::.. CARNAVAL 1995 - G.R.C.E.S. ZUM ZUM DE ITAQUERA................................
FICHA TÉCNICA
Data:  26/02/1995
Ordem de entrada:  9
Enredo:  Máscaras - Outra Face da Vida
Carnavalesco:  não consta
Grupo:  Seleção - A
Classificação:  Desclassificada
Pontuação Total:  - - -
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  não consta
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  não consta
Intérprete:  não consta
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  não consta
Porta-bandeira:  não consta
SAMBA-DE-ENREDO

UNIDOS DE VILA MARIA
COMPOSITORES: MAURINHO DA MAZZEI/ JOÃOZINHO CARNAVALESCO

 

VAMOS VIAJAR

NESTA NOITE POPULAR

RETRATANDO EM FANTASIAS

TODA BELEZA DESSA ARTE MILENAR

NO ANTIGO EGITO

ATORES MASCARADOS DE FALCÃO

NA GRÉCIA DRAMAS E COMÉDIAS

EM ROMA CONTINUA A TRADIÇÃO

 

LÁ EM VENEZA

VOU ME MASCARAR

EU CANTO E DANÇO ATÉ O DIA CLAREAR

 

AI, MAS QUE SAUDADES

DOS ANTIGOS CARNAVAIS

O ARLEQUIM, O PIERRÔ E A COLOMBINA

NÃO DÁ PRA ESQUECER JAMAIS

DOS CONFETES E SERPENTINAS

COLORINDO OS SALÕES

A MASCARADA DESFILANDO TÃO FACEIRA

FAZENDO BATER FORTE OS CORAÇÕES

 

QUEM SOU EU

COM ESSA MÁSCARA NO ROSTO

FANTASIANDO A ALEGRIA

EU SOU ZUM ZUM, SOU CARNAVAL, SOU NOSTALGIA.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor: Pedrinho

 

O Teatro Real e próprio nasceu há cerca de 2500 anos, suas origens perdem-se na noite dos tempos; como nos é possível verificar, em certas brincadeiras de crianças, que, geralmente, gostam de improvisar-se atores, o "sendo do teatro", isto é, o desejo de livrar-se de quando em quando nas asas da fantasia e de olvidar, momentaneamente, a rotina diária, para personificar ou assistir a peripécias incomuns, é inato do homem.

Este senso instintivo de recitar e de representar, mediante gestos, palavras e disfarces, de uma realidade que não é comum, induziu os homens primitivos, desde a Idade Paleolítica, a envergar máscaras e travestir-se para recitar rudimentares salmodias danças, e, mais tarde, esboços de diálogos, por ocasiões de determinados acontecimentos assaz importantes para a tribo. Envergando as máscaras, eles achavam e acreditavam estarem travestidos, bem como, ingenuamente, tinham a certeza, que as divindades para as quais as máscaras, os tornavam parecidos tinham entrado em seus corpos. No Antigo Egito, lá pelo terceiro milênio a.C., já existiam, de maneira bem evoluída, representações dessa natureza, as quais, pelo que pudemos saber, eram recitadas nos templos estreitamente ligados à celebração dos mistérios litúrgicos e escritas e ensaiadas por um encarregado especial.

Como exemplo fiel dessa representação temos as máscaras de falcão, figurando a divindade solar Hor, irmão de Osíris. O teatro clássico, de que foi herdeiro nosso teatro de prosa (drama e comédia), nasceu na Grécia, no século V a.C. Tragédias e comédias eram celebradas em honra a Dionísio, deus da fertilidade. Assim, do teatro como rito passou-se ao teatro como passatempo; e tudo quanto era novidade na Roma dos Césares derivava do gosto grego. Dessa forma, nasceu uma literatura teatral de importação. Depois de algumas importações, deu-se início a um teatro que apresentava cenas da vida romana, introduzidas na Urbe, por atores campânios e etruscos: e a "atellana" era uma espécie de farsa com entrecho romanceado (fábula), recitada por atores mascarados, que personificavam tipos fixos (algo parecido com Polinchinelo e Pantalão). Mas, também, fora de Roma, começou florescer em outros países, novos tipos e estilos de espetáculos teatrais.

No Antigo México, grandes espetáculos eram organizados em honra do Deus Quetzacoalt, que eram também comuns entre os Maias e os Astecas. Eram espetáculos grotescos, com jograis, bailarinos e mimos disfarçados com máscaras de animais. Também na China, o teatro durante o período, que na Europa era chamado de Idade Média, alcançou altíssimo, nível, seja pelo argumento dos espetáculos, seja pelo luxo de seu guarda roupa ou qualidade de suas máscaras, cada vez mais representativas. Importado da China, o teatro atingiu no Japão, grande destaque, principalmente o teatro do gênero dramático e trágico, onde os atores usavam máscaras, para melhor expressar seus sentimentos.

Sob o aspecto "expressão artesanal" através de máscaras, temos que ressaltar com real valor as máscaras, usadas em rituais de canto e dança, tanto dos povos africanos, como dos índios brasileiros. Sem sombra de dúvida com potencial artístico, tanto pelo seu lado primitivista, como pelo seu simbolismo regional, traduzindo os mais variados aspectos e expressões de sentimentos da vida humana. Entretanto, embora a arte do teatro atravesse milênios, existe uma forma de expressão através da máscara, que não tem pátria, ela é cidadã do mundo, ela é um raio de luz da esperança que ilumina os picadeiros da vida, ela é a mãe da alegria, ela é sua excelência a máscara do palhaço, filósofo maior da psicologia sem idades. Todavia, as máscaras, tiveram sua expressão maior no carnaval de Veneza, cuja característica principal são as máscaras de criatividade e expressões incomparáveis. O carnaval de Veneza tem antigas origens, ressalta a vitória vienense sobre Ulrich, patriarca de Aquiléia. Tratava-se de uma grande festa popular que culminava numa celebração suntuosa; a quinta feira gorda, quando na presença do Doge, a corporação dos sanguinários (matadores ou toureiros), sacrificavam na praça um touro e doze leitões, representando a origem de Aquiléia e suas regras. O carnaval que em anos recentes retornou a Veneza por força do esquecimento, retornou à sua origem mas, não perdeu o significado de grande festa popular, com seu carisma e irreverência.

Entretanto, não é só o carnaval de Veneza, que mantém viva a tradição de festa popular, repleta de carisma e irreverência. Nosso carnaval das sempre queridas escolas de samba, também mantém viva, a tradição da maior festa popular do mundo, num verdadeiro teatro ambulante, repleto de fascínio, de luzes, cores, que traz guardados através de suas máscaras e de suas lágrimas, os símbolos maiores do carnaval; na mais fiel interpretação dos segredos apaixonantes d'uma alcova; Pierrot, Colombina e Arlequim.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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