::.. CARNAVAL 2022 - G.R.C.E.S. UNIDOS DE GUAIANASES................................
FICHA TÉCNICA
Data:  20/04/2022
Ordem de entrada:  4
Enredo:  Carolina Foi a Referência... Hoje a Resistência Somos Nós
Carnavalesco:  Lynno Brandão
Grupo:  2
Classificação:  7º
Pontuação Total:  237,1
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Willian Gelmeti
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  não consta
Intérprete:  não consta
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  não consta
Porta-bandeira:  não consta
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

Nova pagina 2
COMPOSITORES: ANDRÉ LEMOS/ CELSINHO MODY/ JACOPETTI/ JC CASTILHO


NEGRA ÉS RAÇA
E TUA FORÇA VEM DOS NOSSOS ANCESTRAIS
PRA LUTAR PELOS SEUS IDEAIS
DE SONHOS MAIORES QUE A DOR... ÉS REALEZA
CARREGA ESTAMPADA NA PELE O TOM DA NOBREZA
MULHER, NÃO HÁ MORDAÇA A LHE CALAR, MULHER
NEM O QUARTO DE DESPEJO
ABALOU A SUA FÉ
NEM LÁGRIMAS NO CÉU DO CANINDÉ

SALVE ELA, SALVE ELA
SALVE A VEDETE DA FAVELA
E RESPEITE SENHOR! QUEM NÃO VIU? Ô
NEGRA É A COR DO BRASIL


LHE SERVIRAM PEDAÇOS DE FOME, APENAS MIGALHAS
E SEM SOBRENOME, NEM DIGNIDADE
AINDA QUE TARDE A DOCE ESPERANÇA, OUVIDA HÁ DE SER
POR ESSA GENTE SOFRIDA, SERVIL
LIBERTE EM CADA PALAVRA O BRASIL
CABE AO POVO ERGUER UM NOVO PAÍS
PRA CANTAR, SAMBA E SER FELIZ

ESSA GENTE TE AMA, CAROLINA
GUAIANASES ACLAMA, Ê MARIA
VEM LÁ DO CÉU A INSPIRAÇÃO QUE NOS CONDUZ
OH GUERREIRA DE JESUS.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor: Não Informado

O GRCES Unidos de Guaianases, no carnaval de 2022 homenageará Carolina Maria de Jesus (1914-1977) uma escritora que teve reconhecimento notório ao ter editado seu livro "Quarto de Despejo: Diário de uma avelada" publicado em 1960. Essa mulher, negra, pobre, mãe solteira, semianalfabeta é hoje considerada uma das maiores escritoras brasileiras, com notório reconhecimento mundial. Carolina Mari de Jesus, além de ser uma referência na literatura como já sabemos, representa uma voz à frente da luta por uma sociedade mais justa, igualitária e humana. Desde sempre lutou pelo direito à educação, à condição digna da mulher na sociedade.
 
Carolina Maria de Jesus sempre buscou na educação a mudança, sabedora de que somente pela educação podemos transformar a realidade em que vivemos. A educação digna e democrática leva a luta por igualdade de direitos numa sociedade que segrega e separa as pessoas e ainda vivemos como se a sociedade se dividisse em Casas Grandes e Senzalas, basta ver a dura realidade das comunidades periféricas em nosso país, numa analogia podemos dizer Casa Grande e Favela.
 
Dessa forma, com orgulho e garra, o GRCES Unidos de Guaianases apresenta a vida dessa mulher como representante de uma sociedade excluída pelas diferenças econômicas e sociais, queremos mostrar na passarela que somos seres humanos e que temos direitos à igualdade e que a educação leva a isso.
 
O GRCES Unidos de Guaianases quer mostrar que esse Brasil racista, esfomeado e sombrio é realidade latente em nossa sociedade e escolheu como exemplo de ser humano representando esse Brasil, Carolina Maria de Jesus, negra, pobre, favelada que alçou a fama e ao ostracismo retornou por não ser o estereótipo de ser humano que o brasileiro médio aceita em sua vida.
 
Queremos mostrar a sagacidade do povo negro na presença de Carolina Maria de Jesus, mostrar a força da mulher vitimada, discriminada por seu gênero, por ser mulher na representação singular de Carolina Maria de Jesus.
 
