INTRODUÇÃO:
No final do século XVII, em uma noite de ritual na nossa exuberante floresta amazônica, índios tupinambás avistam seres misteriosos que se levantam à direita do Rio Amazonas formando grandiosas sombras. Eram animais marinhos que à luz do dia, via-se através da folhas dos coqueirais. Curiosos e destemidos as tribos descobrem um verdadeiro paraíso de fascinação: uma ilha encantada, jóia rara da fauna e da flora a qual deram o nome de Tupinambarana.
Em 1976, descoberta pelo português José Pedro Cordovil, teve vários nomes e finalmente em 1885 foi batizada como Parintins, nome oriundo da tribo Paritintins.
Mas hoje tem festa na aldeia, e a tribo azul e branca traz o fascínio de Parintins, da sagrada ilha dos igarapés e mananciais, da exuberante flora, da fauna encantadora e dos místicos rituais.
Nossa Escola traz para avenida o encanto dessa filha do Amazonas, uma verdadeira rainha das águas. Vem mostrar a beleza do artesanato, das festas folclóricas, dos mitos, das lendas. Enfim um arco-íris de cultura em pleno território brasileiro.
Vamos ser felizes com a festa do boi-bumbá, caprichar na poesia e garantir felicidade, exaltando o povo indígena, povo este que o homem por vezes ignorou, extinguindo várias tribos e suas culturas.
Que ruflem os tambores e na magia das cores nossa tribo vai passar.
Sou TUPINAMBÁ DOM BOSCO... na terra de índio, de gente feliz, de gente risonha... Sou PARINTINS, O SORRISO DO AMAZONAS!
PARTE I – O PARAISO DE FASCINAÇÃO, A RAINHA ENCATANDA DAS AGUAS AMAZONENSES...
Na verdade, um eldorado tupinambá desde a chegada das diversas tribos asiáticas, Parintins se destaca como uma das mais belas ilhas da América do Sul. Temos o lago Macurany onde se levantaram três manáguas contra os invasores, como conta a lenda tupi. O rio Uaicurapá, a praia do Varre-Vento e a Taracuera foram cenários de grandes batalhas indígenas contra os colonizadores.
Chegam portugueses e exploram nosso território. O capitão de Milícias José Pedro Cordovil desembarca nessa terra e depara com um paraíso. Igarapés, arvoredos, flores, lagos, enfim a esplendida beleza natural concedida à Mãe Amazonas, nessa ilha fascinante. Viu os povos que aqui habitam, as peles pintadas, os louvores a Deus Tupã, as cantigas para Yara sereia dos rios e o uso das ervas para cura.
Chega também a missão religiosa de frei José das Chagas, catequizando as tribos, entoando um toque celestial na ilha, que passou a ser chamada de Nossa Senhora do
Carmo de Tupinambarana. O nome da ilha mudou, mas a catedral de Nossa Senhora do Carmo é hoje um ponto turístico da cidade.
A caça e a pesca sempre foram atividades na vida dos parintinenses. Tais como a feitura das belíssimas esculturas de barro, as moringas com desenhos indígenas, bem como, os penachos são atrativos culturais da Ilha. Ainda hoje, quem vai a Parintins, conhece descendentes reais das tribos que ali viveram: herança do Brasil indígena.
PARTE II – O CANTO PARA AS ESTRELAS... O FESTIVAL DO BOI-BUMBÁ....
Da lenda de Pai Francisco e Mãe Catirina originou uma das maiores festas do Brasil. Mãe Catirina grávida deseja comer a língua do boi mais bonito da fazenda. Para satisfazer o seu desejo Pai Francisco manda matar o boi de estimação do padrão. Pai Francisco é descoberto e tenta fugir, mas é preso. Um padre e um médico são chamados e o boi ressuscita. Pai Francisco é perdoado e há uma grande comemoração.
Hoje, são três dias de festa de muito brilho, luxo e criatividade no bumbódromo de Parintins, ou seja, o centro de convenções Amazônico Mendes. São dois bois que disputam: o Garantido com a cor vermelha, considerado o boi do povão e o Caprichoso de cor azul, o boi da elite.
As disputas são a céu aberto num cenário multicor onde se apresentam Cunha Poranga, o Pajé, o amo do boi, a Sinhazinha da fazenda, a rainha do folclore, o Boi, as Toadas, a Vaqueidara, a Porta-Estandarte e as Tribos... todos viram quesitos para a apuração. Há alegorias com trinta metros de altura, e fantasias com penachos exuberantes que encantam os turistas do mundo todo. O estádio comporta trinta e cinco mil pessoas e noventa e cinco por cento das arquibancadas são os bois: metade vermelha e metade azul.
PARTE III – O FASCINIO DAS NOITES PARINTINENSES... OS FESTEJOS CULTURAIS NA ILHA ENCANTADA
Há quem pense que Parintins só acorda para o Boi-Bumbá... se engana! Tem outras festas: a Festa do Jaraqui, o Festival de Verão na praia de Cabury, a Soltura de Quelônios, os ensaios para a Festa do Boi-Bumbá, o Carnailha, o Festival de Pastorinhas, o Festival de Pesca do Peixe Liso e o Baile dos Visitantes. São festejos à luz da lua num habitat de natural que encantam os turistas.
Também há os festejos na Igreja de Nossa Senhora do Carmo de Tupinambarana, padroeira do município, patrimônio histórico.
Feita uma aldeia encantada, Parintins avança para o progresso, sendo alvo dos turistas em temporada de férias.
PARTE IV – PARINTINENSES, FILHOS DA ARTE SE ESPALHAM NO PAIS...LEVANDO O CLOMOUR DO BOI PARA AS PASSARELAS DO SAMBA.
A arte realmente não tem fronteiras... Em meados da década de 80, no Rio de Janeiro algumas escolas de samba já apresentavam esculturas gigantes, com movimentos e efeitos especiais. Cenários artísticos que se enquadraram perfeitamente no quesito alegoria. Nos barracões de escola de samba do Brasil inteiro, principalmente em São Paulo e no Rio de janeiro, a arte dos Parintineses evoluiu a qualidade dos espetáculos com visuais maravilhosos. É gratificante saber que essa mão de obra é brasileira. São escultores, pintores, serralheiros, mecânicos, que pulsam arte, engrandecem a Festa de Momo. E na terra da garoa, ruflam tambores, num espetáculo de cores, a luz da majestosa jaci, a TRIBO AZUL E BRANCA DA DOM BOSCO, que feito o boi-bumbá capricha para garantir um show de encanto de brasilidade na ilha da felicidade: a fascinante Parintins.