::.. CARNAVAL 2020 - G.R.E.S. UNIDOS DO VALE ENCANTADO................................
FICHA TÉCNICA
Data:  24/02/2020
Ordem de entrada:  6
Enredo:  A incrível e misteriosa lenda de amor e dor
Carnavalesco:  Eduardo Félix
Grupo:  2
Classificação:  5º
Pontuação Total:  267,6
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Mário Caetano
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  Mestre Willian Kalvin
Intérprete:  não consta
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  Leanndro Novelli
Porta-bandeira:  Tauany Sabino
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

Nova pagina 2
COMPOSITORES: Tiago Melodia/ Felipe Olivieri/ Mestre Clodoaldo/ Wagner do cavaco/ Carlos Dórea/ Claudete Carvalho/ Dinei Sampa/ Café Pq. Bristol


Vem lá da mata virgem
Um canto a ecoar
Índia deste paraíso
fez um guerreiro se apaixonar
Assim a serpente lançou
A fúria, a transformação
E o cacique maior, promete entregar
Naipi sua joia preciosa
Só não contava com a paixão de Tarobá
Naquela noite de luar

Tem festa na aldeia
Feitiçaria, celebração
Enquanto M.Boi adormecia
A fuga foi a solução


Seguindo de canoa a remar...
O silêncio se quebra
E o inimigo desperta
O fundo do rio a rachar
Uma grande explosão a devastar
Precipício, separação, a punição do criador
De qualquer lugar
Um arco íris  posso avistar
No parque do Iguaçu
renovação do amor... nos encantou


Um conto de amor ecoa pelo ar
Meu vale encantado vem apresentar
Uma linda história de amor e dor...

Se eternizou.
 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor: Não Informado

INTRODUÇÃO

Os moradores da cidade de Foz do Iguaçu aprendem desde pequenos, na escola, a famosa lenda de como se formaram as Cataratas do Iguaçu, mas os turistas e viajantes que visitam essa maravilha da natureza não conhecem tal narrativa, linda e encantadora, que faz parte da História da cidade. Uma lenda de amor que transcende a imaginação e fascina quem a conhece, deixando a sensação que estamos vivenciando.

DESENVOLVIMENTO

Há muitos e muitos anos, quando tudo era só floresta e água, uma grandiosa tribo de índios da etnia Caingangues,  moravam nas redondezas da planície de Iguaçu, as tribos se concentravam principalmente nesta região onde hoje está o Parque Nacional de Iguaçu. Eles contemplavam a Fauna e a Flora, viviam em completa harmonia com todos os elementos da natureza, principalmente a terra e a água, de onde subtraiam seus alimentos.  Acreditavam fielmente em TUPÃ, o Deus supremo e criador do mundo.

Tupã tinha um filho cujo nome era M’Boi, uma serpente gigante que habitava as águas dos rios que os cercavam. Ele era o protetor dos Caingangues e seu nome era pouco pronunciado para não atrair sua fúria. Os Caingangues o respeitavam muito e qualquer enchente, falta de peixes, água poluída ou tragédia nos rios, acreditavam ser castigo de M’boi.

Eis que em uma época, começaram a faltar muitos peixes, visto que a água não estava tão límpida, devido os constantes e frenéticos deslocamentos da serpente pelo rio PARANÁ, onde seu poder era mais forte, a mesma estava inquieta, por ver tantas índias belas, banhando-se em suas águas.

Os índios passaram a se preocupar com a alimentação da tribo, que chegara às vezes a passar fome, então decidiram fazer um acordo com o Deus serpente: a cada ano, em cerimônia festiva, uma das índias mais bonitas da aldeia, seria entregue a ele como forma de pagamento e homenagem, e, em contrapartida ele sempre agraciaria a aldeia com peixes e água fresca, perpetuando assim as gerações. M’boi, muito contente, aceitou a oferta.

Ser escolhida para ser o presente do Deus das águas era um orgulho para a índia e uma honra para sua família sacrificá-la.

Igobi, o cacique da maior tribo Caingangue, tinha uma filha bela e agressiva, de nome Naipi, tão linda que muitos comparavam seu estilo e beleza a de uma onça pintada, pouquíssimas vezes ele deixava a cunhantã sair da ocara, sempre buscava água para ela se banhar e beber, nunca deixando a mesma chegar perto do rio.

