::.. CARNAVAL 1995 - G.R.C.E.S. A IMPERATRIZ................................
FICHA TÉCNICA
Data:  26/02/1995
Ordem de entrada:  7
Enredo:  Um Canto de Três Raças
Carnavalesco:  não consta
Grupo:  Seleção - B
Classificação:  3º
Pontuação Total:  87,0
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  não consta
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  não consta
Intérprete:  não consta
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  não consta
Porta-bandeira:  não consta
SAMBA-DE-ENREDO

UNIDOS DE VILA MARIA
COMPOSITOR: ROYCE DO CAVACO

 

NESSES MARES

DE TANTOS MISTÉRIOS A NAVEGAR

EMPURRADOS PELA FORÇA DA MAGIA

AO LONGE ENTÃO SURGIA

ESSA LINDA TERRA QUE HOJE É NOSSO LAR

ENCANTOU OS OLHOS

DO NAVEGANTE PORTUGUÊS

VEIO A COLONIZAÇÃO

A SEMENTE BRANCA ENTÃO AQUI PLANTOU

 

O ÍNDIO, O DONO DA TERRA

O SEU CANTO FORTE

O SEU GRANDE AMOR À NATUREZA

A LUTA É SUA NOBREZA

 

YARA MÃO D'ÁGUA, JACY, DEUS TUPÃ

NO CÉU GUARACY CLAREIA A MANHÃ

 

UM LAMENTO TRISTE ECOOU

DE FÉ E DOR SE FEZ A ESPERANÇA

NEGRO BATEU TAMBOR LOUVANDO OS ORIXÁS

E HOJE A CULTURA BRASILEIRA

VEIO DA ALIANÇA DAS TRÊS RAÇAS

 

É O MEU PAÍS NO CARNAVAL

SAMBANDO NA IMPERATRIZ

 

Ô DE NORTE A SUL

DE LÁ PARA CÁ

O MEU BRASIL

O MEU CANTAR.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor:

 

Conta a história que o homem teve de arriscar ao desconhecido. Os Vikings foram os primeiros povos de quem se têm notícias que saíram para as conquistas por mares nunca dantes navegados.

Muitos séculos mais tarde outros povos começaram a estudar a Geografia (Geoterra, Grafia - descrição) e através desse estudo a conhecer o formato da terra e então sair em busca de outras civilizações. Temerosos pelos mistérios e com embarcações precárias resolveram enfrentar os monstros dos mares, partindo para suas descobertas.

Um navegante português saiu de sua terra com treze caravelas para comprar cravo, pimenta e outras iguarias nas Índias, mas através de uma corrente marítima se perdeu, vindo justamente a encontrar uma nova região. A princípio pensou-se ter chegado às Índias, porém logo se percebeu estar em um lugar diferente pelo tipo de povo que habitava a região. Quem era ele? De onde veio? Como chegou primeiro ao lugar?

Eles estavam embevecidos, pois chegaram a uma região que pelos seus encantos e belezas naturais tinha uma característica diferente, matas, flores, pássaros. Eles viajaram durante meses por mares bravios e finalmente encontraram uma terra encantada da qual já haviam ouvido falar por outros desbravadores. Tudo era encantamento e mistério para o homem branco, porém o mais importante era conquistar a confiança do povo desconhecido.

Passados esses primeiros contatos, começou a formação da Nação Brasileira, um momento de tristeza e esperança: o branco português para cá veio iniciar a colonização. A população desbravadora era constituída em sua maioria por pobres desenraizados de sua terra e degredados.

Os índios, os donos da terra, com suas crenças e seus mitos, viam sua terra invadida, perdendo sua independência. Buscavam através de suas crenças o refúgio em Guaraci (Sol), Jaci (Lua), Tupã (O Deus Trovão) e seus mitos como a Sereia do Mar (metade mulher, metade peixe), a Yara (que habitava os lagos), a Boitatá (mulher que se transformava em bola de fogo) e a Vitória-Régia (a índia que queria ser uma estrela para brilhar no céu).

Tempos mais tarde começou o intercâmbio de negros da África para o trabalho da terra e esses também trouxeram consigo suas crenças e religião, com toda força e magia. Eles haviam perdido a liberdade e a condição de ser humano, então pediam a seus Deuses (Orixás) para livrá-los dessa tristeza (banzo).

Embora a situação social fosse diferente e houvesse grande diferença entre a situação do branco livre, do índio agregado e do negro escravo, as condições de desenraizamento e de desencontro humano só podiam gerar tristeza para todos. Mas a esperança era o motivo de viver do ser humano de todos os setores que formavam o Brasil. Cada um a seu modo sofria sua tristeza e cultivava a esperança.

O canto é o grito da alma e cada uma dessas raças cantava o seu canto de alegria e dor. A dança é a busca da harmonia com o mundo e a música é a forma de transformar o canto em dança, através dos instrumentos. Transformar o nosso canto em ritmo e o ritmo toma conta de nosso corpo, provocando a dança que nos harmoniza com o movimento universal.

- O português trouxe a viola, o pandeiro e o fado;

- O negro trouxe os atabaques, o adjá, o berimbau, os sorins e outros;

- Os índios tinham o teré, a maracá e a flauta.

Separados por barreira de classe e raça, mas unidos pela tristeza comum, em algum momento as três correntes tinham que se encontrar.

As raças (indígena, branca e negra) cantaram por vários séculos até que se convergiram em um ponto comum, de choque e de fusão.

Desse entrechoque de amor, ódio, tristeza e esperança nasceu um movimento; os cantos se fundindo, forjando-se em um só bloco, um misto de realidade e fantasia e aí nasceu nosso carnaval, onde um uníssono essas raças cantam, em desfiles que, em sua forma moderna e com suas grandes realizadoras que são as Escolas de Samba, dão humilde, porém autêntica mostra de cultura.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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