O GRECS Unidos de Guaianases vem se juntar à minoria e como parte de comunidade periférica mostrar que a força desse povo excluído é à força motriz do nosso país. Somos nós, moradores da periferia que fazemos o Brasil crescer, com nosso trabalho suado e desconsiderado.
 
Queremos mostrar o poder, o conhecimento, a inteligência e a sabedoria popular e teremos a vida de Carolina Maria de Jesus, essa mulher ímpar que tanto contribuiu para a literatura brasileira como base para nosso objetivo.
 
E por isso levaremos nosso canto forte para a avenida: "Carolina De Jesus Foi A Referência, Hoje A Resistência Somos Nós".
 
CAROLINA MARIA DE JESUS, UMA BREVE BIOGRAFIA CONTADA POR ELA MESMA
 
Vinte e seis anos após a Abolição da Escravatura, eu nasci na cidade de Sacramento, em Minas Gerais. Sou neta de escravizados e filha de lavadeira, frequentei a escola por apenas dois anos, e foi lá onde peguei o gosto pela leitura e escrita. Cheguei a São Paulo quando a cidade estava em processo de modernização e vi as primeiras favelas aparecendo. Construí o meu barraco e, em 1947, me alojei na favela do Canindé. Lá, trabalhei como catadora de papel para sustentar a mim e a meus três filhos que criava sozinha.
 
"Já estava cansada de viver às margens da vida."
 
Fiquei mundialmente conhecida com o meu livro "Quarto de Despejo - Diário de uma Favelada".
 
O best-seller, publicado em 1960, relata minhas vivências na favela e sobre como sobrevivi à fome. Nele, descrevo a dor, o sofrimento e as angústias dos favelados de forma única, retratando a realidade assim como ela é, o que até hoje segue sendo um relato atual da condição de vida das favelas brasileiras. Após o lançamento, seguiram-se três edições, com um total de 100 mil exemplares vendidos, tradução para 13 idiomas e vendas em mais de 40 países.
 
Sabemos que a história dos negros e das mulheres sofre tentativas de apagamento diante de uma sociedade racista e machista. E eu, também fui vítima desse processo de invisibilidade, de forma dupla, por ser mulher e negra.
 
Apesar de silenciada, depois do estrondoso sucesso, me mantenho como uma importante representante da literatura brasileira, e minhas escritas são como ferramenta de denúncia, protesto e desabafo.
 
Mesmo diante das adversidades da vida, eu nunca parei de escrever e de dizer minhas obras se tornaram a impressão da voz daqueles que por muito tempo foram invisibilizados, como por exemplo os negros, as mulheres e os favelados. Hoje, uma nova geração mantém vivo o meu legado, na luta pelo direito à educação, literatura e melhores condições.
 
Minha vivência se perpetuou através do tempo para que nunca se esqueçam de que fui uma mulher negra resistente e representante da cultura brasileira, dentro e fora do nosso país.
 
Sou nome de ruas, sou citada em documentários, livros, peças de teatro, grafites, poemas... ah, são tantas homenagens...
 
O que poucos sabem, é que eu fui muito além do Quarto de Despejo: publiquei ainda em vida mais três livros e deixei guardadas mais de cinco mil páginas manuscritas, totalizando 58 cadernos que contém sete romances, mais de sessenta textos com características de crónicas, fábulas, autobiografia e contos, além de mais de cem poemas, quatro peças de teatro, doze marchinhas de Carnaval e, em 1961, cheguei a gravar um disco com canções compostas por mim mesma.
 
No desfile da Unidos de Guaianases, eu serei a grande homenageada!
 
Lutei para conquistar dignidade e me construir como alguém que resiste à desumanização e vamos à avenida cantar essa história de luta.
 
Prazer, sou Carolina Maria de Jesus!
 
Biografia - Carolina Maria de Jesus - da favela à Fama
 
Carolina Maria de Jesus (1914-1977) foi uma escritora que teve reconhecimento notório ao ter editado seu livro "Quarto de Despejo: Diário de uma avelada" publicado em 1960.
 
