::.. CARNAVAL 2023 - G.R.C.S.E.S. ACADÊMICOS DO TUCURUVI................................
FICHA TÉCNICA
Data:  18/02/2023
Ordem de entrada:  2
Enredo:  Da Silva, Bezerra. A voz do povo!
Carnavalesco:  Dione Leite e Yago Duarte
Grupo:  Especial
Classificação:  11º
Pontuação Total:  269,4 - [Vejas as justificativas]
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Hussein Abdo ElSelam - "Seu Jamil"
Diretor de Carnaval:  Rodrigo Delduque
Diretoria de Harmonia:  Fabiana Lopes e Ricardo Rodrigues
Mestre de Bateria:  Mestre Sérgio Candido - "Serginho"
Intérprete:  Carlos Junior - "Carlão"
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  Luan Caliel
Porta-bandeira:  Waleska Gomes
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO
VERSÃO DA ESCOLA
AO VIVO DA AVENIDA

Nova pagina 2
COMPOSITORES: Paulo César Feital/ Marcelo Casa Nossa/ André Diniz/ Rodrigo Minuetto/ Rodolfo Minuetto/ Evandro Bocão/ Carlos Júnior


BRASIL… É FAVELA, É QUILOMBO
É RONCÓ DOS DA SILVAS E BEZERRAS
QUE DESCERAM NESSA TERRA
ENCARNADOS EM UM SÓ
NAQUELE BATUQUEIRO DOS MOCAMBOS
QUE FEZ SAMBA DE MALANDRO
CONTRA A FOME E A OPRESSÃO
CANTAVA CONTRA A JUSTIÇA EXTINTA
UM SAMBISTA DA CORIMBA
ZÉ PILINTRA DA NAÇÃO

VEM NO BATUQUE MANDINGUEIRO
TRAZ A FORÇA DO CONGÁ
FIRMA O PONTO NO TERREIRO
COM A LUZ DE OXALÁ
SUA VERDADE, JESUS
POR UM CAMINHO DE AMOR
AOS PÉS DA SANTA CRUZ SE AJOELHOU


NOS MORROS, DIVERSOS TALENTOS
COMPONDO VERDADE SEM VACILAÇÃO
SAMBISTAS, POETAS, PARTIDEIROS
A SERVIÇO DA CANÇÃO
E O SAMBA É NA LATA
DA NATA QUE FERE O BRASIL
TEM GENTE DE TERNO E GRAVATA
MATANDO MAIS QUE FUZIL
UM MONTE DE DEDOS DE SETA
CANALHAS QUE A PÁTRIA PARIU
ALÔ, MALANDRAGEM
OTÁRIO NÃO ENTRA AQUI
NA TUCURUVI, NA TUCURUVI
SAPECA, IÁIÁ, FAZ O POVO SORRIR
VAI TUCURUVI, VAI TUCURUVI

TEM QUE TER FÉ PRA VIVER NESSE PAÍS
BRASILEIRO NÃO DESISTE, NUNCA VAI DESISTIR
A ESPERANÇA “TÁ” EM CADA UM DE NÓS
A VOZ DO BEZERRA É A NOSSA VOZ.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autores: Dione Leite e Yago Duarte

Se a desigualdade vem de berço, eu sou o retrato disso.

Um dos Da Silva brasileiro, um Bezerra do povo, do gueto, do morro, da rua, do mocambo de resistência da favela onde a cor do crioulo é marca de averiguação.

Sou da quebrada onde se aprende desde moleque a ser malandro pra não passar fome. Aquele que, como você, que já partiu em busca de vida, mas na bagagem nunca esqueceu de levar o legado herdado pela sua origem e persistência de seus antepassados.

Pra quem acha que vida de malandro é bala, pega a visão que eu vou te contar…

Tem que ter moral pra segurar a marimba e dar voz pra quem o “zé povinho” só condena, pois é no alto da colina que mora o povo de bem.

Me tornei o porta-voz do povo trabalhador e pobre, que só teve aberta a porta de serviço ou a da lotação que estava sempre cheia, mas que mesmo assim é esperto e tira onda… A verdadeira malandragem de viver. Sou malandro, sou sambista do morro, sou partideiro alto!

Cantei a realidade de um povo faminto e marginalizado que pra sobreviver tem que ter fé. Senti na pele o desespero de não ter saída. Tive a rua e o céu como barraco, mas quem nos protege não dorme. Tive meus protetores e eles garantiram minha paz.

A gente do povo resiste para existir, com o desafio de viver sem nunca esmorecer.

A arma de quem vive no morro e não tem voz é dizer cantando o que ele queria dizer falando. Foi por isso que nunca me calei. Cansei de ver o povo se esquivar da acusação sem defesa.

Nunca foi de interesse “deles” escutar o que havia a ser falado pois éramos considerados “bandidos, porque éramos favelados”.

É preciso exaltar as “vítimas da sociedade”, esquecidas pelos interesses dos ladrões legalizados. Somos cobras criadas!

Não dá pra acreditar em caô de que vão fazer algo para as nossas vidas melhorar. Isso daqui tá uma baderna e não é de hoje. Quem sabe assim o malandro acorde e troque de lugar com quem está no comando. Então a gente tira onda e ironiza mesmo.

Se for pra ser tenor, que sejam os malandros brasileiros. Não dá pra aceitar o preconceito com os talentos do morro.

Somos o produto dele e tem que respeitar, mané!

Eu conheço o Brasil é na prática, não na literatura. Já fui do Acre a Porto Alegre pra ver de perto “onde a coruja dorme”.

Entendi a malandragem, o jeitinho brasileiro e a criatividade do nosso povo, que consegue debochar da sua dificuldade, das tretas da família e fazer piada da própria desgraça. E faz isso com seu jogo de cintura pra sobressair a todas as situações ainda com um sorriso no rosto.

Tem que ter muita disposição! É isso que nos faz mais fortes.

Hoje volto a subir o morro pra exaltar o povo do Carnaval, que também luta todos os dias contra o elitismo e tem sua arte como resposta.

Salve a malandragem do povo Acadêmico que faz um samba maneiro no Tucuruvi, quilombo de resistência. Em todo sambista tem um pouco de José Bezerra. Em todo Da Silva está a vivência do povo. Eu sou Bezerra da Silva, o porta-voz de todos vocês!

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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