
Nossa intenção é transpor conceitos, levando o designo da chama ao coração de todos, despertar o melhor entre os sentimentos: é chegado a hora de acender a fé, os candeeiros, agradecer e abençoar. Bem-vindo ao nosso lúdico sonho!
Do meu Amém, ao meu Axé, vamos renascer com muita fé.
A história do candeeiro remota muito antes de Cristo, provavelmente vem desde a descoberta do fogo, estudos recentes dos povos, diz que a produção do fogo pelo homo erectus, o ancestral imediato do homem moderno só aconteceu no período neolítico, cerca de 7 mil anos AC, o homo erectus descobriu uma forma de produzir as primeiras faíscas, através do atrito de pedras ou pedaços de madeira, desde então a chama do fogo tem sido considerado um dos símbolos mais importante das tradições espirituais, religiões e do esoterismo. Elevado ao status de divindade por muitos povos, a chama do fogo representa as transformações da natureza em sua criação e destruição.
Com o passar dos milênios e o avanço das civilizações, a fogueira foi figurada pela tocha e tão logo o candeeiro, mas a luz que vem da chama é o símbolo principal por isso seu fascínio permanece; o nosso candeeiro é fruto do fogo, através dele nos desperta a fé...
No velho testamento a chama do fogo é apresentado como sendo a própria essência original de toda à vida: Javé se apresentou a Moises como uma sarça ardente. Quando Moises perguntou quem era ele, Javé respondeu "Eu sou o que sou", associando a chama do fogo como essência primeira, o ser que é o ser, sem acréscimo, sem adjetivos, apenas o ser que é. Os cristãos devem iluminar o ambiente em que vivem e trabalham; segundo o catolicismo o candeeiro representa: Espírito de conhecimento, espírito de fortaleza, espírito de sabedoria, espírito de inteligência, espírito de temor e o próprio espírito do Senhor! (Aos seus pés cristãos acendem seus candeeiros e louvam ao Senhor).
O místico sobre o candeeiro se faz presente em várias religiões, é muito diversificado e caracteriza-se pelo sincretismo, nossa liberdade de religião nos permite viver um estado laico; "sou aquele que acende a luz nos sete candeeiros para iluminar e revelar a imagem verdadeira da vida". Esta frase é uma explicação que Deus acende a luz, ou seja, ilumina os candeeiros, cada um destes candeeiros equivale no sincretismo da sua religião, seja: cristianismo, budismo, espiritismo, judaísmo, maçons, hinduísmo, afro-brasileira...
Todos os tipos de fé, de certa maneira, cultuam a chama de um candeeiro, seja em forma sarça, castiçal ou velas, no contexto religioso, a fé é uma virtude daqueles que aceitam como verdade absoluta os princípios difundidos por sua religião.
E como diz o enredo: "Do meu amém ao seu axé" finalizaremos com breve relato da religião afro-brasileira!
Aqui no Brasil, os antigos africanos passaram a chamar o candeeiro de Àtùpà; essas lamparinas eram a base de óleo vegetal, que foram substituídas pelas velas de parafina, o Iná (chama) passou a ser usado para clarear os llé Irúnmolè - Òrisà (casa ou templo da divindade), os Yorubás também usavam os pequenos potes de barro chamados de àfowókó (candeeiro- lampião); o fato é que Iná (chama) da vela é um ebó (oferenda) que cria através da luz um elo espiritual com Mimó (sagrado), simbolizando a grande força e presença do Orisà.
Abei Àmí Kam igbàgdò! (vela, um símbolo da fé).
A chama do candeeiro simboliza o renascimento e a renovação, consequentemente o meio de comunicação com os espíritos.
Essa chama nos guiara no caminho da vitória carregada na fé!
AMÉM OU AXÉ
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