
Prefácio: "Falar de Alberto Alves é simples e fácil, assim como o amanhecer de cada dia. É como uma poesia descrita em metáforas"
Alberto Alves, negro, narciso, patrimônio imortal cultural da Vila Matilde, o inconfundível Seo Nenê da Vila Mathilde, inspirado em Paulo da Portela, se apaixonou pelas cores azul e branco que o mesmo chamava de manto e a sua águia. A trajetória de Alberto Alves no samba começou na década de 40, o seu primeiro apelido foi "Nenê do Pandeiro", ainda no lago do peixe reduto do bamba.
Em janeiro de 49 nascia seu grande amor, aquela que faria da zona leste o berço do samba e da negritude, a emocionante, histórica e consagrada Nenê da Vila Mathilde. Sua trajetória foi marcada em defesa, do povo pobre, sofrido e acima de tudo afro. A zona leste até os dias de hoje se orgulha de sua batucada, do samba no pé e de sua alegria contagiante.... Os Mathildenses e toda comunidade da zona leste consagrou o título de: “ZONA LESTE SOMOS NÓS!".
No carnaval entre todos os títulos o momento histórico foi quando o cacique rodou a baiana e fez da Nenê a Campeã de 85, e a vila foi mostra o seu valor no templo do samba carioca, a Marques de Sapucaí. Emoção, lágrimas, choro, uma explosão de alegria como nunca se viu, a Nenê contagiou a todos e emocionou o Brasil, com aquele desfile.
Na Vila Esperança foi percussor das batalhas de confete. Sempre reverenciando sua madrinha "A Portela", fez de seus desfiles uma marca da cadencia de sua batucada e seus sambas antológicos.
A nossa escola traz um desfile simples como seu Nenê era... mas bem original dentro do perfil do nosso enredo!
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