Nasceu em Piranji (BA), em 1912, passou a
influência em Ilhéus ou em lugarejos das vizinhanças, numa região
naquele tempo constantemente agitada pelas disputas entre fazendeiros
que exploravam o Cacau. Essa atmosfera está presente em vários temas e
cenários de seus romances.
Aos 11 anos de idade foi para Salvador,
onde estudou no Colégio Antônio Vieira, dos jesuítas, do qual fugiu em
1926, indo refugiar-se na casa do avô em Itaporanga (SE).
Iniciou-se no jornalismo em 1930, veio
para o Rio de Janeiro, matriculando-se no ano seguinte na Faculdade
Nacional de Direito; ligado a grupos literários tornou-se amigo de
Otávio de Farias, Santiago Dantas e Almir de Andrade e outros. Ainda
nesse ano estreou o romance "O País do Carnaval" que recebeu elogios dos
críticos e escritores da época.
Em 1932 retornou a Ilhéus, entrando de
novo em contato com a realidade humana e social da região cacaueira.
Dessa experiência resultou um novo romance "Cacau", em 1933. Trabalhou a
seguir na Editora José Olympio, visitou a Argentina e o Uruguai em 1935,
viajou por toda a América Latina e conheceu os Estados Unidos em 1937.
Em 1945, foi eleito Deputado Federal pelo
PCB, seção de São Paulo, mas três anos depois teve seu mandato cassado.
Deixou então o país, viajando pela Europa e Ásia; regressou em 1952 e em
1956 fundou o seminário "Para Todos".
SUAS OBRAS
Suor em 1934, Jubiabá 1935, Mar Morto
1936, Capitães de Areia 1937, Terror Sem Fim 1942, São Jorge de Ilhéus
1944, Seara Vermelha 1946, Os Subterrâneos da Liberdade 1954, Gabriela
Cravo e Canela 1958, Os Velhos Marinheiros 1962, Os Pastores da Noite
1964, Dona Flor e Seus Dois Maridos 1966, Tenda dos Milagres 1970.
Também escreveu as biografias: ABC de Castro Alves 1941, O Cavaleiro da
Esperança de Luiz Carlos Prestes, O Amor do Soldado - Peça Teatral,
Bahia de Todos os Santos - Guia Turístico e Literário, A Estrada do Mar
- poema em prosa e O Mundo da Paz - relato de viagem.
Escritor muitas vezes premiado, figura
entre os maiores do regionalismo brasileiro e sua atitude de artista
revela muito para a compreensão não apenas do progresso histórico e
social do Brasil, mas também da própria literatura do país. Traduzido em
trinta e uma línguas e publicado em mais de 40 países, com tiragem às
vezes bem numerosa, é um dos escritores mais divulgados na Europa. Seus
romances e novelas tem sido adaptados frequentemente para o teatro,
cinema, televisão e rádio.
É de sua autoria a letra da canção "É doce
morrer no mar" de Dorival Caymi, é membro da Academia Brasileira de
Letras.
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