O negro no
tempo do cativeiro, o negro humilhado, escravizado, o negro pobre, mas
trabalhador, mesmo assim ele acorda, consegue sonhar e no seu sonho ele
recorda sua liberdade e seus princípios africanos, voa pensamente, vai
lá longe na Mãe África. Lá eu sou livre como um pássaro. Lá eu sou
guerreiro caçador, tenho os meus rios para pescar o meu sustento.
Que
maravilha ver o ouro reluzir na minha terra, extrair tudo que quiser da
natureza, os frutos e o mel.
Agora é hora
de rastejar na minha aldeia africana, com festa e comida, música e dança
do ritual do candomblé e como é lindo ver gente da minha cor dançando e
cantando as peles negras se embalando. E no toque dos atabaques posso
ver lá no infinito as cores lindas de Oxumaré Senhor do arco-íris, que
desponta trazendo em suas cores toda a paz que os meus irmãos negros
sempre desejaram.
É assim num
carnaval de paz e multidões que a nossa G.R.C. Escola de Samba se
transforma em rei africano para mais um ano exaltar o negro glorioso que
a paz do carnaval, sua festa maior, trás a cultura desta raça milenar
que apresenta nesta noite este sonho em forma de arte "O Elo da Paz"...
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