Carolina de Jesus foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil e é considerada uma das mais importantes escritoras do país. A autora viveu boa parte de sua vida na favela do Canindé, na zona norte de São Paulo, sustentando a si mesma e seus três filhos como catadora de papéis. Em 1958, tem seu diário publicado sob o nome Quarto de Despejo, com auxílio do jornalista Audálio Dantas. O livro fez um enorme sucesso e chegou a ser traduzido para catorze línguas.
 
Carolina Maria de Jesus era também compositora e poetisa. Sua obra permanece objeto de diversos estudos, tanto no Brasil quanto no exterior.
 
Carolina Maria de Jesus nasceu em Sacramento, no interior de Minas Gerais, no dia 14 de março de 1914. Neta de escravos e filha de uma lavadeira analfabeta, Carolina cresceu em uma família com mais sete irmãos.
 
Era filha ilegítima de um homem casado e foi maltratada durante toda sua infância. Aos sete anos, sua mãe a levou a frequentar a escola, depois que a esposa de um rico fazendeiro, freguesa de sua mãe, Maria Leite Monteiro de Barros decidiu pagar seus estudos. Com sete anos, ingressou no colégio Alan Kardec, onde cursou a primeira e a segunda série do ensino fundamental, tendo que sair, pois sua mãe não conseguia manter a si e aos filhos e resolveu se mudar para a roça. Apesar de pouco tempo na escola, Carolina logo desenvolveu o gosto pela leitura e pela escrita.
 
Em 1924, em busca de oportunidades, sua família mudou-se para Lageado, onde trabalharam como lavradores em uma fazenda. Em 1927, retornaram para Sacramento.
 
A mudança para São Paulo
 
Em 1930 a família foi morar em Franca, São Paulo, onde Carolina trabalha como lavradora e, em seguida, como empregada doméstica. Com 23 anos, perde a sua mãe e vai para a capital onde se emprega como faxineira na Santa Casa de Franca e, mais tarde, como empregada doméstica.
 
Em 1937, sua mãe morreu e ela se viu impelida a migrar para a metrópole de São Paulo. Carolina construiu sua própria casa, usando madeira, lata, papelão e qualquer material que pudesse encontrar. Saía todas as noites para coletar papel, a fim de conseguir dinheiro para sustentar a família.
 
Ao mesmo tempo em que trabalhava como catadora, registrava o cotidiano da comunidade onde morava nos cadernos que encontrava no material que recolhia que somavam mais de vinte Um destes cadernos, um diário que havia começado em 1955, deu origem a seu livro mais famoso, Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, publicado em 1980.
 
Em 1947, aos 33 anos, desempregada e grávida, Carolina instalou-se na extinta favela do Canindé, na zona norte de São Paulo- num momento em que surgiam na cidade as primeiras favelas- cujo contingente de moradores estava em torno de cinquenta mil. Ao chegar à cidade, conseguiu emprego na casa do notório cardiologista Euryclides de Jesus Zerbini, médico precursor da cirurgia de coração no Brasil, o que permitia a Carolina ler os livros de sua biblioteca nos dias de folga.
 
Carolina nunca quis se casar para não ter que ser submissa aos homens. Manteve diversos relacionamentos afetivos ao longo da vida, tendo sido pedida em casamento por alguns namorados, mas nunca aceitou. Suas três gravidezes não foram planejadas, e foram frutos de relacionamentos diferentes. Seu primeiro filho, nascido em 1948 era fruto de seu namoro com um marinheiro português, que era muito ciumento e a abandonou grávida, o segundo filho é oriundo de seu relacionamento com um comerciante espanhol, com quem ela terminou o relacionamento por conta das traições dele. Sua terceira filha foi fruto de seu namoro com um empresário brasileiro, cujo término se deu devido às agressões e humilhações que sofria.
 
Seus três filhos nasceram de parto normal, na cidade de São Paulo. As crianças desde cedo se apegaram aos livros por influência da mãe, e todos frequentaram escolas públicas. Carolina registrou e criou seus filhos sozinha. Para sustentá-los, além de escrever e vender livro fazia coleta de materiais recicláveis, realizava faxinas, lavava roupas para fora e dava aulas em casa, de alfabetização. A filha de Carolina, Vera Eunice, tornou-se professora e contou em entrevista que sua mãe aspirava a se tornar cantora e atriz.
 
