::.. CARNAVAL 1999 - G.R.C.B. UNIDOS DO PÉ GRANDE................................
FICHA TÉCNICA
Data:  15/02/1999
Ordem de entrada:  6
Enredo:  Ilê Aiyê
Carnavalesco:  não consta
Grupo:  BLOCOS 1 - Norte
Classificação:  5º
Pontuação Total:  116,0
Nº de Componentes:  não consta
Nº de Alegorias :  ,
Nº de Alas :  não consta
Presidente:  não consta
Diretor de Carnaval:  não consta
Diretoria de Harmonia:  não consta
Mestre de Bateria:  não consta
Intérprete:  não consta
Coreógrafo da Comissão de Frente:  não consta
Rainha de Bateria:  não consta
Mestre-Sala:  não consta
Porta-bandeira:  não consta
SAMBA-DE-ENREDO

UNIDOS DE VILA MARIA
COMPOSITORES: PAULINHO IMPRENSA/ ROBERTINHO DA TIJUCA

 

ILÊ AYÊ, ILÊ AYÊ, ILÊ AYÊ

RESISTÊNCIA E ATITUDE

CONSCIÊNCIA E NEGRITUDE

MEU ESPELHO É VOCÊ

 

NASCIDO NO CURUZÚ

LIBERDADE, SALVADOR ÔÔÔÔ

PARA SEMPRE ENALTECER

OS VALORES DO POVO DA COR (NEGRA)

NEGRA BAHIA

DOS MIL ENCANTOS

ABENÇOADA

POR TODOS OS SANTOS

 

TEM FESTA PRA MÃE PRETA

OFERENDA PRA YEMANJÁ (ODOYA)

QUEM TEM FÉ BATE CABEÇA

NO AXÉ DO ORIXÁ

 

DEUSA DE ÉBANO

QUE INSPIRA A POESIA

ÉS A RAINHA DO QUILOMBO

O ORGULHO DO MEU BLOCO NA FOLIA.

 

SINOPSE DO ENREDO
O Grêmio Recreativo
Autora: Tereza Santos

 

Que Bloco é esse

Que eu quero saber

É o mundo negro

Que viemos mostrar a você

O Bloco é o Ile Aiyê, o Bloco mais negro do Brasil, da cidade de São Salvador, Bahia que teve seu nome escolhido obedecendo os preconceitos da religião e da cultura negra de origem Nagô.

Ile = Casa, morada, templo. Aiyê = Nosso mundo ou este nosso mundo. Assim o nome pode ser traduzido para nossa casa, nosso mundo ou nosso templo.

O Bloco Ile Aiyê, como as sociedades secretas Nagôs, como Ogboni, Gueledes, é importante fator de mobilização conta a opressão política cultural.

O primeiro Bloco afro da Bahia nasceu em 1º de novembro de 1974, no Curuzu, Liberdade, Bairro de maior população negra do Brasil.

Seu objetivo maior de preservar, valorizar e expandir a cultura afro-brasileira vem sendo alcançada nestes 24 anos, em que a temática de seus enredos é sempre negra, seja contando a história do continente africano, sua cultura e seus povos, ou contando a história do negro no Brasil, forma de marcar a auto-afirmação, valores e a dignidade do negro.

O Ile Aiyê educa com artes, cultura e principalmente com alegria, através de seu ritmo diferente que toma conta dos sentidos, do corpo. Com seu vestuário que buscou na releitura dos panos da costa, do alagba, permeando a transmissão do passado da ancestralidade africana com a realidade do negro no Brasil hoje, e que resultou em novas formas para os panos batas, torços, turbantes e adereços. E na variedade gestual dos orixás, buscou uma leitura própria da dança e da gestualidade negra e assim revolucionou o carnaval da Bahia, fazendo-o assumir uma cara mais negra, forma de realidade pela cultura que a Bahia é sim grande pedaço da África deste país mestiço.

O Bloco Ile Aiyê não é só Carnaval, o Ilê Aiyê é festa o ano inteiro. Festa de cultura de formação, de educação, buscando preparar o negro de hoje e amanhã para a resistência à ideologia dominante e para isto busca práticas alternativas ao poder vigente, ocupando espaços e lugares imprevistos.

Festa de Iemanjá, Festa da Mãe Preta onde busca incentivar a integração da mulher negra na sociedade por fim a festa maior da negritude baiana a "Noite da Beleza Negra" na terra dos orixás é o momento da escolha da Deusa de Ébano que desfilará no lugar de honra como rainha do Bloco Ilê Aiyê. O Ilê Aiyê descendo do Barro Preto do Curuzu é o Quilombo de hoje, Quilombo de cultura e da afirmação da dignidade do negro.

 

FANTASIAS


No h contedo para este opo.



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