Sinopse

A União da Vila Albertina, traz para este Carnaval parte da história de São Luís do Maranhão.

A partir da construção de um forte, denominado Saint-Louis ("São Luís"), pelos franceses, em homenagem ao rei Luís IX, patrono da França, e ao rei francês da época, Luís XIII, nasce uma cidade. Alguns anos após era invadida pelos Holandeses, que devastaram a cidade e tomaram seu açúcar; posteriormente, foi ocupada pelos portugueses que trouxeram, entre tantos elementos de sua cultura, os azulejos coloniais pintados a mão.
 
UPAON-AÇU (nome dado pelos índios à ilha de São Luís),  solo sagrado, terra de encantarias, onde vivem guerreiros em plena mata, nos cumes de montes nos vastos horizontes, onde canta o Sabiá.

São combatentes bravos, que não se fizeram escravos ao estalar do açoite dos que os vieram dominar. Três coroas cobiçaram as riquezas dos relatos do novo mundo. A FRANÇA te fundou, a HOLANDA te invadiu, mas PORTUGAL conseguiu por fim te colonizar.  Mas para isso, o que se criou foi um quadro medonho e triste onde choro, amargura e horror, acumulavam maldade, amordaçando a liberdade. O navio da escravidão, ferida aberta nos mares, vem macular os ares de São Luís do Maranhão. Fatalidade atroz: ontem, belos livres e bravos; agora, míseros escravos. Mas a terra se desdobra, cresce e evolui, se renova a ferro, fogo e escravidão.  De planos divinos, nos píncaros da luz eterna, surgiu nova terra, cultivada pela força da fé.
UPAON_ AÇO ressurge, agora mística no poder do voduns e ao som dos tambores de DAOME, na manifestação dos antigos e na força do candomblé. Ilha do amor e dos mitos da fonte do ribeirão da terrível serpente encantada, da lenda da praia do olho d’água, e da sinhá Ana Jansen que sofre agora, aprisionada em carruagem encantada por antigos escravos seus, furiosos esquecidos filhos de Deus.  Desse misticismo, surge a alegria e o encanto das festas que te enfeitam, como o boi morto e ressuscitado da negra mãe CATIRINA. Celebração divina, teu folclore tem brilho farto, que a tua riqueza conduz, uma cidade cheia de encantos e magias que vale festejar.
De terra distante, o reggae fez longa viagem até sua chegada em São Luís, a Jamaica Brasileira.
SÃO LUÍS, capital do MARANHÃO, vem celebrar nossa folia. Em meio a tanta festa, reluz o eldorado da bauxita. Minério batizado pela coroa que te fundou e que desconheceu essa tua riqueza, hoje é chama acesa para que possas progredir, na luz do céu incomparável, para o futuro que te guarda. Com a imensidão para te consagrar, enfim SÃO LUÍS, pérola sagrada da coroa encantada do glorioso MARANHÃO.

Notas e referências

Invasões francesas em São Luís.
 Invasão Holandesa.
Lenda: Carruagem de Ana Jansen.
Os franceses no Maranhão
Invasão holandesa no Brasil
Instituto de Estudos Superiores do Maranhão
Tambor de Crioula.

Bibliografia

BARROS, Antonio Evaldo Almeida. 2007. O Pantheon Encantado: Culturas e Heranças Étnicas na Formação de Identidade Maranhense (1937-65). Dissertação de Mestrado em Estudos Étnicos e Africanos. Salvador: PÓS-AFRO/CEAO/UFBA
MEIRELLES Jr.   2013    400 anos Luz  
RAYMOND, Jean-Claude (2008).Daniel de la Touche de La Ravardière Fondateur de São Luís do Maranhão au Brésil (em francê)