
Parece que o arroz veio da China pra cá
Na china antiga a família imperial, e o próprio imperador, presidiam a cerimônia da semeadura do arroz isto prova a importância que tinha naquele tempo, como até hoje, a cultura do arroz, no então "celeste império”.
Nas águas barrentas e amareladas dos grandes rios chineses, enormes barcos passam diariamente, para levar a população, o arroz necessário às suas refeições, tanto para o pobre como para o rico. razão porque é considerado o alimento principal motivo este que fez com que a tradicional culinária chinesa, espalhasse pelo mundo inteiro, um dos mais saborosos e principais pratos dela, o arroz "shop-suey". entretanto, em sua viagem oriental, o arroz teve sua saborosa fumaça, misturada a mística fumaça dos incensos indianos, o segundo povo a cultivar o arroz e, foi na ilha de bali na Índia, que o mundo viu florescer, uma das maiores plantações de arroz, mas, o arroz também chegaria ao povo das "mil e uma noites os árabes, e, coube a eles, o mérito das primeiras culturas de arroz, razão de uma lenda resumida na seguinte frase: o arroz nasceu de uma lagrima do suor de Maomé. lendas a parte, outra civilização que houve por bem fazer da cultura do arroz um dos pratos principais é o famoso país do "sol nascente o Japão, que através de sua culinária criativa, espalhou pelo mundo os famosos sushis e sashimis tão apreciados pelos brasileiros. todavia, tendo chegado ao ocidente, o brasil não demorou em fazer parte do cultivo desse verdadeiro tesouro dos pântanos, conhecido então, pelos índios da Amazônia e do pantanal sob o nome de “abatiapê”, ou seja, milho d’água, sendo assim cultivado as margens do rio amazonas e dos rios do pantanal. mas como conta Câmara Cascudo, “sozinho ele não fartava ninguém". entretanto, pela que conta a história, o feijão já era cultivado pelos Índios americanos a aproximadamente sete mil anos, e vindo consequentemente logo após pelos mexicanos e pelos peruanos. a preocupação de câmara cascudo na frase sozinho (ele o arroz) não fartava ninguém", cairia por terra, pois o feijão havia chegado. estava, portanto, no brasil, criada "a mistura brasileira", o feijão com arroz celebrava uma poderosa parceria. parceria essa, que com o tempo, descobriu-se que havia uma "química" poderosa de nutrientes nessa união. e, como em qualquer casamento, os parceiros se complementam. no caso o que demorou foi para serem apresentados. todavia de olho na fome, falou mais alto, a criativa necessidade do povo brasileiro, eis que surge então para complementar a mistura brasileira, aquele que na linguagem popular: é pau pra toda obra. para os íntimos o popular "zoião". o não menos famoso ovo frito. estava assim completa a mistura brasileira, desta forma, vieram esses saborosos pratos, a fazer parte não só da mesa dos brasileiros, mas também, de suas simpatias e de seu folclore. assim é que temos no contexto da religiosidade afro-brasileira, o arroz de haussa que é uma oferenda ao orixá oxalá. temos também, o Omolocum feito com feijão fradinho que é uma oferenda feita ao orixá oxum. nas simpatias não pode faltar o tradicional banho de arroz dos noivos simbolizando prosperidade e fertilidade. todavia não podemos esquecer jamais em nosso folclore das tão simpáticas e apetitosas festas juninas onde podemos anualmente além de festejar saborearmos o delicioso arroz doce.
É, portanto, neste exato momento em que homenageamos a mistura brasileira em todos os seus méritos, que queremos deixar patente que só através da música, das letras, e das artes em geral, se processa uma modificação no comportamento humano, por isso, por mais humilde que for uma iniciativa cultural, deve sempre merecer o apoio de todos. razão porque, a escola de samba imperatriz da pauliceia em seu desfile vem cantar em alto e bom som: o feijão o arroz e o zoião, a mistura brasileira especial, é a imperatriz, sacudindo o carnaval.
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