Em 1958, o repórter do jornal Folha da Noite, Audálio Dantas, foi designado para fazer uma reportagem sobre a favela do Canindé e, por acaso, uma das casas visitadas foi a de Carolina Maria de Jesus Carolina lhe mostrou o seu diário, surpreendendo o repórter. Audálio ficou maravilhado com a história daquela mulher.
 
A publicação de "Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada"
 
No dia 19 de maio de 1958, Audálio publicou parte do texto, que recebeu vários elogios. Em 1959, a revista O Cruzeiro também publica alguns trechos do diário.
 
Somente em 1960 foi finalmente publicado o livro autobiográfico "Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada", com edição de Audálio Dantas.
 
Com uma tiragem de dez mil exemplares, só durante a noite de autógrafos foram vendidos 600 livros. A tiragem esgotou-se em uma semana. Desde sua publicação, a obra vendeu mais de um milhão de exemplares e foi traduzida para catorze línguas, tornando-se um dos livros brasileiros mais conhecidos no exterior. Depois da publicação, Carolina teve de lidar com a raiva e inveja de seus vizinhos, que a acusaram de ter colocado suas vidas no livro sem autorização. A autora relatou que muitos dos moradores da favela chegaram a jogar, nela e em seus três filhos, os conteúdos de seus penicos. Carolina definiu a favela como "tétrica", "recanto dos vencidos" e "depósito dos incultos que não sabem contar nem o dinheiro da esmola." O professor da USP Ricardo Alexina Ferreira caracterizou a escrita de Carolina como "direta, nua e crua, mas, ao mesmo tempo, suave." Após o lançamento, seguiram-se três edições, com um total de cem mil exemplares vendidos, tradução para treze idiomas e publicados em mais de quarenta países.
 
Em 1962, Quarto de Despejo foi publicado nos Estados Unidos pela editora E. P. Dutton.com o título Schild of the Dark. No ano seguinte, como parte da coleção Mentor, a tradução ganhou uma edição de bolso, publicada primeira pela New American Library, depois pela Pinguim USA. Segundo o autor Robert Levine, somente das vendas desta edição, que totalizaram mais de trezentas mil cópias nos EUA, Carolina e sua família deveriam ter recebido, pelo contrato original, mais de cento e cinquenta mil dólares. Contudo, não foi encontrado indício algum de que ela tenha recebido sequer uma pequena parte disto.
 
Depois da publicação de Quarto de Despejo, Carolina mudou-se para Santana, bairro de classe média, na zona norte de São Paulo. Em 1963, publicou, por conta própria, o romance 'Pedaços de Fome e o livro "Provérbios." Posteriormente, em 1969, Carolina acumulou dinheiro suficiente para se mudar de Santana para Parelheiros, uma região árida da Zona Sul de São Paulo, no pé de uma colina. Próxima de casas ricas, local de algumas das habitações mais pobres do subúrbio da cidade, com impostos e preços menores, era lá que Carolina esperava encontrar solitude Parelheiros se caracterizava por fortes contrastes entre ricos e pobres: grandes casarões ao lado de barracos, que, via de regra, surgiam em vales, onde o ar era poluído pelas indústrias da região do Grande ABC. Embora pobre, Parelheiros era o mais próximo que Carolina poderia chegar do interior de sua infância sem deixar São Paulo e suas escolas públicas, para as quais seus filhos iam de ônibus Agora passando boa parte de seu tempo sozinha, lia o jornal e plantava milho e hortaliças, apesar de reclamar que seus esforços de jardinagem rendessem tanto custassem.
 
Carolina foi assediada por numerosas pessoas que nunca havia visto e que lhe pediam dinheiro e bens materiais. Foi generosa com muita gente. Expôs-se muito e, por isso, foi consumida e descartada.
 
O fim do seu sucesso no Brasil confundiu-se com o fim do período populista, antes do golpe militar de 1964. No exterior, seus livros continuaram ser lidos regularmente...
 
