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::.. SINOPSE DO ENREDO ..::
G.R.C.E.S. FLOR DO MORRO DE VILA ALPINA - CARNAVAL 2004
Enredo: A Noite Paulistana dos Bons Vivãns

O Grêmio Recreativo
Autores: Gás e Didi

 

É com grande prazer e alegria, que nós do G.R.C. Escola de Samba Flor do Morro de Vila Alpina, iremos homenagear neste Carnaval, a nossa magnífica Cidade de São Paulo. Fundada em 25 de janeiro de 1.554, e que completará 450 anos de existência, no próximo dia 25 de janeiro de 2.004.

Abordar todos os temas que envolvem a nossa grandiosa cidade seria um tanto complexo, por isso decidimos por bem, adentrar em um tema específico, ou seja: "A Noite Paulistana dos Bons Vivãns".

Voltando ao passado por volta de 1.930 à 1.950, e posteriormente até os dias de hoje, relembraremos os boêmios e os malandros da terra do trabalho, que não trabalhavam e se vestiam de terno de linho branco e chapéu panamá.

Inspirados na figura de Amleto Gino Meneghetti, um dos mais lendários representantes da nata da malandragem paulistana, e de outro malandro famoso que se chamava Hiroito de Moraes Joanides, que apesar de ter herdado o prenome do Imperador Japonês, era brasileiro, natural do estado do Paraná.

O nosso intuito é abordar a vida noturna na Cidade de São Paulo, onde partindo do tema central, encontraremos inúmeros e variados assuntos para o enriquecimento do mesmo, tais como:

- Malandros e vadios que viviam de sua conduta criminosa;

- Boêmios que não eram necessariamente criminosos, mas que ganhavam suas vidas de forma um tanto imoral;

- O dia a dia vivido pelas damas da noite nos lendários cabarés;

- Enfim tudo aquilo que se envolve além do trabalho noturno, a vida dos "Bons Vivãns" que adoram desfrutar dos prazeres que as noites paulistanas oferecem, através de inúmeros atrativos como: bares, restaurantes, boates, cinemas, teatros, podendo dar seqüência a sua noite em uma das casas noturnas espalhadas pelos bairros da cidade.

As noites paulistanas são as mais famosas do Brasil, as mais variadas e agitadas baladas, ocorrem em nossa cidade entre bares, restaurantes, boates, discotecas, pubs, cafés, choperias, e diversas outras opções de lazer e diversão aos boêmios e notívagos, funcionando durante toda a noite, até o último cliente.

Esse quadro reforça as opiniões de que São Paulo não é só, "terra do trabalho" e "terra dos imigrantes", e sim um cidade que possui um diferencial voltado para a vida noturna.

Adentrar ao tema "A Noite Paulistana dos Bons Vivãns", nos faz relembrar as histórias de lendários representantes da malandragem, e da boêmia da terra do trabalho.

Uma das mais lendárias figuras da malandragem, foi Amleto Gino Meneghetti (1.878 - 1.976), autor de furtos de jóias que provocavam a imaginação dos moradores da cidade, preso pela última vez em 1.970, aos 92 anos.

Outro malandro famoso, Hiroito de Moraes Joanides, que se tornou nos anos 50, o "Rei da Noite" paulistana, como ele próprio se definia. Seu nome esteve associado a prostituição na cidade, preso nos anos 60, teve tempo suficiente para dedicar-se a uma autobiografia.

Casas noturnas denominadas "cabarés" onde trabalhavam as famosas "damas da noite", que ofereciam prazer e diversão a seus assíduos freqüentadores, faziam parte da glamorosa noite paulista. Assim como Hiroito, essas "damas" também tinham uma representante legal, que se definia como: "Rainha dos Cabarés".

Meneghetti e Hiroito podem representar o "malandro paulista", entre certa variedade de tipos de malandros, nenhum deles solitários, mas participante do "universo" da vida boêmia da cidade.

Hiroito diferenciava "malandros e vadios" de uma subespécie, os "boêmios". No grupo dos malandros incluem-se todos os indivíduos de conduta criminosa, tirando seu sustento quer batendo carteiras, assaltando, traficando; os vadios, o corpo assessorial da malandragem, vivem ou freqüentam o submundo que se ferem a letra da lei é apenas leve, nesta categoria incluem-se as prostitutas ou ainda todo aquele que ganha seu sustento de modo imoral, mas não necessariamente criminoso como ainda, o jogador profissional (baralho, sinuca, dados). Já a subespécie "boêmios" que outrora vicejava em meio a prostituição, vai hoje se extinguindo na região do "submundo".

Os bons tempos dos boêmios da São Paulo da Garoa, que entre uma cerveja e um prato de filé com fritas, em meio a muitas histórias contadas à mesa do botequim, o boêmio cantava: "O dia me faz mal, a noite me faz bem, de dia não sou nada, de noite sou alguém" (Adoniran Barbosa).

O glamour de uma boêmia quase poética, nos remetem ao clima dos áureos anos da boa vida noturna, e podem ser resgatados entre outros, no "Bar Astor", "Bar Barão", e "Café Pi-Piu". É só dar um giro por ai e conferir!

Existem em nossa cidade, inúmeros bares e casas noturnas para todos os gostos, espalhadas por bairros como Jardins, Vila Madalena, Vila Olímpia ou Bexiga. Do batuque do pandeiro para a batida eletrônica, basta andar algumas centenas de metros, o agito noturno não é novidade para os "baladeiros", mas a cada par de mês surgem novas opções de entretenimento, que podem deixar o mais animado dos "bons vivãns" por fora dos points da metrópole, conhecida e amada por todos, a nossa querida "Cidade de São Paulo".

Parabéns São Paulo, Pelo Seu Aniversário de 450 Anos...!

 


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