Saudade de uma África distante
O navio negreiro a navegar
O negro sudânes e o negro bantú
Misturando o seu pranto
Com as águas deste mar
Uma nova era então brilhou
E quando aqui chegou
viu traçada sua sina
Tijuco terra das minas de ouro
Esse tesouro que hoje é Diamantina
Ai senhê, ai senhê, Du Imbandá
Fura buraquim senhê
Feitiços, crendices o boi Gerôa
A dança de Cangerê
Vissungo vinha em forma de lamento
Seu canto lento ainda ecoa pelo ar
Na chibata a dor do açoite
Guerreiros seguem firme a labutar
Pedras preciosas incrustadas pelo chão
Arco-iris cores, lindas cores, fascinação
Do sofrimento um sorriso de felicidade
A tão sonhada liberdade
O MEU QUILOMBO ESTÁ EM FESTA
SOU ACADÊMICOS DO IPIRANGA EU SOU
A RAÇA E A CULTURA DE UM POVO FELIZ
SOU NEGRO EU SOU RAIZ.
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