::.. CARNAVAL 1996 - G.R.C.S.E.S. ÁGUIA DE OURO................................
FICHA TÉCNICA
Data:  não consta
Ordem de entrada:  0
Enredo:  Paulista, Eu Te Amo
Carnavalesco:  não consta
Grupo:  1
Classificação:  2º
Pontuação Total:  290,5
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  Sidnei Carrioulo Antonio
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  não consta
Intérprete:  Douglinhas Aguiar
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  não consta
Porta-bandeira:  não consta
SAMBA-DE-ENREDO
VERSÃO ESTÚDIO

ÁGUIA DE OURO

COMPOSITORES: PINDAIA/ GRUPO DE GRUPO

 

E RETORNAR NO TEMPO

DA GRANDE MATA DO CAAGUAÇU

CONCEBEU NOSSA AVENIDA

EM SÃO PAULO TÃO QUERIDA

PREDILETA DOS BARÕES

FAZENDEIROS, IMIGRANTES

A INDÚSTRIA E O LUXO

DAS MANSÕES ART NOVEAU

NO TEMPO VIROU DINHEIRO

BREVE PAUSA PRA LANCHAR

TRIANON REDUTO VERDE

NO MASP UM MUSEU A VISITAR

 

TORRE DA GLOBO

SE ASSEMELHA A GRANDE EIFFEL

RELUZINDO É A JOVEM PAN

BOM DUELO LÁ NO CÉU

 

O TRABALHO É DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA

OFFICE-BOY LUTA FELIZ

SOCIEDADE SE DIVERTE

ANO NOVO É SÃO SILVESTRE

NA GAZETA É SHOW QUE VALE BIS

 

VOU COMEMORAR, SAMBAR TE AMAR

LINDA PAULISTA

ÁGUIA DE OURO VEM MOSTRAR

SUA MAGIA

LUXO E COR TÃO POPULAR.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autor:

 

O destino dela não poderia ser diferente, afinal quem nasceu num berço chamado Mata Grande teria de ser a maior. Há mais de cem anos atrás, na região do Caaguaçu, no espigão mais alto da cidade, a Avenida Paulista foi inaugurada. Charretes a cruzaram dividindo o espaço com bondes puxados a burros.

Numa época em que o preço do café subia vertiginosamente e a indústria progredia, os fazendeiros e os imigrantes empresários passaram a disputar os terrenos. A avenida viveu a fase áurea do luxo das mansões que refletiam a arquitetura de várias regiões da Europa. Foram construídos palacetes art nouveau ao lado de renascentistas e florentinos. Muitas das construções tinham um detalhe comum: os torrões.

Uma jovem com mais de cem anos de idade, como se vivesse o reverso do tempo, ela se desfaz do antigo para ganhar novos traços. Chamada apenas Paulista ela nasce sóbria entre bancos, hospitais e escolas. Nas calçadas, office-boys divertem-se pulando dos ônibus sem pagar e estudantes correm, de mochilas e mesadas nos bolsos, para o burburinho do Shopping Paulista.

Os primeiros de seus quarteirões ainda guardam as linhas da arquitetura antiga. Mas passo a passo o futuro vai ganhando espaço. Por fora há edifícios e casas que conservam os traços de décadas passadas, mas por dentro pouco resta do passado.

Mais de mil metros acima do mar reina o símbolo da Avenida e de seus anos modernos a torre da Globo, e para os paulistanos mais sonhadores lembra, de longe, a Eiffel e faz com que se sinta, em noites românticas, nas ruas de Paris. Mas ela já não está só. Ao seu lado, mudando de cores de acordo com a previsão do tempo, brilha a torre da Jovem Pan, disputando espaço no céu da Paulista. Sem contar as antenas das rádios FM, as parabólicas e outras tantas.

Nas calçadas, de dia, o futuro circula com milhares de estudantes que passam pela Avenida. A Paulista é território de bancos, que lá cravaram seus edifícios imponentes e inteligentes.

Ali está a maior concentração de dinheiro por metro quadrado do Brasil. Um exército de executivos e pessoal de serviços trabalham na Paulista.

Pelo menos 50 mil pessoas vão à Avenida Paulista todos os dias à procura de divertimento. Encontram nos diversos cinemas que apresentam sempre as últimas novidades. No Teatro do Sesi, instalado no prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que não cobra ingresso. E no Museu de Arte Moderna (Masp), que recebe 150 visitantes por dia para ver seu acerco e exposições. Sem contar as centenas de pessoas que assistem o Som do Meio-Dia, shows gratuitos promovidos pela Secretaria Municipal de Cultura sob seu vão. Ali, aos domingos, amantes das antiguidades percorrem as dezenas de barracas que vendem, a preço de ouro, verdadeiros tesouros de anos há muito passados.

Em frente ao Masp há um pouco do passado no Trianon, como é conhecido o Parque Tenente Siqueira Campos. Último reduto verde da Paulista, ele ainda guarda em suas árvores e animais, inclusive patos e galinhas, lembranças da época em que na Avenida só haviam casarões, jardins e pomares. Mas o sossego do passado não ultrapassa os limites de suas cercas. Linhas de ônibus passam por ela, parando em 12 pontos. Correm em seu subsolo os trens do metrô, que transportam milhões de pessoas desde sua inauguração em 25 de janeiro.

A Avenida termina num cenário futurista. Uma escultura em arcos de alumínio colorido tirou do anonimato os dois quarteirões finais que se escondiam atrás da esquina da Rua da Consolação. Sob o complexo viário que liga a Zona Oeste com a Paulista, a Prefeitura abriu espaço para os grafiteiros que aproveitam para mostrar suas pinturas que nem de longe lembram a sobriedade e o luxo que já foram as características principais desta Avenida que, de Caminho da Real Grandeza, se transformou num retrato da sociedade paulistana.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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