Carolina de Jesus morreu aos 62 anos em seu quarto, em Parelheiros, na Zona Sul de São Paulo, no dia 13 de fevereiro de 1977. Foi vítima de uma crise de insuficiência respiratória, devido à asma, doença que carregava desde seu nascimento, e que apesar de realizar tratamento, havia se agravado.
 
Diário de Bitita foi primeiro publicado em francês, a partir de originais entregues pela autora e foi uma edição póstuma (Journal de Bitita, trad. Régine Valbert, A. M. Metailié). Muito do trabalho de linguagem da autora deve ter se perdido nessas idas, vindas e processos editoriais. no Brasil. Em 1982, publicou-se, também postumamente, "Um Brasil para Brasileiros". Em 1996, "Meu Estranho Diário e Antologia Pessoal”.
 
Em 2014, em comemoração ao centenário do nascimento de Carolina Maria de Jesus, as pesquisadoras Raffaella Fernandez e Maria Nilda de Carvalho Motta organizaram a coletânea "Onde Estaes Felicidade", que trouxe textos originais da autora e sete ensaios sobre sua obra.
 
Ainda em 2014, como resultado do Projeto Vida por Escrito Organização, classificação e preparação do inventário do arquivo de Carolina Maria de Jesus, contemplado com o Prémio Funarte de Arte Negra, foi lançado o Portal Biobibliográfico de Carolina Maria de Jesus e, em 2015, foi lançado o livro "Vida por Escrito - Guia do Acervo de Carolina Maria de Jesus", organizado por Sergio Barcellos. O projeto mapeou todo o material da escritora, que passou a ser custodiado por diversas instituições, dentre elas: Biblioteca Nacional, Instituto Moreira Salles, Museu Afro Brasil, Arquivo Público Municipal de Sacramento e Acervo de Escritores Mineiros (UFMG).
 
Em 2018, Raffaella Fernandez e Maria Nilda de Carvalho Motta lançaram "Meu sonho é escrever - Contos inéditos e outros escritos", com narrativas da autora.
 
A pesquisadora Raffaella Fernandez organizou, também, o material inédito deixado por Carolina de Jesus em 58 cadernos que somam 5.000 páginas de textos: são sete romances, sessenta textos curtos e cem poemas, além de quatro peças de teatro e de doze letras para marchas de carnaval.
 
Dos livros escritos acerca da autora, destacam-se Cinderela negra: a saga de Carolina Maria de Jesus (1994), de José Carlos Meihy e Robert Levine, Muito Bem, Carolina: Biografia de Carolina Maria de Jesus (2007), de Eliana Moura de Castro e Marília Novais de Mata Machado; Carolina Maria de Jesus - Uma Escritora Improvável (2009), de Joel Rufino dos Santos; A Vida Escrita de Carolina Maria de Jesus, de Elzira Divina Perpétua; e Carolina: uma biografia (2018) de Tom Farias).
 
Sobre sua Principal Obra
 
Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, o livro que fez de Carolina Maria de Jesus uma expoente no mundo da literatura é um importante meio de denúncia de um Brasil extremamente desigual, esse Brasil que o GRCES Unidos de Guaianases que mostrar na passarela do Samba. O livro foi uma tentativa literária de escapar a condições de vida sem o mínimo necessário para a sobrevivência, retrato lúcido de um país racista, esfomeado e sombrio que não aparecia na grande mídia.
 
Podemos dizer que a grande aceitação de Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada conferiu a Carolina fama e dinheiro, porém após esse período de euforia notamos o abandono à autora. Tudo se passou como se bastasse a aceitação do seu livro. Quanto a ela, melhor ignorá-la, esquecê-la, por ser insubmissa, desenvolta e à vontade demais num mundo que, supostamente, não lhe pertencia; uma sociedade preconceituosa e conservadora demais para sua época.
 
Carolina passou a ser conhecida então como uma brasileira negra, pobre, pouco alfabetizada que, contra todas as determinações sociais, viu-se alçada às luzes da ribalta e, apesar de usada e abusada, saiu-se com grande dignidade.
 
Fontes pesquisadas:

https://www.ebiografia.com/carolina maria de jesus/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Carolina de Jesus
https://anarusche.com/sobre-o-diario-de-bitita/

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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