::.. CARNAVAL 2011 - G.R.C.B. UNIDOS DO PÉ GRANDE................................
FICHA TÉCNICA
Data:  06/03/2011
Ordem de entrada:  6
Enredo:  Tropicália
Carnavalesco:  não consta
Grupo:  BLOCOS - Especial
Classificação:  6º
Pontuação Total:  119,50
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  não consta
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  não consta
Intérprete:  não consta
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  não consta
Porta-bandeira:  não consta
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

Samba Enredo
COMPOSITORES: ROBERTINHO DA TIJUCA/ BAHIA/ EDSON SALIM/ XANDINHO/ TUCA MAIA

 

A SAUDADE SE FAZ PRESENTE

NESTA NOITE DE ESPLENDOR

TÃO DOCE É RELEMBRAR

O MOVIMENTO DA CULTURA POPULAR

QUE ENCANTOU GERAÇÕES

AO SOM DAS MAIS LINDAS CANÇÕES

E REVOLUCIONOU EM BUSCA DA MODERNIDADE

TRAZENDO À POESIA EM NOSSA MUSICALIDADE

 

EMBALOU AS MULTIDÕES

CONQUISTOU OS CORAÇÕES

COM CAETANO E GIL

A TROPICÁLIA SE AFLORA NO BRASIL

 

REPRESSÃO, SUA VOZ SE CALOU COM A DITADURA

SE ETERNIZOU COMO MARCO DA NOSSA CULTURA

IRREVERENTE, DITOU A MODA EM CASA VISUAL

DOMINGO NO PARQUE, EU VOU

CAMINHANDO CONTRA O VENTO

ALEGRIA, ALEGRIA, VAMOS FESTEJAR

COM A TROPICÁLIA NO OLHAR

LEMBRANÇA QUE O TEMPO NÃO APAGARÁ

 

O NOSSO SHOW VAI COMEÇAR

EU SOU PÉ GRANDE E VOU CANTAR

OS GRANDES FESTIVAIS, POETAS IMORTAIS

A TROPICÁLIA NÃO ESQUECEREI JAMAIS.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autores: Comissão de Carnaval

 

Hoje o Bloco Unidos do Pé Grande vem exaltar o Tropicalismo, que foi um movimento de ruptura que sacudiu o ambiente da música popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968. Seus participantes formaram um grande coletivo, cujos destaques foram os cantores-compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil, além das participações da cantora Gal Costa e do cantor-compositor Tom Zé, da banda Mutantes, e do Maestro Rogério Duprat. A cantor Nara Leão e os letristas José Carlos Capinan e Torquato Neto completaram o grupo, que teve também o artístca gráfico, compositor e poeta Rogério Duarte como um de seus principais mentores intelectuais.

Os tropicalistas deram um histórico passo à frente no meio musical brasileiro. A música brasileira pós Bossa Nova e a definição da "qualidade musical" no País estavam cada vez mais dominadas pelas posições tradicionais ou nacionalistas de movimentos ligados à esquerda. Contra essas tendências, o grupo baiano e seus colaboradores procuram universalizar a linguagem da MPB, incorporando elementos da cultura jovem mundial, como o rock, a psicodélica e a guitarra elétrica.

Ao mesmo tempo, sintonizaram a eletricidade com as informações da vanguarda erudita por meio dos inovadores arranjos de maestros como Rogério Duprat, Júlio Medaglia e Damiano Cozzela. Ao unir o popular, o pop e o experimentalismo estético, as idéias tropicalistas acabaram impulsionando a modernização não só da música, mas da própria cultura nacional.

Seguindo a melhor das tradições dos grandes compositores da Bossa Nova e incorporando novas informações e referâncias de seu tempo, o Tropicalismo renovou radicalmente a letra de música. Letristas e poetas, Torquato Neto e Capinan compuseram com Gilberto Gil e Caetano Veloso trabalhos cuja complexidade e qualidade foram marcantes para diferentes gerações. Os diálogos com obras literárias como as de Oswald de Andrade ou dos poetas concretistas elevaram algumas composições tropicalistas ao status de poesia. Suas canções compunham um quadro crítico e complexo do País - uma conjunção do Brasil arcaíco e suas tradições, do Brasil moderno e sua cultura de massa e até de um Brasil futurista, com astronautas e discos voadores. Elas sofisticaram o repertório de nossa música popular, instaurando em discos comerciais procedimentos e questões até então associados apenas ao campo das vanguardas conceituais.

Sincrético e inovador, aberto e incorporador, o Tropicalismo misturou rock mais bossa nova, mais samba, mais rumba, mais bolero, mais baião. Sua atuação quebrou as rígidas bareiras que permaneceriam no País. Pop x Folclore. Alta cultura x cultura de massas. Tradição x Vanguarda. Essa ruptura estratégica aprofundou o contato com formas populares ao mesmo tempo em que assumiu atitudes experimentais para a época.

Discos antológicos foram produzidos, como a obra coletiva Tropicália ou Panis et Circensis e os primeiros discos de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Enquanto Caetano entra em estúdio ao lado dos maestros Júlio Medaglia e Damiano Cozzela, Gil grava seu disco com os arranjos de Rogério Duprat e da banda Os Mutantes. Nesses discos, se registrariam vários clássicos, como as canções-manifesto "Tropicália" (Caetano) e "Geléia Geral" (Gil e Torquato). A televisão foi outro meio fundamental de atuação do grupo - principalmente os festivais de música popular da época. A eclosão do movimento deu-se com as ruidosas apresentações, em arranjos eletrificados, da marcha "Alegria, Alegria", de Caetano, e da cantiga de capoeira "Domingo no Parque", de Gilberto Gil, no III Festival de MPB da TV Record, em 1967.

Irreverente, a Tropicália transformou os critérios de gosto vigentes, não só quanto à música e à política, mas também à moral e ao comportamento, ao corpo, ao sexo e ao vestuário. A contracultura hippie foi assimilada, com a adoção da moda dos cabelos longos encaracolados e das roupas escandalosamente coloridas.

O movimento, libertário por excelência, durou pouco mais de um ano e acabou reprimido pelo governo militar. Seu fim começou com a prisão de Gil e Caetano, em dezembro de 1968. A cultura do país, porém, já estava marcada para sempre pela descoberta da modernidade e dos trópicos.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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