INTRODUÇÃO
Era uma vez uma escola de samba que sempre sonhou em estar no desfile principal, está localizada em Americanópolis, mas ao tem nada de americano, nem é da Terra do Tão Tão distante. Encontra-se localizado bem próximo do centro de São Paulo e é a maior zona rural da capital Paulistana. É neste clima de campo que iniciaremos nosso desfile, ou melhor... Nosso conto de fadas.
DESENVOLVIMENTO
Viajando em meio a sonhos e memória passearemos pelo reino das encantarias, mostrando que as fadas, elfos, príncipes, princesas e monstros também sabem sambar e compor muito além de uma história de contos infantis.
Preparem suas poções e fiquem atentos, nada de morder maçãs enfeitiçadas ou perder o sapatinho na saída, a viagem não tem hora pra acabar e se passar da meia noite com abóboras iremos sambar. Tomem cuidado com o pé de feijão, é lá de cima que o povo caí pro samba, aqui as mentiras também não são proibidas e mesmo se o nariz crescer os convidaremos a festejar. Se no caminho do desfile encontrarmos lobo, abriremos a cesta e mostraremos que estamos cheios de alegria para que ele também caia na folia, e se ainda assim o mesmo insistir em soprar forte para nos derrubar, o mostraremos que com a alegria dos três porquinhos nós sabemos brincar.
No reino encantado passaremos por lagos de sereias onde veremos que no fundo do mar também existe alegria e carnaval, saindo do mar, encontraremos raposas e uvas, elas nos mostrarão o caminho do céu, dizem que lá existem ovos de ouro que escondem a fórmula para ser campeão.
Pra essa viagem estão todos convidados, de leste a oeste de norte a sul, do mais belo dos belos ao patinho feio, o importante é trilharmos juntos o caminho da passarela e pintarmos em uma aquarela o troféu em forma de doces.
CONCLUSÃO
Toda criança em seu desenvolvimento precisa do lúdico para se tornar alguém sábio e sonhador enquanto adulto, assim também é o carnaval para o folião, e, diga-se eternamente, que todo esse processo de contos, fábulas e estória implanta em todos nós um exímio sonhador. E é lá na infância que aprendemos a sonhar e realizar nossas histórias, é pautado nisso que nosso desfile faz ligação de grandes contos à um desfile de carnaval.
Os anciões da floresta são para o reino da encantaria o que os baluartes do samba representam em nosso cotidiano. A encantaria em si é o próprio desfile que nos leva a viajar em meio a cores, sentimentos e vivências expressas em quarenta e cinco minutos de desfile. A mãe do João e o pé de feijão são tão sagrados e simbólicos quanto nossas baianas que são as mães do samba. A enciclopédia que transcende o imaginário é exatamente um misto de pesquisa dos carnavalescos e conhecimento detido pelos jurados. O Pinóquio nessa viagem representa o desejo de se fantasiar e ser outra pessoa por alguns minutos. Os três porquinhos expressam a diretoria da escola que se mantém firme e forte para colocar a agremiação na avenida. A branca de neve e os sete anões apontam a irmandade e força de vontade dos ateliês em entregarem no prazo as fantasias e alegorias. A pequena sereia e o príncipe é claramente o maior grito do carnaval, onde é expresso que é possível ser feliz mesmo com diferenças. A raposa e as uvas nos remetem ao desdém entre as coirmãs no dia do desfile. A chapeuzinho vermelho, o lobo e a vovozinha denotam as intempéries que enfrentamos no decorrer do conjunto de realização. A Cinderela representa a metamorfose do carnaval, o poder de transformar tudo em belo. O João e Maria retratam a incansável busca pelo título. A galinha dos ovos de ouro explicita levantar a taça de campeã que é o objetivo de todas as agremiações e finalizando o desfile temos o castelo encantado que para nós será o final feliz.
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