Filho do orixá de primeira grandesa Oxalá com Nanã uma das duas esposas
que teve e que lhe deu três filhos Omulu, Lolô e Oxumaré (a outra esposa
é Yemanjá a qual lhe deu inúmeros filhos, e quase totalidade dos orixás)
que também tem outros nomes do ramo lingüístico.
Dã,
Dan, Osunmamre, Oxu-mare, Dambalah, Anyi-ewo, Obsen, Sobo aba, Angoro,
Angoro omes, Oxumaré é representado na mitologia Iorubá, como uma cobra
de duas cabeças, e sua funação nessa mui complexa mitologia religiosa, é
justamente a de manter uma força visível e bipolar, isto é, uma força
com dois pólos, que mantém viva a ligação das coisas visíveis,
invisíveis, ativa e inativas, participando tanto das tarefas materiais
como das espirituais, portanto todas as cores, todas as formas de beleza
estão sob o seu domínio; e sincretizado na Bahia com São Bartolomeu, seu
dia na semana é terça-feira, junto com o de sua mãe Nanay e seu dia no
mês é comemorado em 24 de agosto e portanto é um orixá de importância,
porque sem ele os princípios básicos do universo não seriam possíveis.
Em
Mate Escura região da grande Salvador, há um candomblé com seu nome,
considerado o maior centro de seu culto no país, em Pirajá (também
grande Salvador) no dia de ano novo é realizada a matança de Oxumaré
para que as ligações com o Orum (céu) sejam boas no ano próximo.
Diz-se também que Oxumaré é um orixá
com sexo incerto, podendo ser tanto homem como mulher, ou os dois
juntos, trazendo à tona mais uma ambivalência a seu respeito. Como
mestre e senhor das cores, é o Arco-Íris, considerada sua forma visível
e mais freqüente, sendo bem vindo para todos filhos de santo, sejam eles
de Oxumaré ou não, se levando como prevenção uma colher de metal, para
que quando passar por baixo não mude de sexo. Bom, esta é uma pequena
parte do que pode se dizer do Arco-Íris, suas lendas e Oxumaré. Sendo
assim, ao ver um Arco-Íris no céu ou numa cachoeira é só saudar assim
Arrorrobo, pois Oxumaré está presente.
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