PROPOSTA
O Grêmio Recreativo
Acadêmicos do Samba do Tucuruvi, apresenta em três
tempos (passado, presente e futuro), a saga da
pirataria. Os piratas das grandes navegações
juntam-se a produtos não originais, além da polêmica
clonagem, para mostrar que as trilhas que nos levam
a tesouros, nem sempre são verdadeiras. Vamos usar
elementos históricos aliados a uma sátira dos
costumes brasileiros. Um Carnaval diferente, ousado
e divertido.
E o Gafanhoto Vem Aí
de Novo!!!
HISTÓRICO
O Gafanhoto Verde,
símbolo de nosso escola, vem embalado pelas ondas do
mar para contar uma fantástica história. A pirataria
sempre existiu desde que o homem se aventurou pelos
sete mares, a cobiça e a riqueza despertavam a
necessidade de saque e assim desenvolveu-se esta
obscura atividade.
Século XV, a nau
pirata surgia no horizonte, o terror estampava nos
rostos das vítimas; capitães dos mares que fizeram
páginas da história como Barba Negra, Capitão Kid
(não podemos esquecer a figura do Capitão Gancho,
sucesso no cinema) e uma curiosa capitã: Anne Bonny
conhecida por sua fúria implacável; rompiam a
calmaria. Era o caos. O grito do farejador definia
intuitivamente a sua vítima com os códigos: Mare-ô
("ôtide", que significa uma galera de poucos
armamentos) ou Maré-cheia ("high-tide", quando
tratava-se de uma esquadra fortemente armada). Em
qualquer situação, uma verdadeira batalha estava
prestes a acontecer, o capitão dos mares e sua fiel
tripulação lançavam-se aos seus objetivos. As
armadas espanholas eram as mais cobiçadas, pois
através das águas do Atlântico e do Pacífico,
buscavam grandes tesouros nas Américas,
principalmente prata e ouro dos Incas, Maias e
Astecas. Os espanhóis saqueavam tais civilizações e
ao mesmo tempo eram saqueados por piratas. Ladrão
roubando ladrão...
E o Brasil não ficou
de fora!!!
As águas brasileiras
foram testemunhas do espírito colonizador dos
portugueses e mais tarde de um curioso episódio - a
"Guerra da Lagosta". Em 1963, barcos pesqueiros
franceses extraíam uma riqueza do nosso mar: a
lagosta. Interceptados pelo nosso governo, os
franceses se rebelaram e em poucos dias, os "novos
piratas" (assim eles eram chamados), deixaram nosso
povo alarmado.Passado um mês e a guerra não
aconteceu. Navios franceses retiravam-se
misteriosamente. Ninguém sabe até hoje qual o acordo
estabelecido entre os dois países, a guerra tão
comentada não aconteceu. Pirataria em nosso torrão
nunca foi novidade, as riquezas brasileiras sempre
foram cobiçadas, principalmente nossa fauna e flora.
Mas... e hoje?
É claro, os piratas
continuam, reflexos da mesma cobiça e necessidade de
riquezas, a pirataria atinge na atualidade
proporções astronômicas!
Seis em cada dez
programas de computadores são pirateados, chamamos
este processo de cópia, o mesmo acontece com fitas
de vídeo e k-7, discos e cd's.
- Me engana que eu
gosto!
Diz o freguês ao fumar
um cigarro falsificado. Classifica-se legalmente
como falsificação, marcas famosas colocadas em
produtos de péssima qualidade imitando os originais
- são: uísques, filmadoras, óculos de sol,
brinquedos, notebook's, tênis e muito mais,
anunciados por uma Rádio Pirata, ovelha negra das
AM's e FM's.
O fato de usar
desenhos e marcas parecidas com um produto de
qualidade já reconhecida é chamado de imitação, as
máquinas fotográficas, canetas, relógios e perfumes,
são bons exemplos. E vamos trocar mais gato por
lebre.
Os ancestrais piratas
deixaram uma autêntica herança: a receptação e o
mercado paralelo de jóias e pedras preciosas.
Mercadorias como estas são roubadas, transformadas e
vendidas ilegalmente.
E o amanhã, o que vai
ser?
Cientistas acreditam
que os "Piratas da biotecnologia" agredirão nossa
floresta amazônica para patentearem os recursos
genéticos presentes no dia a dia. Mas impressionante
mesmo é a revolução humana, no seu mais adiantado
estágio: são os clones, incríveis seres que podem
ser idênticos... a nós mesmos! Tudo começou com uma
ovelha escocesa "Dolly" *1997) e agora descobriram
que vegetais e seres humanos podem ser copiados. Se
a coisa é boa é para sempre, faz outra igual e
parece que o homem através das parafernálias de
laboratórios químicos, será o senhor biológico dele
mesmo.
E a Tucuruvi em dose
dupla de alegria, ensina no Carnaval; mostrando
trilhas de tesouros até então nunca penetradas pelo
imaginário humano.