Quando eles chegaram encontraram, um povo enfeitado de penas e corpos nus, por pensarem estar chegando as Índias Ocidentais deram o nome de Índios: mas quem eram eles, de onde vieram, por ter chegado primeiro a essas terras seriam os verdadeiros donos da terra?... Então começou a dominação, bugigangas em troca de preciosidades; Essa Pindorama onde esses índios corriam entre ibirapitangas (pau-brasil), onde pássaros exóticos voavam ao vento, começavam a escrever outra história.

Mas para o Índio, não há história, eles foram sendo dizimados aos poucos, sobrando apenas a etnografia.

Eram mais de três milhões de habitantes na época da chegada do europeu, hoje reduzidos a uns duzentos ou trezentos mil, do encantamento inicial dos europeus com os índios que foi acompanhado pela perplexidade das diferenças que existiam entre as duas culturas. As populações indígenas foram representadas assim em diferentes formas, como parte da natureza tropical, como forças braçais necessárias ao aproveitamento das riquezas naturais que haviam nas terras de Pindorama. Apesar disso a herança indígena foi muito importante através dos Tupis-Guaranis, Jê, Aruaque, Cariba, Cariri, Pano, Tucano, Caareva. Preservou-se sobre tudo a mestiçagem com os brancos e negros, mais os hábitos, os conhecimentos, tais como o cultivo da mandioca, milho, algodão, batata e outros vegetais, além dos utensílios com rede, cuias, armadilhas para caça e pesca, técnicas alimentares e também numerosas palavras, designando animais, plantas, lugares e pessoas.

Do mundo colonial ao presente, o Brasil tem discutido, mas mais diferentes interpretações, o passado e o destino de tais populações, a história registra o desaparecimento, e o revigoramento de muitas sociedades indígenas, não há passado é questão viva do presente e que permite perceber a importância das cerca de duzentas comunidades com perspectivas e formações históricas próprias, mais o que existem hoje no país, 500 (quinhentos) anos de apropriação de uma terra que já tinha dono, de Pindorama restou apenas Etnografia.