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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.S.E.S. ACADÊMICOS DO TUCURUVI - CARNAVAL 1998
Enredo: Na Trilha do Tesouro, Nem Todo Mar é Azul, Nem Todo Amarelo é Ouro

O Grêmio Recreativo
Autor:

 

PROPOSTA

O Grêmio Recreativo Acadêmicos do Samba do Tucuruvi, apresenta em três tempos (passado, presente e futuro), a saga da pirataria. Os piratas das grandes navegações juntam-se a produtos não originais, além da polêmica clonagem, para mostrar que as trilhas que nos levam a tesouros, nem sempre são verdadeiras. Vamos usar elementos históricos aliados a uma sátira dos costumes brasileiros. Um Carnaval diferente, ousado e divertido.

E o Gafanhoto Vem Aí de Novo!!!

HISTÓRICO

O Gafanhoto Verde, símbolo de nosso escola, vem embalado pelas ondas do mar para contar uma fantástica história. A pirataria sempre existiu desde que o homem se aventurou pelos sete mares, a cobiça e a riqueza despertavam a necessidade de saque e assim desenvolveu-se esta obscura atividade.

Século XV, a nau pirata surgia no horizonte, o terror estampava nos rostos das vítimas; capitães dos mares que fizeram páginas da história como Barba Negra, Capitão Kid (não podemos esquecer a figura do Capitão Gancho, sucesso no cinema) e uma curiosa capitã: Anne Bonny conhecida por sua fúria implacável; rompiam a calmaria. Era o caos. O grito do farejador definia intuitivamente a sua vítima com os códigos: Mare-ô ("ôtide", que significa uma galera de poucos armamentos) ou Maré-cheia ("high-tide", quando tratava-se de uma esquadra fortemente armada). Em qualquer situação, uma verdadeira batalha estava prestes a acontecer, o capitão dos mares e sua fiel tripulação lançavam-se aos seus objetivos. As armadas espanholas eram as mais cobiçadas, pois através das águas do Atlântico e do Pacífico, buscavam grandes tesouros nas Américas, principalmente prata e ouro dos Incas, Maias e Astecas. Os espanhóis saqueavam tais civilizações e ao mesmo tempo eram saqueados por piratas. Ladrão roubando ladrão...

E o Brasil não ficou de fora!!!

As águas brasileiras foram testemunhas do espírito colonizador dos portugueses e mais tarde de um curioso episódio - a "Guerra da Lagosta". Em 1963, barcos pesqueiros franceses extraíam uma riqueza do nosso mar: a lagosta. Interceptados pelo nosso governo, os franceses se rebelaram e em poucos dias, os "novos piratas" (assim eles eram chamados), deixaram nosso povo alarmado.Passado um mês e a guerra não aconteceu. Navios franceses retiravam-se misteriosamente. Ninguém sabe até hoje qual o acordo estabelecido entre os dois países, a guerra tão comentada não aconteceu. Pirataria em nosso torrão nunca foi novidade, as riquezas brasileiras sempre foram cobiçadas, principalmente nossa fauna e flora.

Mas... e hoje?

É claro, os piratas continuam, reflexos da mesma cobiça e necessidade de riquezas, a pirataria atinge na atualidade proporções astronômicas!

Seis em cada dez programas de computadores são pirateados, chamamos este processo de cópia, o mesmo acontece com fitas de vídeo e k-7, discos e cd's.

- Me engana que eu gosto!

Diz o freguês ao fumar um cigarro falsificado. Classifica-se legalmente como falsificação, marcas famosas colocadas em produtos de péssima qualidade imitando os originais - são: uísques, filmadoras, óculos de sol, brinquedos, notebook's, tênis e muito mais, anunciados por uma Rádio Pirata, ovelha negra das AM's e FM's.

O fato de usar desenhos e marcas parecidas com um produto de qualidade já reconhecida é chamado de imitação, as máquinas fotográficas, canetas, relógios e perfumes, são bons exemplos. E vamos trocar mais gato por lebre.

Os ancestrais piratas deixaram uma autêntica herança: a receptação e o mercado paralelo de jóias e pedras preciosas. Mercadorias como estas são roubadas, transformadas e vendidas ilegalmente.

E o amanhã, o que vai ser?

Cientistas acreditam que os "Piratas da biotecnologia" agredirão nossa floresta amazônica para patentearem os recursos genéticos presentes no dia a dia. Mas impressionante mesmo é a revolução humana, no seu mais adiantado estágio: são os clones, incríveis seres que podem ser idênticos... a nós mesmos! Tudo começou com uma ovelha escocesa "Dolly" *1997) e agora descobriram que vegetais e seres humanos podem ser copiados. Se a coisa é boa é para sempre, faz outra igual e parece que o homem através das parafernálias de laboratórios químicos, será o senhor biológico dele mesmo.

E a Tucuruvi em dose dupla de alegria, ensina no Carnaval; mostrando trilhas de tesouros até então nunca penetradas pelo imaginário humano.

 


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