SETOR
I: Origem
do nome, desbravamento, imigração, surgimento do trem e indústrias
A
denominação indígena do nome Tatuapé é “caminho do tatu”. Nome
dado pelos índios Piqueris, que habitavam essa região, onde haviam
muitos tatus.
Brás
Cubas, o grande desbravador do Tatuapé, veio na expedição de Martin
Afonso de Souza, aportando em São Vicente, em 1532. Após 28 anos, ao
passar pela Serra do Mar, espreitando rochas, examinando areia nos
cursos d’água, viu-se perto de um riacho (Ribeirão Tatuapé).
Seguindo o seu curso até a foz, defrontou-se com caudaloso rio que se
chamava Rio Grande (Tietê). Nesse ponto resolveu acampar e formar, na
margem direita do Ribeirão, um rancho onde plantou canas, uvas...
Em
1880, começaram a chegar em São Paulo grandes levas de imigrantes, em
sua maioria portugueses, italianos e espanhóis, trazendo de suas terras
conhecimentos técnicos, que puseram imediatamente em prática.
Arrendando ou comprando terras, as transformavam em chácaras e pomares,
fazendo com que o Tatuapé se tornasse um grande fornecedor de frutas e
hortaliças para outros bairros de São Paulo. Alguns conseguiram terras
nas margens do Rio Tietê e deram início a fabricação de tijolos e
telhas, através das suas rústicas olarias. Outros passaram a extrair
areia do Rio Tietê. É verdadeiro dizer que grande parcela das edificações
de São Paulo foram construídas com produtos das olarias do Tatuapé.
Portanto, as chácaras, pomares, olarias e portos de areia são os
responsáveis pelo incipiente início das atividades econômicas do
bairro.
Vale
ressaltar aqui, alguns nomes dos amantes do nosso bairro, que com suas
histórias de vida trouxeram o nobre reconhecimento e desenvolvimento
para a região: Benedito
Marengo, o patriarca italiano da famosa família Marengo do Tatuapé,
responsável pela grande produção das uvas Marengo, conhecidas
nacionalmente; Regente
Feijó, nascido em São Paulo, seguiu a carreira sacerdotal, foi regente
do Império e Ministro da Justiça. Mais tarde adquiriu o sítio Capão
Grande, mudando o nome para Chácara do Paraíso, na parte alta do
Tatuapé;
Conselheiro
Carrão, nascido em Curitiba, após ocupar vários cargos importantes,
como Deputado Geral, Conselheiro do Império e Presidente da Província
do Pará, e por fim sendo nomeado Presidente da Província de São
Paulo. Quando exercia essa importante função, adquiriu uma gleba de
terra em nosso bairro. Na época, o local ficou conhecido como Chácara
Carrão. Lá desenvolveu excelente vinhedo para a produção de vinho;
Anália
Franco, a grande dama da educação brasileira, professora, escritora e
revolucionária feminista, defendia a independência da mulher. Após
grande expansão do seu trabalho educacional por toda São Paulo,
instalou-se por final na Chácara Paraíso, no Tatuapé. Com
reconhecimento ao trabalho e dedicação dessas pessoas ao bairro, foram
imortalizados e homenageados com nomes de bairros, ruas e avenidas.
Com
o surgimento do trem, em 1886, foi inaugurado o ramal ferroviário que
ia do Brás à Penha, ajudando muito no progresso do bairro. Era
composta por seis estações, sendo duas no Tatuapé: Parada Rua Tuiutí
e Parada Rua Antonio de Barros.
A
chegada das indústrias, no início do século XX, começavam a aparecer
as primeiras indústrias no bairro, com destaque para a fábrica de
tecidos Tatuapé.
SETOR
II:
Um pé no passado e outro no futuro
A
Casa do Tatuapé, tombada em 1972, faz parte hoje do acervo de casas
históricas do Município, sob a responsabilidade do Departamento do
Patrimônio Histórico. O Tatuapé era um bairro de chácaras com plantações
de uvas e outras frutas. Hoje são considerados locais de muito
investimentos imobiliários, gastronômicos e de serviços
diferenciados. São hotéis, flats, condomínios e prédios de luxo,
restaurantes requintados e hipermercados que apostam no potencial do
bairro.
A
noite no Tatuapé: “Praça
Sílvio Romero, o coração que pulsa”, pois é movida a badalações,
azarações, boemia, casas de jogos, casas de shows, boates e seus
refinados restaurantes. Agitada praça, recebeu esse nome porque Sílvio
Vasconcelos da Silveira Ramos Romero foi um dos mais importantes
historiadores do país.
Saindo
da praça e andando pelo bairro, encontramos várias clínicas de estética
e beleza, mostrando assim a vaidade dos tatuapenses. Continuando o nosso
passeio, percebemos a presença de muitas paróquias e suas festas
religiosas.
No
que se refere a saúde, o destaque fica com o hospital municipal do
Tatuapé, que atende toda a população. Também temos várias clínicas
em diversas áreas da medicina espalhadas pelo bairro.
De
olho na notícia, a imprensa escrita local nos mantém informados de
tudo, destacando sempre o crescimento imobiliário, industrial e
comercial deste bairro nobre que não para de crescer.
Na
área de esporte e lazer, nos orgulhamos de ter se estabelecido aqui em
nosso bairro um dos maiores times e clubes do país. Trata-se do Sport
Club Corinthians Paulista.
Situado
em área pública, a reserva do Parque do Piquerí dá oportunidade aos
moradores do bairro e visitantes de caminhar, respirar ar puro e estar
em contato com a natureza.
Preocupados
com o conhecimento cultural, temos aqui várias escolas de arte e espaços
culturais para teatro, música, dança e artes plásticas.
De
olho no futuro, o bairro conta com escolas públicas, particulares,
universidades, cursos de informática, tudo com alto padrão de ensino.
Fechando
com chave de ouro o nosso passeio, chegamos no berço do samba, lugar de
gente bamba, na tradicional G. R. E. S. Acadêmicos do Tatuapé, onde o
samba corre na veia e a bateria é seu coração.
Depois
desse passeio histórico pelo nosso bairro, mostrando a sua grande
participação e colaboração nos 450 anos da Cidade de São Paulo, o
povo do Tatuapé oferece, num gesto de amor, flores para São Paulo, e
convida à todos que fizeram e fazem parte desta história para
comemorar os 450 anos da cidade. Parabéns São Paulo. O Mundo é aqui
!!!
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