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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.E.C. OS BAMBAS - CARNAVAL 1999
Enredo: Mamonas Assassinas Jamais te Esqueceremos

O Grêmio Recreativo
Autor:

 

Tudo começou quando os irmãos Sérgio (baterista) e Samuel Reoli (baixista) se juntaram ao guitarrista Bento Hinoto, todos pertencentes a classe média de Guarulhos para formar a banda Utopia, um grupo com pretensões de tocar um Rock sério faziam covers de bandas de rock nacional. Certa vez numa festa, o público pediu para que cantassem uma música do Guns and Roses, como nenhum dos integrantes sabia cantar a letra, pediram para que alguém da platéia viesse fazer o vocal, foi então que Dinho (Alecsander Alves) subiu no palco e deu um show a parte. De imediato começou a fazer parte da banda. O último a entrar na banda foi Júlio Rasec (tecladista), cuja irmã namorava um primo de Dinho. Com esta nova formação o Utopia passou a fazer covers dos Titãs, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, e de muitos outros, além de cantarem composições próprias todas sérias.

Entretanto nas horas vagas faziam um trabalho paralelo, compondo músicas hilárias sem nenhuma ambição, um dia entraram num estúdio para gravar uma fita com estas composições cômicas, apenas e tão somente para guardarem de lembrança, esta fita acabou caindo nas mãos do dono de um estúdio (Rick Bonádio, que viria a ser produtor e empresário da banda). Rick então produziu uma fita demo com este novo trabalho, e apresentou-a a João Augusto, produtor de marketing da gravadora EMI-Odeon.

A princípio João Augusto descartou toda e qualquer possibilidade de gravação, mas seu filho Rafael, na época com 16 anos (hoje baterista da banda Baba Cósmica) escutou a fita e adorou. Rafael levou a fita para o colégio onde estudava e em poucos dias ela tornou-se um grande sucesso entre os alunos sendo disputada à unhas e dentes pelos mesmos. Mas graças aos intermináveis pedidos de seu filho, João Augusto acabou contratando a banda, que agora passava-se chamar Mamonas Assassinas.

Em pouco mais de três semanas os Mamonas terminaram de compor seu disco de estréia (até então só havia quatro músicas prontas). Foram precisos apenas nove meses para que aqueles rapazes se transformarem no maior fenômeno da indústria fonográfica brasileira. O primeiro e único disco da banda vendeu mais de dois milhões de cópias.

Praticamente todas as faixas fizeram sucesso: "Robocop Gay", "O Vira", "Pelados em Santos", "Sabão Cra-Cra", "Shopping Centis", "Mundo Animal", entre outras. Em seus shows, os Mamonas apareciam vestidos de personagens infantis da TV, como He-Man, Chapolim Colorado, Robim (Sem o Batman), Robocop Gay, presidiários, coelhinhos, etc. Eles eram maravilhosos, pulavam pelo palco fazendo gestos e caretas, brincadeiras que o público adorava. Suas músicas bem-humoradas, no limite da obscenidade, caíram como uma luva entre os públicos adolescentes e infantil.

O carro do ano de 95 não foi um modelo importado de última linha, mas sim uma humilde Brasília amarela, tornando-a famosa graça a faixa "Pelados em Santos". A letra desta música contém dados autobiográficos de seu autor, o vocalista, Dinho: Chuchuzinho e Pitchulinha eram apelidos que ele dava a sua ex-namorada Mirela. A Brasília amarela era da avó da moça, e Santos era o local onde a família passava as férias de verão. Mas, não era fácil os dois pombinhos se amarem "Pelados em Santos" sob o olhar vigilante e onipresente do pai da menina.

O sucesso dos Mamonas começava a ultrapassar fronteiras. A canção "O Vira" estourou em Portugal, e o grupo marcou uma turnê de shows e entrevistas naquele país. Mas infelizmente, o destino não quis assim. No dia 02 de março de 1996, após um show em Brasília o grupo embarcou num jatinho com destino a São Paulo. Estavam todos ansiosos para regressarem a Guarulhos, sua cidade natal, para descansar um pouco, pois no sábado seguinte embarcariam para Portugal. Por volta das 23:35 hrs daquela noite fatídica, o avião que os transportava chocou-se contra a Serra da Cantareira, Zona Norte de São Paulo. Todos os ocupantes morreram na hora: os cinco Mamonas, um ajudante de palco, um segurança, o piloto e o co-piloto. O velório, que foi realizado na Assembléia Legislativa de Guarulhos, trouxe mais de cem mil pessoas em uma única noite. Uma verdadeira legião de fãs dando adeus aos seus ídolos.

Os Mamonas Assassinas não só revitalizaram a música brasileira, mas principalmente nos mostraram que ainda é possível fazer pessoas de todas as idades se sentiram mais felizes. É por isso que nós do G.R.C.E.S. Os Bambas, queremos agradecer ao s cinco Mamonas - Dinho, Bento, Sérgio, Júlio e Samuel pelo simples fato de terem existido, e prestar esta justa homenagem.

Há coisas inesquecíveis e marcantes em nossas vidas, sem dúvida alguma, o cometa da alegria chamado Mamonas Assassinas é uma delas. Mas o sonho não acabou, jamais te esqueceremos.

 


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