Já moça, era impossível o cacique prende-la tanto. O pai então ordenou que ela só se banhasse pela manhã, horário que o Deus serpente ainda dormia. Ela se tornará a virgem mais bela e inteligente de toda a tribo, tão linda que a água do Iguaçu parava todas as manhãs, quando nela a jovem se banhava.

Um dia a jovem extrapolou em seu banho matinal e acabou acordando o Deus serpente, que, ao avista-la, apaixonou-se imediatamente.

Coube então, naquele ano, a Naipi, filha de Igobi, ser a oferenda. Começaram  pois os preparativos para a festa de entrega. Estavam todos felizes, inclusive o cacique que  teve de aceitar muito orgulhoso a escolha de M’boi. A aldeia toda fora enfeitada, foi preparado muito “cauim” (bebida típica a base de mandioca e casca de melancia, que, fermentada deixava os índios em estado de transe). Começaram a chegar as outras tribos caingangues, para a festividade. Foi quando Tarobá, avistou Naipi em uma das danças típicas da tribo e se apaixonou por aquela linda índia.

Tarobá era o índio mais forte de todas as tribos Caingangues e sabia que Naipi era a grande prometida ao Deus das águas, mas a paixão era tão forte que ele decidiu deixar todas suas crenças de lado para ir falar com ela, e foi amor à primeira vista. Os dois sabiam que seria um amor proibido, pois se M’boi descobrisse a relação entre os dois, todo o acordo e o respeito aos antepassados seria quebrados,  porém eles, apaixonados, arriscaram tudo, combinaram que na noite anterior ao sacrifício, quando todos já estivessem exaustos pelos folguedos e bebida cauim,  deixariam tudo para trás e fugiriam juntos, numa piroga (canoa indígena) encontrada por Tarobá.

Então decidiram esperar uma hora em que a grande serpente estivesse dormindo no fundo do rio  para pegarem a piroga e fugirem de todos. Chegou a madrugada, M’boi desceu para a parte mais funda do rio adormecendo. Tarobá viu que era a hora certa e chamou Naipi para partirem, então entraram na piroga, e remaram rio adentro, mas os movimentos das remadas de Tarobá eram muito violentos e vigorosos que acabaram acordando o Deus M’boi, que despertou furioso com o incômodo, e subiu até a margem para ver o que estava acontecendo. Ao longe avistou sua bela índia em uma piroga com outro homem indo embora. Tomado pela raiva, a grande serpente se precipitou em direção aos dois, que já estavam quase chegando ao rio Paraná, onde o Deus serpente tinha poder limitado.

M’boi percebeu a intenção de Tarobá em fugir pelo rio Paraná. Com fúria, levantou seu enorme corpo e mergulhou violentamente nas entranhas do rio, contorcendo-se bruscamente, provocando assim uma grande explosão, criando uma gigantesca fenda e um precipício enorme, onde os fugitivos desaparecem e as águas assim formaram as Cataratas do Iguaçu.

O grande Deus Tupã furioso com toda essa briga e traições, decidiu castigar os três protagonistas dessa história, transformando então Naipi em uma grande rocha, do lado direito das cataratas, onde é fustigada eternamente pela força das águas por desobedecer ao combinado com seu filho. Tarobá, por sua vez, foi transformado numa palmeira do lado esquerdo das cataratas e avista o sofrimento de sua amada sem nada poder fazer. M’boi foi aprisionado para sempre dentro da garganta do diabo, vigiando para que o enlace dos enamorados nunca se realize.  Diz a lenda que se avista a rocha e a palmeira andando pelas trilhas do Parque Nacional do Iguaçu e que (curiosamente tem o formado de uma onça pintada quando esta deitada), o som provocado pelas enormes quedas d’águas das cataratas pode ser ouvido a distância e é o sibilo de ódio do deus M”Boi, que não teve seu sacrifício consumado.  Todas as vezes que o arco íris se forma nas Cataratas é o sinal de renovação do amor de Tarobá e Naipi, que continua presente e latente.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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