregando aprendizado e fortificação, para tornar as raízes ancestrais de meu “Baobá” uma grande herança cultural para meu povo.
 
Nas Minas Gerais obtive mais uma grande aula de história e religiosidade, a “Folia de Reis” levou-me a visitar as casas do povo local, numa procissão, ritmada por música religiosa em louvor aos “Santos Reis” e ao nascimento de Jesus Cristo. Me chamou atenção o colorido do festejo, tendo inclusive a presença de palhaços, batizados de “Bastiões” em meio a procissão que reúne alusões ao sagrado e ao profano. De onde viria a Africanidade dessa “Kizomba”? Me autoquestionei, e fui respondido pela história do festejo, que teve início no Egito em forma de “Reisado”.
 
Lembrei - me dos meus avós lá no interior... Ambos são devotos a São Benedito, santo negro da igreja católica e festejado na cidade onde moram, conhecido como milagreiro era analfabeto e tornou-se líder religioso graças a sua grande sabedoria e bondade ganhou uma “Kizomba” em sua homenagem onde os fiéis fazem uma grande louvação em romaria pelas ruas da cidade.
 
Ouvi que pelas bandas do Pernambuco existia outra “Kizomba” folclórica regida pelos rituais ancestrais africanos, misturado a herança portuguesa e indígena, o tradicional Maracatu.
 
Cheguei no Recife e me deparei logo com uma entidade “Maracatu Elefante”, um povo animado exaltava ao animal protegido de Oxalá em um cortejo repleto de religiosidade, sincretismo e representatividade. Em forma de procissão dançando de forma tradicional, iniciava com 3 Calungas, grandes bonecas negras nomeadas de Dona Leopoldina, Dom Luís e Dona Emília... Associadas aos orixás Iansã, Oxum e Xangô.
 
Seguindo a procissão vem à frente dos agrupados a bandeira apresentando o Maracatu, logo imaginei uma procissão em minha amada São Paulo, montado daquela mesma maneira com o estandarte do “Maracatu Paulistanos”. Acompanhado pela corte com seus trajes reais de época, ao som da batucada, com o lamento dos escravos coberto por suas vestes rústicas e a luta dos caboclos num terreiro a céu aberto.
 
Peregrinando pelo meu país percebi que alguns festejos, estão fincados em diversos cantos dessa minha terra. A cada instante a força dos meus ancestrais são evocadas em grandes “Kizombas”, que dão o sopro da vida a raiz negra.
 
O povo preto é coroado rei e rainha em uma grande “Kizomba” chamada “Congada”. O festejo relembra a coroação do Rei Congo e da Rainha Jinga de Angola, é a festa que acolhe elementos temáticos africanos e em cortejo com passos e cantos, a melodia é o fundo musical da celebração dessa festa, onde a aclamação é animada através de danças e com muito batuque de tambor ou zabumba.
 
Água representa a pureza, a transformação, e numa grande “Kizomba” os festejos da Rainha das cabeças, a “Festa de Iemanjá”, envolve o culto da rainha do mar, que recebe flores brancas e oferendas em forma de pedido e agradecimento pela vida. O Povo Negro saúda “Odoyá Iemanjá” a Mãe das outras divindades cultuadas nas religiões de matriz Africana.
 
Ao conhecer muitos fundamentos de nossos ancestrais percebo que a “Kizomba” está no sangue, na pele e na alma de cada um de nós: povo preto, miscigenado.
 
Finalizo essa minha viagem, absorvendo a força das várias etnias que fizeram desse nosso país único, reunindo todas essas festas em uma grande “Kizomba” chamada Carnaval. Festa outrora tão marginalizada quando em seu início tinha suas rodas de samba nos fundos dos quintais perseguidas. Exalto a robustez, a herança e a fé desse povo que durante alguns dias vão aos sambódromos e ruas festejar o Carnaval, com suas passistas e seus malandros a sambar, sem descriminação, onde reis, rainhas e escravos são todos iguais nesta grande “Kizomba”.
 
Dessa forma a ASSOCIAÇÃO RECREATIVA ESTAÇÃO DO SAMBA PAULISTANOS DA GLÓRIA, exalta todas as “Kizombas” negras, populares, brasileiras, que resistiram a opressão, e não deixaram o tempo as calar.
 
Viva a Negritude! Viva o povo preto! Salve a nossa Kizomba!

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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