Uma imensa nação se
formou com o objetivo de carregar e defender a cor
azul, sem cálculo de extensão por todo o mundo até o
infinito assim unindo o azul de suas raízes com o
branco do céu.
Acredita-se que na
África existia em um trecho dela com o nome de Kêtu,
tendo como rei um grande e forte guerreiro com a
dijina de Oxóssi, o Rei do Kêtu determinou a cada um
dos seus súditos a missão de ampliar seus domínios,
passando através de seus ensinamentos, o respeito e
amor pelo azul, cor que usava.
Mas o destino fez que
mudassem suas trajetórias, o povo capturado trazido
para um mundo novo, e todos carregavam consigo o
sentimento em azul e ao olhar para o céu invocando
seus deuses se deparavam com o branco assim o
pensamento ficava azul e branco.
Na longa caminhada e
várias paradas iam escapando um negro aqui outro
lá/e formando seus súditos e até mesmo mudando seus
costumes de raiz.
Ex: um dos súditos de
Oxóssi que também manteve o nome Oxóssi acabou se
tornando um grande guerreiro. mas outras terras com
outras doutrinas, este virará um índio e o maior
caçador, da mesma forma que é adorado na Umbanda
como um índio ou caboclo, chamado de Oxóssi o
caçador.
Já no catolicismo
outro dos súditos se apelidou e ficou conhecido como
São Francisco de Assis.
Já os que seguiam
viajem e ancoraram no Brasil, reuniam-se para
batucar e dançar e saudar seu rei maior e pedir
justiça e liberdade.
Era o jeito negro de
manifestar e demonstrar sua insatisfação junto às
imposições dos brancos, sempre buscando a liberdade
(fugindo um ou outro).
Acreditamos que foi
desta forma e por herança que se formaram as escolas
de samba azul e branca com grande amor às suas
cores, o azul do Rei Kêtu Oxóssi e branco do céu.
Dando continuidade ao
sonho de um rei que embora não estejam mais aqui,
mas conseguiu que seu desejo fosse realizado.
Um grande grupo de
pessoas reunidas pela sua cor, o azul.
E são essas as nações
no Brasil, dentro do mundo do samba.
Portela, Beija-flor,
Caprichosos de Pilares, Tradição, Nenê de Vila
Matilde, Águia de Ouro, Acadêmicos do Tucuruvi,
Império de Casa Verde e a nossa nação.
Flor de Liz,
convocando todos para uma grande Kizomba (Festa de
Negros).
"O QUE - ARÔ! Arolê!"
Odé Que Benaó
ORIENTAÇÃO GERAL
Segundo a lenda e a
crença do Candomblé a divindade maior é Oxalá que é
pai de todos os Orixás, os quais tem cada um uma cor
e ferramenta de representação:
Oxóssi Rei do Kêtu:
cor azul celeste, ferramenta o arco e a flecha.
Oxóssi na Umbanda:
caboclo guerreiro (índio) várias cores por ser um
caçador e arco e flecha.
Oxóssi era entidade de
um extinto reino de Iorubá, o Kêtu.
Os escravos de Iorubá
provenientes do Kêtu fizeram sua última parada em
grande número em Salvador (Bahia) e tornaram-se
elementos influentes na formação do Candomblé na
Bahia.
No Brasil é um dos
Orixás, mais cultuados pois a nação mais tocada na
Bahia é o Kêtu.
Nosso enredo quer
mostrar que o fato de algumas escolas adotarem o
azul e branco para o seu pavilhão, está fundamentado
em origens africanas, trazidas pelos negros e
mantidas até hoje.
Através de cantos,
danças, crenças, seja no Candomblé - Umbanda -
Catolicismo ou nas quadras de ensaios das escolas
azul e branco.
Baseado nisso fomos
lembrar e homenagear um grande rei reunindo-se
vários componentes e informações verídicas ou não
para o desenvolvimento do enredo, como fator
principal localizar e agradecer a Oxóssi por nos
conduzir e nos cobrir com seu manto azul e branco.
Axé Odé Que Benaó
Obs: Iremos fazer uma
homenagem a todas as co-irmãs que defendem com muita
garra e amor as raízes azul e branca.